Descrição do comportamento da força do kite em relação ao seu posicionamento e ao deslocamento da barra de controle
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/24909 |
Resumo: | Introdução. No kitesurfing, o indivíduo utiliza a energia do vento – por meio de um kite (pipa) controlável – para deslizar com uma prancha sobre a água. Para isso, ele deve alterar o ângulo de ataque do kite. Essa mudança pode ser realizada de duas formas: (1) mudando o kite na janela de vento e (2) movimentando a barra de controle. Ambas as formas alteram a posição do kite em relação ao vento, o que, conseqüentemente, modifica a força que o kite produz. Ainda, nenhum estudo que descrevesse a força do kite em relação à janela de vento foi encontrado. A análise da força do kite pode vir a colaborar na evolução técnica do esporte e no desenvolvimento de equipamentos. Objetivo. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi descrever o comportamento da força exercida pelo kite em relação ao seu posicionamento na janela de vento e à distância percorrida pela barra de controle. Métodos. A coleta dos dados foi realizada por meio de videogrametria com reconstrução tridimensional e dinamometria em terra. Um kite foi preso a uma célula de carga, a qual estava fixada a um ponto de ancoragem. Duas fitas reflexivas foram posicionadas nas extremidades da barra de controle e mais duas foram colocadas na linha do kite. Um praticante de kitesurfing experiente controlou o kite em duas situações (duas vezes em cada situação): (1) deslocando duas vezes a barra de controle para cima e para baixo e (2) o kite em movimento de oito na janela de vento, cinco vezes. Os dados cinemáticos filtrados foram usados para determinar a distância percorrida pelo ponto médio da barra de controle e o posicionamento do kite na janela de vento, o qual foi realizado por meio do cálculo de dois ângulos: (1) ângulo vertical, formado entre a linha do kite e o plano horizontal e (2) ângulo horizontal, formado entre a linha do kite e o plano vertical (que passa aproximadamente entre as câmeras). Os dados de força foram filtrados e sincronizados com os dados cinemáticos. Foram selecionados os dois pontos de maior e menor valores de força em cada oito, desses pontos foram calculadas as médias dos valores de força e dos ângulos vertical e horizontal. Resultados. (1) Durante os testes de deslocamento da barra os valores de força variaram entre 2,5 e 32 kgf, aumentando à medida que a barra de controle é abaixada e diminuindo a medida que a barra de controle sobe. (2) Os valores de força movimentando o kite dentro da janela de vento variaram entre 2,4 e 110,7 kgf. No teste 2a as médias dos valores máximos de força e de seus ângulos vertical e horizontal e dos valores mínimos de força e de seus ângulos vertical e horizontal foram, respectivamente: 83,1±17,6; 58,9±6,6; 20,0±8; 16,5±6; 73,7±6,1; 19,3±5,8. Enquanto que no teste 2b as médias dos valores máximos de força e de seus ângulos vertical e horizontal, e dos valores mínimos de força e de seus ângulos vertical e horizontal foram, respectivamente: 77,4±16,5; 19,5±11,8; 64,9±7,0; 18,9±6,3; 27,7±7,5 e 75,0±9,5. Além disso, a zona de força da janela de vento foi definida como a combinação de ângulos verticais menores que 65° com ângulos horizontais menores que 25°. Conclusão. (1) Os valores de força aumentam a medida que a barra de controle é abaixada. (2) Os resultados sugerem que o ângulo vertical exerce maior influencia sobre os valores de força quando o kite se desloca na janela de vento, e que os maiores valores de força ocorrem na combinação de ângulos verticais inferiores a 65° com nos ângulos horizontais inferiores a 25°. |
