Porto Alegre, estranhamento e imaginário em Mário Quintana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/25992 |
Resumo: | Na produção poética de Mario Quintana, pode-se observar uma preferência pelos temas que não remetem à realidade empírica na qual o poeta está inserido. Assim, o mundo dos sonhos, da fantasia e do imaginário são valorizados em detrimento da referência a questões do contexto social imediato. Além destes, a permanência do eu-lírico no passado e a busca deste pela memória também o afastam do real. Com isso, este trabalho tem como objetivo analisar a obra de Mario Quintana como uma tentativa de rejeição ao seu tempo, ao qual o poeta sente-se inadaptado e deslocado, pois não se reconhece mais em um mundo tecnicizado, mecanizado e com explicações científicas para todos os fenômenos. A sensação de não pertencimento gera o sentimento de estrangeiridade, tornando o poeta e a poesia seres estranhos em uma sociedade que aboliu a subjetividade e a volta à interioridade de seu dia-a-dia. A poesia adquire, assim, o papel de refúgio deste novo contexto, transportando o eu-lírico a espaços e tempos mais reconfortantes, como o mundo imaginário, a infância e o passado. A partir destas três vias, Mario Quintana nega seu presente, exilando-se em seus poemas. |
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