Efeitos da estimulação vibro-acústica na velocidade do sangue da artéria cerebral média e na freqüência cardíaca fetal : 1 - entre a 35. e 41. semanas de gestação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Behle, Ivo
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Teixeira, Lucas Paccini, Pontremoli, Mila, Rynkowski, Carla Bittencourt, Zielinsky, Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/19825
Resumo: Objetivos: estudar, em fetos hígidos, quais são as respostas da freqüência cardíaca fetal basal e da resistência na artéria cerebral média à estimulação vibro-acústica padronizada. Métodos: em estado comportamental de hipo ou de inatividade fetal (apnéia e ausência de movimentos corpóreos), mediu-se o índice de pulsatilidade (IP) da artéria cerebral média (ACM), bem como calculou-se a freqüência cardíaca fetal basal (FCFB) pela análise da onda espectral, antes e após a aplicação de estímulo vibro-acústico (EVA) por 3 segundos. Foram empregados ecógrafos de alta resolução, com Doppler pulsado e mapeamento a cores. A fonte sonora emitia som com 400 a 40.000 Hz, sob forma de varredura, com pressão sonora de 65 a 110 dB. Resultados: a média da FCFB pré-estímulo foi 139 bpm, com desvio padrão de 3,14 bpm. A média da FCFB pós-estímulo foi 153 bpm, com desvio padrão de 7,23 bpm (p<0.0001). A média do IP da ACM pré-estímulo foi 1,84, com desvio padrão de 0,07. A média do IP da ACM foi 1,56, com desvio padrão de 0,04 (p<0.00001). Em todos os casos houve resposta do concepto, caracterizada pela evidência de movimento corpóreo vigoroso, aumento da FCFB e redução do IP na ACM. Em nenhum caso houve necessidade de repetir o estímulo vibroacústico. Conclusões: a aplicação de estímulo vibro-acústico, com as características aqui descritas, em conceptos hígidos e de termo, por período de 3 segundos, determina incremento na FCFB e nos movimentos corpóreos, bem como redução na impedância da ACM. Em que pese haver tendência em se inferir que a EVA determina aumento no fluxo de sangue ao cérebro fetal, os dados aqui evidenciados não permitem interpretações clínicas.
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spelling Behle, IvoTeixeira, Lucas PacciniPontremoli, MilaRynkowski, Carla BittencourtZielinsky, Paulo2010-04-16T09:11:46Z19990100-7203http://hdl.handle.net/10183/19825000430548Objetivos: estudar, em fetos hígidos, quais são as respostas da freqüência cardíaca fetal basal e da resistência na artéria cerebral média à estimulação vibro-acústica padronizada. Métodos: em estado comportamental de hipo ou de inatividade fetal (apnéia e ausência de movimentos corpóreos), mediu-se o índice de pulsatilidade (IP) da artéria cerebral média (ACM), bem como calculou-se a freqüência cardíaca fetal basal (FCFB) pela análise da onda espectral, antes e após a aplicação de estímulo vibro-acústico (EVA) por 3 segundos. Foram empregados ecógrafos de alta resolução, com Doppler pulsado e mapeamento a cores. A fonte sonora emitia som com 400 a 40.000 Hz, sob forma de varredura, com pressão sonora de 65 a 110 dB. Resultados: a média da FCFB pré-estímulo foi 139 bpm, com desvio padrão de 3,14 bpm. A média da FCFB pós-estímulo foi 153 bpm, com desvio padrão de 7,23 bpm (p<0.0001). A média do IP da ACM pré-estímulo foi 1,84, com desvio padrão de 0,07. A média do IP da ACM foi 1,56, com desvio padrão de 0,04 (p<0.00001). Em todos os casos houve resposta do concepto, caracterizada pela evidência de movimento corpóreo vigoroso, aumento da FCFB e redução do IP na ACM. Em nenhum caso houve necessidade de repetir o estímulo vibroacústico. Conclusões: a aplicação de estímulo vibro-acústico, com as características aqui descritas, em conceptos hígidos e de termo, por período de 3 segundos, determina incremento na FCFB e nos movimentos corpóreos, bem como redução na impedância da ACM. Em que pese haver tendência em se inferir que a EVA determina aumento no fluxo de sangue ao cérebro fetal, os dados aqui evidenciados não permitem interpretações clínicas.Purpose: to examine the response of the fetal heart rate (FHR) and middle cerebral artery resistance (MCA PI) to vibratory stimulation (VAS) in normal human fetuses. Methods: when the fetuses were without activity (in apnea and without corporal movements), we obtained baseline measurements of MCA PI and FHR before and after the application of a 3-sec vibratory acoustic stimulus. Real time ultrasonography with pulsed wave and color Doppler imaging was used for the execution of the study. The VAS was performed using a bicycle horn with 400 to 4000 Hz and sound pressure was 65 to 110 dB. Results: the FHR before VAS was 139 ± 3.14 bpm and after VAS was 153 ± 7.23 bpm (p<0.0001). The MCA PI rate before VAS was 1.84 ± 0.07 and after VAS was 1.56 ± 0.04 (p<0.001). In all cases we observed a fetal response with vigorous corporal movements, FHR rise and MCA PI reduction after VAS. Conclusions: we conclude that VAS, in human fetuses near term, for 3 sec as described in this study, determines some response, with increase in FHR and corporal movement and MCA PI reduction. Although we have a tendence to say that VAS determines fetal cerebral flow increase, these data do not allow such clinic interpretation.application/pdfporRevista brasileira de ginecologia & obstetrícia. Rio de Janeiro. Vol. 21, n. 8 (set. 1999), p. 459-463GravidezFrequência cardíacaArtéria cerebral médiaEstimulação acústicaNormal pregnancyCerebral arteryDopplervelocimetryEfeitos da estimulação vibro-acústica na velocidade do sangue da artéria cerebral média e na freqüência cardíaca fetal : 1 - entre a 35. e 41. semanas de gestaçãoThe effect of vibratory acoustic stimulation on fetal middle cerebral artery impedance and instantaneous fetal heart rate : 1 - a transversal study on fetuses with 35 to 41 weeks of gestacional age info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000430548.pdf000430548.pdfTexto completoapplication/pdf543185http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19825/1/000430548.pdfafe730e5f1b9dc4835b087dc53faa2cdMD51TEXT000430548.pdf.txt000430548.pdf.txtExtracted Texttext/plain20967http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19825/2/000430548.pdf.txtc125b3a5dfb1990f44ef87fbb8a0580eMD52THUMBNAIL000430548.pdf.jpg000430548.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2180http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/19825/3/000430548.pdf.jpg70ad38054176ff3a79389f0589b7089cMD5310183/198252018-10-08 07:57:55.425oai:www.lume.ufrgs.br:10183/19825Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2018-10-08T10:57:55Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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