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Tremea, Victor WignerLoss, Jefferson Fagundes2010-08-03T04:18:06Z2010http://hdl.handle.net/10183/24909000750142Introdução. No kitesurfing, o indivíduo utiliza a energia do vento – por meio de um kite (pipa) controlável – para deslizar com uma prancha sobre a água. Para isso, ele deve alterar o ângulo de ataque do kite. Essa mudança pode ser realizada de duas formas: (1) mudando o kite na janela de vento e (2) movimentando a barra de controle. Ambas as formas alteram a posição do kite em relação ao vento, o que, conseqüentemente, modifica a força que o kite produz. Ainda, nenhum estudo que descrevesse a força do kite em relação à janela de vento foi encontrado. A análise da força do kite pode vir a colaborar na evolução técnica do esporte e no desenvolvimento de equipamentos. Objetivo. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi descrever o comportamento da força exercida pelo kite em relação ao seu posicionamento na janela de vento e à distância percorrida pela barra de controle. Métodos. A coleta dos dados foi realizada por meio de videogrametria com reconstrução tridimensional e dinamometria em terra. Um kite foi preso a uma célula de carga, a qual estava fixada a um ponto de ancoragem. Duas fitas reflexivas foram posicionadas nas extremidades da barra de controle e mais duas foram colocadas na linha do kite. Um praticante de kitesurfing experiente controlou o kite em duas situações (duas vezes em cada situação): (1) deslocando duas vezes a barra de controle para cima e para baixo e (2) o kite em movimento de oito na janela de vento, cinco vezes. Os dados cinemáticos filtrados foram usados para determinar a distância percorrida pelo ponto médio da barra de controle e o posicionamento do kite na janela de vento, o qual foi realizado por meio do cálculo de dois ângulos: (1) ângulo vertical, formado entre a linha do kite e o plano horizontal e (2) ângulo horizontal, formado entre a linha do kite e o plano vertical (que passa aproximadamente entre as câmeras). Os dados de força foram filtrados e sincronizados com os dados cinemáticos. Foram selecionados os dois pontos de maior e menor valores de força em cada oito, desses pontos foram calculadas as médias dos valores de força e dos ângulos vertical e horizontal. Resultados. (1) Durante os testes de deslocamento da barra os valores de força variaram entre 2,5 e 32 kgf, aumentando à medida que a barra de controle é abaixada e diminuindo a medida que a barra de controle sobe. (2) Os valores de força movimentando o kite dentro da janela de vento variaram entre 2,4 e 110,7 kgf. No teste 2a as médias dos valores máximos de força e de seus ângulos vertical e horizontal e dos valores mínimos de força e de seus ângulos vertical e horizontal foram, respectivamente: 83,1±17,6; 58,9±6,6; 20,0±8; 16,5±6; 73,7±6,1; 19,3±5,8. Enquanto que no teste 2b as médias dos valores máximos de força e de seus ângulos vertical e horizontal, e dos valores mínimos de força e de seus ângulos vertical e horizontal foram, respectivamente: 77,4±16,5; 19,5±11,8; 64,9±7,0; 18,9±6,3; 27,7±7,5 e 75,0±9,5. Além disso, a zona de força da janela de vento foi definida como a combinação de ângulos verticais menores que 65° com ângulos horizontais menores que 25°. Conclusão. (1) Os valores de força aumentam a medida que a barra de controle é abaixada. (2) Os resultados sugerem que o ângulo vertical exerce maior influencia sobre os valores de força quando o kite se desloca na janela de vento, e que os maiores valores de força ocorrem na combinação de ângulos verticais inferiores a 65° com nos ângulos horizontais inferiores a 25°.application/pdfporKitesurfingEsportes aquáticosDescrição do comportamento da força do kite em relação ao seu posicionamento e ao deslocamento da barra de controleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPorto Alegre, BR-RS2010Educação Física: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000750142.pdf000750142.pdfTexto completoapplication/pdf1317717http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24909/1/000750142.pdf26f21ba6d03fbe6d529114e9acb019c1MD51TEXT000750142.pdf.txt000750142.pdf.txtExtracted Texttext/plain118682http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24909/2/000750142.pdf.txt2aeaae1f25b2659aa26d68636e150843MD52THUMBNAIL000750142.pdf.jpg000750142.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1182http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/24909/3/000750142.pdf.jpgc09907f621f79fe2790503960e081e1eMD5310183/249092018-10-18 07:33:30.408oai:www.lume.ufrgs.br:10183/24909Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-18T10:33:30Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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