Insegurança alimentar e fatores sociodemográficos e de saúde em uma região de Porto Alegre-RS durante a pandemia de COVID-19
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/252503 |
Resumo: | Introdução: A insegurança alimentar (IA) aumentou ao longo dos últimos anos e sabe-se que o seu desenvolvimento ou agravo está atrelado a diversas variáveis sociais, econômicas e demográficas. Em qualquer nível, ela pode gerar problemas de saúde, acometendo indivíduos a curto ou longo prazo. Com o surgimento da pandemia de COVID-19, as vulnerabilidades existentes agravaram-se e determinados grupos sociais passaram a sofrer de forma mais intensa com esta situação. Objetivo: O objetivo deste trabalho é medir a prevalência de insegurança alimentar em um grupo de usuários que receberam assistência nutricional por teleatendimento em uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre/RS durante a pandemia de COVID-19, e descrever as características sociodemográficas e de saúde. Métodos: Estudo observacional, analítico, transversal com pacientes de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre com idade igual ou superior a 20 anos realizado entre os meses de março de 2020 e março 2021. Foram feitas entrevistas via telefone para a aplicação de um questionário semiestruturado a fim de coletar dados sociodemográficos, econômicos e de saúde. A IA foi medida por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), versão curta. Os dados foram digitados no software Epidata e a análise estatística foi realizada através do software IBM SPSS Statistics 28.0.0.0. Variáveis numéricas foram analisadas por meio de média e desvio padrão e as variáveis categóricas através de frequências absoluta e relativa. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e os participantes concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: 100 usuários aceitaram participar da pesquisa, destes 43% estavam em situação de insegurança alimentar, sendo que, a maior parte eram mulheres (69,8%), jovens (62,8%), sem companheiro (62,8%) e que não recebiam benefício social governamental (57,5%). Em relação aos aspectos de saúde, os motivos de encaminhamento nutricional mais presentes neste grupo foram o controle lipídico (53,8%) e a implementação de uma dieta saudável (60,0%). Conclusão: Constatou-se uma alta prevalência de insegurança alimentar nessa população, sendo que prevalências mais altas foram identificadas em indivíduos do sexo feminino, de idade mais baixa, que não possuiam companheiro e com baixo nível de escolaridade. Indivíduos com algum tipo de renda fixa (trabalho remunerado, benefício social, aposentadoria e/ou auxílio emergencial) apresentaram prevalências menores de IA. Quanto aos dados de saúde, indivíduos em situação de IA tendem a necessitar de maior orientação com relação à alimentação saudável, embora apresentem com menor frequência doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). |
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Ramires, Agneskelly da SilvaSchuch, IlainePereira, Francielle Veloso Pinto2022-12-08T05:02:14Z2022http://hdl.handle.net/10183/252503001153066Introdução: A insegurança alimentar (IA) aumentou ao longo dos últimos anos e sabe-se que o seu desenvolvimento ou agravo está atrelado a diversas variáveis sociais, econômicas e demográficas. Em qualquer nível, ela pode gerar problemas de saúde, acometendo indivíduos a curto ou longo prazo. Com o surgimento da pandemia de COVID-19, as vulnerabilidades existentes agravaram-se e determinados grupos sociais passaram a sofrer de forma mais intensa com esta situação. Objetivo: O objetivo deste trabalho é medir a prevalência de insegurança alimentar em um grupo de usuários que receberam assistência nutricional por teleatendimento em uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre/RS durante a pandemia de COVID-19, e descrever as características sociodemográficas e de saúde. Métodos: Estudo observacional, analítico, transversal com pacientes de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre com idade igual ou superior a 20 anos realizado entre os meses de março de 2020 e março 2021. Foram feitas entrevistas via telefone para a aplicação de um questionário semiestruturado a fim de coletar dados sociodemográficos, econômicos e de saúde. A IA foi medida por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), versão curta. Os dados foram digitados no software Epidata e a análise estatística foi realizada através do software IBM SPSS Statistics 28.0.0.0. Variáveis numéricas foram analisadas por meio de média e desvio padrão e as variáveis categóricas através de frequências absoluta e relativa. