Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Vanessa Rossoni de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/37217
Resumo: Introdução: A migrânea está incluída no grupo das cefaléias primárias e é apontada como um distúrbio comum de alta prevalência, impacto socioeconômico e pessoal. Apesar de ensaios clínicos e epidemiológicos mostrarem uma relação entre as cefaléias e o Índice de Massa Corporal (IMC), as informações não são conclusivas quanto à relação entre a distribuição da gordura corporal (obesidade central) ou o percentual de gordura corporal (%GC) e a migrânea. Muitos dos medicamentos usados para a profilaxia da migrânea podem estar associados ao ganho ou a perda de peso. Objetivo: Investigar a possível associação/relação entre indicadores antropométricos, adiposidade e medicação profilática sobre o padrão de crises e a incapacidade gerada pelas mesmas em pacientes ambulatoriais com migrânea. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com pacientes com migrânea ambulatoriais ≥18 anos, avaliados quanto ao peso e estatura (índice de massa corporal), circunferência da cintura (CC) e %GC, assim como quanto ao uso de medicação profilática e variáveis clínicas relacionadas à migrânea. Resultados: Foram avaliados 167 pacientes, predominantemente do sexo feminino (92,8%) e uma média de idade de 43,4 ± 13,7 anos. A migrânea sem aura apresentou maior prevalência (70,7%), o IMC e o %GC médios foram de 27,7 + 5,9 kg/m² e 35,2 + 8,4 %, respectivamente. A CC nas mulheres, IMC e %GC da amostra total foram correlacionados fracamente com a frequência das crises em 6 meses (rs= 0,224, p<0,01; rs= 0,172, p<0,05; rs=0,158, p<0,05; respectivamente). Quando feita análise estratificada por tipo de migrânea, encontrou-se correlação moderada entre a migrânea com aura e frequência de crises em 6 meses e IMC (rs= 0,346, p<0,05), assim como da CC em mulheres (rs=0,423, p<0,01). O maior grau de incapacidade (The Migraine Disability Assessment Test) foi associado com %GC acima do recomendado (p= 0,034). Em pacientes com migrânea em uso de medicação profilática observou-se IMC e %GC mais elevados (Teste t-Student; p<0,001). Conclusão: O estudo demonstrou que embora exista uma fraca correlação entre IMC, CC, %GC e frequência de crises de migrânea, a incapacidade gerada pelas mesmas está associada apenas ao %GC, padrões que diferem entre os tipos de migrânea e uso ou não de medicação profilática.
id UFRGS-2_33cfab01a3a106ee3856f6eccddb894a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37217
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Oliveira, Vanessa Rossoni dePerry, Ingrid Dalira Schweigert2012-02-29T01:20:14Z2011http://hdl.handle.net/10183/37217000820586Introdução: A migrânea está incluída no grupo das cefaléias primárias e é apontada como um distúrbio comum de alta prevalência, impacto socioeconômico e pessoal. Apesar de ensaios clínicos e epidemiológicos mostrarem uma relação entre as cefaléias e o Índice de Massa Corporal (IMC), as informações não são conclusivas quanto à relação entre a distribuição da gordura corporal (obesidade central) ou o percentual de gordura corporal (%GC) e a migrânea. Muitos dos medicamentos usados para a profilaxia da migrânea podem estar associados ao ganho ou a perda de peso. Objetivo: Investigar a possível associação/relação entre indicadores antropométricos, adiposidade e medicação profilática sobre o padrão de crises e a incapacidade gerada pelas mesmas em pacientes ambulatoriais com migrânea. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com pacientes com migrânea ambulatoriais ≥18 anos, avaliados quanto ao peso e estatura (índice de massa corporal), circunferência da cintura (CC) e %GC, assim como quanto ao uso de medicação profilática e variáveis clínicas relacionadas à migrânea. Resultados: Foram avaliados 167 pacientes, predominantemente do sexo feminino (92,8%) e uma média de idade de 43,4 ± 13,7 anos. A migrânea sem aura apresentou maior prevalência (70,7%), o IMC e o %GC médios foram de 27,7 + 5,9 kg/m² e 35,2 + 8,4 %, respectivamente. A CC nas mulheres, IMC e %GC da amostra total foram correlacionados fracamente com a frequência das crises em 6 meses (rs= 0,224, p<0,01; rs= 0,172, p<0,05; rs=0,158, p<0,05; respectivamente). Quando feita análise estratificada por tipo de migrânea, encontrou-se correlação moderada entre a migrânea com aura e frequência de crises em 6 meses e IMC (rs= 0,346, p<0,05), assim como da CC em mulheres (rs=0,423, p<0,01). O maior grau de incapacidade (The Migraine Disability Assessment Test) foi associado com %GC acima do recomendado (p= 0,034). Em pacientes com migrânea em uso de medicação profilática observou-se IMC e %GC mais elevados (Teste t-Student; p<0,001). Conclusão: O estudo demonstrou que embora exista uma fraca correlação entre IMC, CC, %GC e frequência de crises de migrânea, a incapacidade gerada pelas mesmas está associada apenas ao %GC, padrões que diferem entre os tipos de migrânea e uso ou não de medicação profilática.Introduction: Migraine is included in the group of primary headaches and is identified as a common disorder of high prevalence, socioeconomic and personal impact. Although clinical trials and epidemiological studies show a relationship between headache and Body Mass Index (BMI), the information is not conclusive regarding the relationship between body fat distribution (central obesity), percentage of body fat (BF%) and migraine. Many of the drugs used for migraine prophylaxis may be associated with weight gain or weight loss. Objective: To assess the possible relationship between anthropometric parameters, adiposity, and prophylactic medication and association with the pattern of the crises and disability degree in migraineurs. Materials and Methods: Cross-sectional study with ≥ 18 years outpatients with migraine, evaluated for weight and height (BMI), waist