Ocorrência de antimicrobianos e genes de resistência antimicrobiana em corpos de água no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/271571 |
Resumo: | A resistência antimicrobiana é um grave problema de Saúde Pública, e envolve muitos fatores como, a alta taxa de uso de antimicrobianos, o descarte incorreto, a contaminação ambiental e o favorecimento de reservatórios de genes de resistência em efluentes e corpos de água. Dessa forma, a resistência antimicrobiana torna-se uma ameaça global, pois de acordo Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2019 cerca de 4,95 milhões de vidas foram perdidas devido à resistência bacteriana a antimicrobianos. Com isso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a ocorrência e detecção de antimicrobianos e genes de resistência antimicrobiana em corpos de água do Brasil. A partir das bases de dados SCIELO, PUBMED, NCBI, BDTD, foi realizado um levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos. Ao todo foram obtidos 2.200 estudos, no qual 25 estudos serviram como base para este trabalho. Como resultado do levantamento bibliográfico, foram detectados em corpos de água brasileiros antimicrobianos das classes dos β-lactâmicos, Tetraciclinas, Macrolídeos, Fluoroquinolonas, Sulfonamidas, Lincosamidas, Nitroimidazólicos, tendo com maior prevalência a Ciprofloxacina, Sulfametoxazol e Azitromicina. Quanto aos genes relacionados a resistência antimicrobiana foram constatados, sul1, sul2, sul3, ampC, blaPSE-I, blaZ, blaCTX, blaCTX-M (grupos 1, 2, 8 e 9), blaTEM, blaTEM-1, blaSHV, blaSHV-2, blaKPC, blaGES, blaGES-1, blaGES-5, blaGES-7, blaGES-16, blaAIM, blaGIM, blaIMP, blaVIM, blaVIM-2, blaNDM, blaNDM-1, blaOXA-48, blaOXA-48-like, blaIMP-4, mecA, femA, msrA, ermA, ermB, ermC, ermF, ant(4')-Ia, aac(6')-aph(2''), aph(3’)-IIIa, aac(6')-Ib-cr, aac(69)-lb-cr, qnrS, qnrB, gyrA, mcr-1, mcr-3, mcr-4, mcr-9, tetA, tetB, tetC, tetM, tetW. No entanto, os genes que conferem resistência a classe β-lactâmicos foram os mais frequentes nos corpos de água brasileiros. Este estudo de revisão reúne dados sobre a dispersão de antimicrobianos e genes de resistência nos últimos dez anos, sendo assim, um importante documento para o planejamento de ações da rede sentinela, como também para a vigilância epidemiológica de corpos hídricos do Brasil. |
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Paz, Noara Tainá CardozoMartins, Andreza Francisco2024-02-06T04:31:53Z2023http://hdl.handle.net/10183/271571001194475A resistência antimicrobiana é um grave problema de Saúde Pública, e envolve muitos fatores como, a alta taxa de uso de antimicrobianos, o descarte incorreto, a contaminação ambiental e o favorecimento de reservatórios de genes de resistência em efluentes e corpos de água. Dessa forma, a resistência antimicrobiana torna-se uma ameaça global, pois de acordo Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2019 cerca de 4,95 milhões de vidas foram perdidas devido à resistência bacteriana a antimicrobianos. Com isso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a ocorrência e detecção de antimicrobianos e genes de resistência antimicrobiana em corpos de água do Brasil. A partir das bases de dados SCIELO, PUBMED, NCBI, BDTD, foi realizado um levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos. Ao todo foram obtidos 2.200 estudos, no qual 25 estudos serviram como base para este trabalho. Como resultado do levantamento bibliográfico, foram detectados em corpos de água brasileiros antimicrobianos das classes dos β-lactâmicos, Tetraciclinas, Macrolídeos, Fluoroquinolonas, Sulfonamidas, Lincosamidas, Nitroimidazólicos, tendo com maior prevalência a Ciprofloxacina, Sulfametoxazol e Azitromicina. Quanto aos genes relacionados a resistência antimicrobiana foram constatados, sul1, sul2, sul3, ampC, blaPSE-I, blaZ, blaCTX, blaCTX-M (grupos 1, 2, 8 e 9), blaTEM, blaTEM-1, blaSHV, blaSHV-2, blaKPC, blaGES, blaGES-1, blaGES-5, blaGES-7, blaGES-16, blaAIM, blaGIM, blaIMP, blaVIM, blaVIM-2, blaNDM, blaNDM-1, blaOXA-48, blaOXA-48-like, blaIMP-4, mecA, femA, msrA, ermA, ermB, ermC, ermF, ant(4')-Ia, aac(6')-aph(2''), aph(3’)-IIIa, aac(6')-Ib-cr, aac(69)-lb-cr, qnrS, qnrB, gyrA, mcr-1, mcr-3, mcr-4, mcr-9, tetA, tetB, tetC, tetM, tetW. No entanto, os genes que conferem resistência a classe β-lactâmicos foram os mais frequentes nos corpos de água brasileiros. Este estudo de revisão reúne dados sobre a dispersão de antimicrobianos e genes de resistência nos últimos dez anos, sendo assim, um importante documento para o planejamento de ações da rede sentinela, como também para a vigilância epidemiológica de corpos hídricos do Brasil.Antimicrobial resistance is a serious Public Health problem and involves many factors, such as the high rate of antimicrobial use, incorrect disposal, the risk of environmental contamination, and the favoring of reservoirs of antimicrobial resistance genes in effluents and