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e os participantes concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: 100 usuários aceitaram participar da pesquisa, destes 43% estavam em situação de insegurança alimentar, sendo que, a maior parte eram mulheres (69,8%), jovens (62,8%), sem companheiro (62,8%) e que não recebiam benefício social governamental (57,5%). Em relação aos aspectos de saúde, os motivos de encaminhamento nutricional mais presentes neste grupo foram o controle lipídico (53,8%) e a implementação de uma dieta saudável (60,0%). Conclusão: Constatou-se uma alta prevalência de insegurança alimentar nessa população, sendo que prevalências mais altas foram identificadas em indivíduos do sexo feminino, de idade mais baixa, que não possuiam companheiro e com baixo nível de escolaridade. Indivíduos com algum tipo de renda fixa (trabalho remunerado, benefício social, aposentadoria e/ou auxílio emergencial) apresentaram prevalências menores de IA. Quanto aos dados de saúde, indivíduos em situação de IA tendem a necessitar de maior orientação com relação à alimentação saudável, embora apresentem com menor frequência doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).Introduction: Food insecurity (FI) has increased over the last few years and it is known that its development or aggravation is linked to several social, economic and demographic variables. At any level, it can generate health problems that can accompany individuals in the short or long term. With the emergence of the COVID-19 pandemic, existing vulnerabilities worsened and certain social groups began to suffer more intensely from this situation. Objective: The objective of this study is to measure the prevalence of food insecurity in a group of users who received nutritional assistance via teleservice at a Basic Health Unit in Porto Alegre/RS during the COVID-19 pandemic, identifying possible associations of FI and characteristics sociodemographics and health. Methods: Observational analytical cross-sectional study with patients aged 20 years or older from a Basic Health Unit in Porto Alegre, carried out between March 2020 and 2021. Telephone interviews were carried out to apply a semi-structured questionnaire in order to to collect sociodemographic, economic and health data. The FI was measured by applying the short version of Brazilian Food Insecurity Scale. Data were entered into Epidata software and statistical analysis was performed using IBM SPSS Statistics 28.0.0.0 software. Numerical variables were analyzed through mean and standard deviation and categorical variables through absolute and relative frequencies. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre and all participants agreed to the Free and Informed Consent Term. Results: Of the 100 participants, 43% were in a situation of food insecurity, and most of these individuals were women (69.8%), young people (62.8%), without partners (62.8%) and not receiving governmental social benefits (57.5%). Regarding health aspects, the most common reasons for nutritional referral in this group were lipid control (53.84%) and implementation of a healthy diet (60.0%). Conclusion: Based on this study, a high prevalence of food insecurity was found, and characteristics such as female gender, younger age, not having a partner and lower education level were associated with its higher prevalence. Having some type of income (paid work, social benefits, retirement and/or emergency assistance) were seen as protective factor. As for health data, individuals with FI tend to need more guidance regarding healthy eating, although they have less frequent chronic non-communicable diseases (NCDs).application/pdfporInsegurança alimentarPandemiasCOVID-19Food insecurityFood securityPandemicInsegurança alimentar e fatores sociodemográficos e de saúde em uma região de Porto Alegre-RS durante a pandemia de COVID-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2022Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001153066.pdf.txt001153066.pdf.txtExtracted Texttext/plain79869http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252503/2/001153066.pdf.txta6e2066973ed7b6b979cb1edf9b13fedMD52ORIGINAL001153066.pdfTexto completoapplication/pdf790347http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252503/1/001153066.pdf8cf23bd7e1ef6951b3d35520a3c01c90MD5110183/2525032024-11-01 06:46:37.234261oai:www.lume.ufrgs.br:10183/252503Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2024-11-01T09:46:37Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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