“Quem traz na pele essa marca...” : trajetórias escolares de professores(as) negros(as)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/67841 |
Resumo: | O presente trabalho se atém às trajetórias escolares de cinco professores negros que atuam na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Superior, destacando nessas histórias as marcas identitárias étnico raciais e os caminhos que os levaram à docência. A investigação articula algumas questões da vida escolar dos professores, principalmente diante de possíveis discriminações, bem como da presença/ausência de colegas e professores negros nas diferentes etapas de escolarização e no exercício da docência. O caminho metodológico partiu de entrevistas dialogadas, com questões relevantes às trajetórias escolares de cada um dos entrevistados, cujos depoimentos foram registrados, transcritos e, posteriormente analisados. O embasamento teórico que favoreceu a reflexão, contou com autores que trabalham com relações étnico raciais, diversidade e educação, como MUNANGA (2003; 2004; 2005; 2006; 2008), HICKMANN (2002), GOMES (1993/94; 2003; 2009; 2011), LEAL PARÉ (2007), entre outros. No estudo realizado, destaca-se a importância da família na construção da identidade, como um instrumento relevante para a valorização e a autoestima da criança negra. Foi recorrente nas falas dos entrevistados a pouca representatividade e, em alguns casos, a ausência de professores e colegas negros, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior. No que se refere às questões de trabalho, o estudo mostra que o critério racial ainda prevalece no momento da contratação. Aparece também, de forma relevante nas trajetórias escolares analisadas, a necessidade de ser um aluno e um profissional exemplar, para manter a autoestima e o reconhecimento. A princípio, constata-se que o racismo ainda é ingrediente forte nas relações interpessoais, aparecendo em todas as trajetórias consideradas nessa pesquisa. O estudo realizado mostra que a sociedade ainda está marcada por uma cultura racista e que a educação antirracista pode contribuir para mudar esta realidade. Neste sentido, é importante que a escola valorize a história e a cultura da população negra e não aceite racismos e discriminações, apoiando ações pedagógicas que afirmem a diversidade e promovam um relacionamento étnico racial positivo. |
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