bodies of water. Thus, antimicrobial resistance becomes a global threat, as according to the World Health Organization (WHO), it is estimated that in 2019, about 4.95 million lives were lost due to bacterial resistance. Thus, the aim of this study was to conduct a literature review on the occurrence and detection of antimicrobial and antimicrobial resistance genes in water bodies in Brazil. From the SCIELO, PUBMED, NCBI, and BDTD databases, a bibliographic survey of the last 10 years was carried out. In all, 2,200 studies were obtained, of which 25 were usedfor this study. As a result of the bibliographical survey, antimicrobial of the classes of β-lactams, Tetracyclines, Macrolides, Fluoroquinolones, Sulfonamides, Lincosamides, and nitroimidazoles were detected in Brazilian water bodies, with a higher prevalence of Ciprofloxacin, Sulfamethoxazole, and Azithromycin. The antimicrobials resistance genes reported were: sul1, sul2, sul3, ampC, blaPSE-I, blaZ, blaGES, blaCTX-M (groups 1, 2, 8 and 9), blaTEM, blaTEM-1, blaSHV, blaSHV-2, blaKPC, blaGES, blaGES-1, blaGES-5, blaGES-7, blaGES-16, blaAIM, blaGIM, blaIMP, blaVIM, blaVIM-2, blaNDM, blaNDM-1, blaOXA-48, blaOXA-48-like, blaIMP-4, mecA, femA, msrA, ermA, ermB, ermC, ermF, ant(4')-Ia, aac(6')-aph(2''), aph(3’)-IIIa, aac(6')-Ib-cr, aac(69)-lb-cr, qnrS, qnrB, gyrA, mcr-1, mcr-3, mcr-4, mcr-9, tetA, tetB, tetC, tetM, tetW. However, the β-lactam genes were the most frequent in Brazilian water bodies. This review study gathers data on the spread of antimicrobial and resistance genes over the last ten years, thus making it an important document for planning actions in the sentinel network as well as for the epidemiological surveillance of water bodies in Brazil.application/pdfporAnti-infecciososResistência microbiana a medicamentosRecursos hídricosGenes MDRAntimicrobialsResistance genes in bodies of waterBrazilOcorrência de antimicrobianos e genes de resistência antimicrobiana em corpos de água no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2023especializaçãoCurso de Especialização em Microbiologia Clínicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001194475.pdf.txt001194475.pdf.txtExtracted Texttext/plain97483http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271571/2/001194475.pdf.txte2694d95731d7ab6d64415b2c44dc211MD52ORIGINAL001194475.pdfTexto completoapplication/pdf1257355http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271571/1/001194475.pdfd03ab03bf907282215e0664eac96b87bMD5110183/2715712024-02-07 06:01:36.124054oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271571Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-07T08:01:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A resistência antimicrobiana é um grave problema de Saúde Pública, e envolve muitos fatores como, a alta taxa de uso de antimicrobianos, o descarte incorreto, a contaminação ambiental e o favorecimento de reservatórios de genes de resistência em efluentes e corpos de água. Dessa forma, a resistência antimicrobiana torna-se uma ameaça global, pois de acordo Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2019 cerca de 4,95 milhões de vidas foram perdidas devido à resistência bacteriana a antimicrobianos. Com isso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a ocorrência e detecção de antimicrobianos e genes de resistência antimicrobiana em corpos de água do Brasil. A partir das bases de dados SCIELO, PUBMED, NCBI, BDTD, foi realizado um levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos. Ao todo foram obtidos 2.200 estudos, no qual 25 estudos serviram como base para este trabalho. Como resultado do levantamento bibliográfico, foram detectados em corpos de água brasileiros antimicrobianos das classes dos β-lactâmicos, Tetraciclinas, Macrolídeos, Fluoroquinolonas, Sulfonamidas, Lincosamidas, Nitroimidazólicos, tendo com maior prevalência a Ciprofloxacina, Sulfametoxazol e Azitromicina. Quanto aos genes relacionados a resistência antimicrobiana foram constatados, sul1, sul2, sul3, ampC, blaPSE-I, blaZ, blaCTX, blaCTX-M (grupos 1, 2, 8 e 9), blaTEM, blaTEM-1, blaSHV, blaSHV-2, blaKPC, blaGES, blaGES-1, blaGES-5, blaGES-7, blaGES-16, blaAIM, blaGIM, blaIMP, blaVIM, blaVIM-2, blaNDM, blaNDM-1, blaOXA-48, blaOXA-48-like, blaIMP-4, mecA, femA, msrA, ermA, ermB, ermC, ermF, ant(4')-Ia, aac(6')-aph(2''), aph(3’)-IIIa, aac(6')-Ib-cr, aac(69)-lb-cr, qnrS, qnrB, gyrA, mcr-1, mcr-3, mcr-4, mcr-9, tetA, tetB, tetC, tetM, tetW. No entanto, os genes que conferem resistência a classe β-lactâmicos foram os mais frequentes nos corpos de água brasileiros. Este estudo de revisão reúne dados sobre a dispersão de antimicrobianos e genes de resistência nos últimos dez anos, sendo assim, um importante documento para o planejamento de ações da rede sentinela, como também para a vigilância epidemiológica de corpos hídricos do Brasil. |
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