Excesso de peso, gordura corporal e pressão arterial alterada em crianças de seis a dez anos em uma escola de Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Fernando Abreu de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/37209
Resumo: Introdução: A prevalência de obesidade teve um aumento importante em crianças e adolescentes, tornando-se uma epidemia a partir da década de 1980. Diversas complicações relacionadas à obesidade são encontradas na população infantil, ocasionando diversas complicações funcionais e metabólicas. A Hipertensão Arterial Sistêmica está associada ao aumento do risco de eventos cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a prevalência de excesso de peso e pressão arterial alterada em crianças de 6 a 10 anos. Metodologia: Estudo do tipo transversal, descritivo. A amostra foi constituída por alunos da 1ª a 4ª séries de uma escola pública situada em Porto Alegre, RS, totalizando 86 crianças. Foram aferidos o peso, a altura, a composição corporal por método de bioimpedância elétrica e a pressão arterial (PA). As classificações do estado nutricional e da PA foram feitas de acordo com recomendações do Ministério da Saúde e diretrizes brasileiras. Resultados: A amostra foi constituída por 64% de indivíduos do sexo masculino. O excesso de peso global foi de 38,4% (IC (95%) de 28,1% a 48,7%). A prevalência de obesidade foi de 19,8% (11,4% a 28,2%), sem diferença estatisticamente significativa entre os sexos. Dos indivíduos classificados como eutróficos pelo Índice de Massa Corporal, 57% apresentaram-se com o percentual ideal de gordura corporal e 33% com moderadamente alto. Cerca de 70% daqueles com sobrepeso estavam com percentual de gordura corporal considerado moderadamente alto. Um terço dos obesos teve o percentual de gordura muito alto. A prevalência, para ambos os sexos, da PA acima dos valores classificados como normais foi de 13,9%, sendo semelhante à maioria dos estudos comparados. Os classificados como obesos tiveram 17,6% de prevalência de pressão alterada. Conclusão: As prevalências encontradas de obesidade e PA alterada foram semelhantes às relatadas na maioria dos estudos com população brasileira em faixa etária correspondente. Esses achados apontam para a adoção de medidas de intervenção nutricional visando à melhoria dos hábitos alimentares e do estado nutricional dos escolares investigados.
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