Estrutura espacial de trepadeiras entre plantação de araucária (Araucaria angustifolia) e floresta ombrófila mista no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seger, Guilherme Dubal dos Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/16866
Resumo: As trepadeiras são componentes característicos das formações florestais, tendo uma relevante participação na dinâmica ecológica destas comunidades. Apesar da importância das trepadeiras na Floresta Ombrófila Mista, pouco se conhece sobre sua composição e estrutura e os possíveis impactos da silvicultura sobre esta sinúsia, sendo este, portanto, o objetivo deste trabalho. O estudo foi desenvolvido na FLONA de São Francisco de Paula - RS, composta por um mosaico de formações naturais e silvicultura. Mensalmente, de Setembro de 2007 até Agosto de 2008, percorremos cerca de 13 km de trilhas e apenas os indivíduos que apresentaram alguma fenofase reprodutiva foram amostrados em relação a sua ocorrência na mata nativa e na plantação de araucária, se encontrados na borda ou no interior, estando nessas situações no dossel ou no sub-bosque. As espécies foram classificadas ao grau de lignificação, métodos de escalada e síndromes de dispersão. As espécies foram padronizadas pela abundância total em cada umas das 27 unidades amostrais, onde testamos possíveis diferenças na composição das espécies entre os ambientes através de uma análise de variância multivariada (MANOVA) por aleatorização. Também agrupamos as espécies de acordo com seus atributos para testar as diferenças entre os ambientes, buscando evidenciar padrões na distribuição das espécies. Foram identificadas 72 espécies pertencentes a 45 gêneros e 27 famílias, totalizando 2431 indivíduos amostrados. A composição de trepadeiras diferiu significativamente (p<0,05) entre os fragmentos de floresta nativa e de plantação de araucária, entre o dossel e o sub-bosque e entre a borda e o interior. Os métodos de escalada diferiram significativamente entre dossel e o sub-bosque e entre a borda e o interior, as síndromes de dispersão diferiram em relação à borda e o interior e a consistência (herbáceas e lenhosas) diferiu em relação ao dossel e o sub-bosque. As diferenças estão associadas provavelmente à intensidade luminosa que se modifica em relação à arquitetura do dossel nas plantações de araucária e da borda para o interior na floresta nativa, à arquitetura do sub-bosque através da disponibilidade de suportes de pequeno diâmetro e à rugosidade da casca da araucária, que favorece algumas espécies nas plantações de araucária.
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