O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Speranza, Clarice Gontarski
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271138
Resumo: As vilas mineradoras de Arroio dos Ratos e Butiá, no Rio Grande do Sul, eram, na primeira metade do século XX, uma das maiores concentrações de trabalhadores do sul do Brasil. Com cerca de 7 mil operários concentrados, a região foi líder na produção brasileira de carvão mineral até o fi m da II Guerra Mundial. Ao final do conflito, mesmo com a queda da demanda pelo produto, houve um grande incentivo à imigração de refugiados europeus, em especial russos, poloneses, alemães, ucranianos e outros. Tal contexto gerou um aumento na concentração de nacionalidades e etnias nas vilas, bem com um incremento nos mecanismos de controle da mão de obra, incluindo a classificação dos trabalhadores em “bons”, “regulares” e “maus” pelas grandes empresas mineradoras. A partir da documentação empresarial até então inédita, este estudo analisa o processo de “importação” dos trabalhadores via instrumentos diplomáticos e governamentais e as estratégias de comando patronais, bem como experiências de resistência e de adaptação dos operários ao cotidiano extremamente insalubre das minas de carvão.
id UFRGS-2_31360c8c6ab3d8bcc64d4aa73322e74e
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271138
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Speranza, Clarice Gontarski2024-01-26T04:45:33Z20210104-8775http://hdl.handle.net/10183/271138001195150As vilas mineradoras de Arroio dos Ratos e Butiá, no Rio Grande do Sul, eram, na primeira metade do século XX, uma das maiores concentrações de trabalhadores do sul do Brasil. Com cerca de 7 mil operários concentrados, a região foi líder na produção brasileira de carvão mineral até o fi m da II Guerra Mundial. Ao final do conflito, mesmo com a queda da demanda pelo produto, houve um grande incentivo à imigração de refugiados europeus, em especial russos, poloneses, alemães, ucranianos e outros. Tal contexto gerou um aumento na concentração de nacionalidades e etnias nas vilas, bem com um incremento nos mecanismos de controle da mão de obra, incluindo a classificação dos trabalhadores em “bons”, “regulares” e “maus” pelas grandes empresas mineradoras. A partir da documentação empresarial até então inédita, este estudo analisa o processo de “importação” dos trabalhadores via instrumentos diplomáticos e governamentais e as estratégias de comando patronais, bem como experiências de resistência e de adaptação dos operários ao cotidiano extremamente insalubre das minas de carvão.The mining villages of Arroio dos Ratos and Butiá, in Rio Grande do Sul, were, in the first half of the 20th century, two of the largest concentrations of workers in the south of Brazil. With a concentration of around 7,000 workers, the region was a leader in Brazilian coal production until the end of World War II. At the end of the conflict, even with the decrease of the product’s demand, there was great incentive to the immigration of European refugees, especially Russians, Poles, Germans, Ukrainians and others. Such context increased the concentration of nationalities and ethnicities in the villages, as well in the mechanisms for controlling the workforce, including the classification of workers as “good”, “regular” and “bad” by large mining companies. Based on previously unpublished business documentation, this study analyzes the process of “importing” workers via diplomatic and government instruments and employers’ command strategies, as well as experiences of resistance and adaptation of workers to the extremely unhealthy environment of coal mines.application/pdfporVaria história. Belo Horizonte, MG. Vol. 37, n. 74 (maio/ago. 2021), p. [565]-590Mineiros de carvãoHistória do trabalhoImigraçãoLaborImmigrationCoalminersO afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II GuerraThe flow of refugees and displaced persons to the coal mines of Rio Grande do Sul after the II World War info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001195150.pdf.txt001195150.pdf.txtExtracted Texttext/plain58470http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271138/2/001195150.pdf.txt6084e08544f80f37d2e04826ac3a39a1MD52ORIGINAL001195150.pdfTexto completoapplication/pdf766269http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271138/1/001195150.pdf5d54816e915cadca4b21e786cdf3ace3MD5110183/2711382024-01-27 06:01:12.357439oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271138Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-01-27T08:01:12Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
dc.title.alternative.en.fl_str_mv The flow of refugees and displaced persons to the coal mines of Rio Grande do Sul after the II World War
title O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
spellingShingle O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
Speranza, Clarice Gontarski
Mineiros de carvão
História do trabalho
Imigração
Labor
Immigration
Coalminers
title_short O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
title_full O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
title_fullStr O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
title_full_unstemmed O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
title_sort O afluxo de refugiados e "deslocados de guerra" para as minas de carvão do Rio Grande do Sul ao fim da II Guerra
author Speranza, Clarice Gontarski
author_facet Speranza, Clarice Gontarski
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Speranza, Clarice Gontarski
dc.subject.por.fl_str_mv Mineiros de carvão
História do trabalho
Imigração
topic Mineiros de carvão
História do trabalho
Imigração
Labor
Immigration
Coalminers
dc.subject.eng.fl_str_mv Labor
Immigration
Coalminers
description As vilas mineradoras de Arroio dos Ratos e Butiá, no Rio Grande do Sul, eram, na primeira metade do século XX, uma das maiores concentrações de trabalhadores do sul do Brasil. Com cerca de 7 mil operários concentrados, a região foi líder na produção brasileira de carvão mineral até o fi m da II Guerra Mundial. Ao final do conflito, mesmo com a queda da demanda pelo produto, houve um grande incentivo à imigração de refugiados europeus, em especial russos, poloneses, alemães, ucranianos e outros. Tal contexto gerou um aumento na concentração de nacionalidades e etnias nas vilas, bem com um incremento nos mecanismos de controle da mão de obra, incluindo a classificação dos trabalhadores em “bons”, “regulares” e “maus” pelas grandes empresas mineradoras. A partir da documentação empresarial até então inédita, este estudo analisa o processo de “importação” dos trabalhadores via instrumentos diplomáticos e governamentais e as estratégias de comando patronais, bem como experiências de resistência e de adaptação dos operários ao cotidiano extremamente insalubre das minas de carvão.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-01-26T04:45:33Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/271138
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0104-8775
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001195150
identifier_str_mv 0104-8775
001195150
url http://hdl.handle.net/10183/271138
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Varia história. Belo Horizonte, MG. Vol. 37, n. 74 (maio/ago. 2021), p. [565]-590
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271138/2/001195150.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271138/1/001195150.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 6084e08544f80f37d2e04826ac3a39a1
5d54816e915cadca4b21e786cdf3ace3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225109746221056