circumference (WC) and %BF, as well as the use of prophylactic medication and clinical variables related to migraine. Results: 167 patients were evaluated, mostly female (92.8%) and a mean age of 43.4 ± 13.7 years. Migraine without aura had a higher prevalence (70.7%), the average BMI and BF% were 27.7 ± 5.9 kg / m² and 35.2 ± 8.4%, respectively. In women, the WC, BMI and BF% of the total sample were weakly correlated with the seizure frequency at 6 months (rs = 0.224, p <0.01, rs= 0.172, p <0.05, rs= 0.158, p < 0.05, respectively). When performed stratified analysis by type of migraine, moderate correlation was found between migraine with aura and seizure frequency at 6 months and BMI (r = 0.346, p <0.05) as well as the WC in women (rs = 0.423 , p <0.01). The greatest degree of disability (The Migraine Disability Assessment Test) was associated with BF% above the recommended (p = 0.034). In patients in use of migraine prophylactic medication was observed a higher BMI and BF% (Student's t test, p <0.001). Conclusion: The study showed that although there is a weak correlation between BMI, WC, BF% and migraine crises frequency, the inability generated by them was only associated with BF%, standards that differ between the types of migraine and whether prophylactic medication is used or not.application/pdfporObesidadeSobrepesoComposição corporalPreparações farmacêuticasTranstornos de enxaquecaObesityOverweightBody compositionMigraineDrugsÍndice de massa corporal, adiposidade e migrâneainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2011Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000820586.pdf.txt000820586.pdf.txtExtracted Texttext/plain104496http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/2/000820586.pdf.txt65d11639ed1c79db4aa0d7cd01195ca5MD52ORIGINAL000820586.pdf000820586.pdfTexto completoapplication/pdf1111619http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/1/000820586.pdf91a8216f0b3ac6e1049e7c1f790f6866MD51THUMBNAIL000820586.pdf.jpg000820586.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1038http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/3/000820586.pdf.jpgfbb0894ee924c8568d116f749f6ce471MD5310183/372172018-10-10 07:56:58.245oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37217Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-10T10:56:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
title Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
spellingShingle Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
Oliveira, Vanessa Rossoni de
Obesidade
Sobrepeso
Composição corporal
Preparações farmacêuticas
Transtornos de enxaqueca
Obesity
Overweight
Body composition
Migraine
Drugs
title_short Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
title_full Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
title_fullStr Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
title_full_unstemmed Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
title_sort Índice de massa corporal, adiposidade e migrânea
author Oliveira, Vanessa Rossoni de
author_facet Oliveira, Vanessa Rossoni de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Vanessa Rossoni de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Perry, Ingrid Dalira Schweigert
contributor_str_mv Perry, Ingrid Dalira Schweigert
dc.subject.por.fl_str_mv Obesidade
Sobrepeso
Composição corporal
Preparações farmacêuticas
Transtornos de enxaqueca
topic Obesidade
Sobrepeso
Composição corporal
Preparações farmacêuticas
Transtornos de enxaqueca
Obesity
Overweight
Body composition
Migraine
Drugs
dc.subject.eng.fl_str_mv Obesity
Overweight
Body composition
Migraine
Drugs
description Introdução: A migrânea está incluída no grupo das cefaléias primárias e é apontada como um distúrbio comum de alta prevalência, impacto socioeconômico e pessoal. Apesar de ensaios clínicos e epidemiológicos mostrarem uma relação entre as cefaléias e o Índice de Massa Corporal (IMC), as informações não são conclusivas quanto à relação entre a distribuição da gordura corporal (obesidade central) ou o percentual de gordura corporal (%GC) e a migrânea. Muitos dos medicamentos usados para a profilaxia da migrânea podem estar associados ao ganho ou a perda de peso. Objetivo: Investigar a possível associação/relação entre indicadores antropométricos, adiposidade e medicação profilática sobre o padrão de crises e a incapacidade gerada pelas mesmas em pacientes ambulatoriais com migrânea. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com pacientes com migrânea ambulatoriais ≥18 anos, avaliados quanto ao peso e estatura (índice de massa corporal), circunferência da cintura (CC) e %GC, assim como quanto ao uso de medicação profilática e variáveis clínicas relacionadas à migrânea. Resultados: Foram avaliados 167 pacientes, predominantemente do sexo feminino (92,8%) e uma média de idade de 43,4 ± 13,7 anos. A migrânea sem aura apresentou maior prevalência (70,7%), o IMC e o %GC médios foram de 27,7 + 5,9 kg/m² e 35,2 + 8,4 %, respectivamente. A CC nas mulheres, IMC e %GC da amostra total foram correlacionados fracamente com a frequência das crises em 6 meses (rs= 0,224, p<0,01; rs= 0,172, p<0,05; rs=0,158, p<0,05; respectivamente). Quando feita análise estratificada por tipo de migrânea, encontrou-se correlação moderada entre a migrânea com aura e frequência de crises em 6 meses e IMC (rs= 0,346, p<0,05), assim como da CC em mulheres (rs=0,423, p<0,01). O maior grau de incapacidade (The Migraine Disability Assessment Test) foi associado com %GC acima do recomendado (p= 0,034). Em pacientes com migrânea em uso de medicação profilática observou-se IMC e %GC mais elevados (Teste t-Student; p<0,001). Conclusão: O estudo demonstrou que embora exista uma fraca correlação entre IMC, CC, %GC e frequência de crises de migrânea, a incapacidade gerada pelas mesmas está associada apenas ao %GC, padrões que diferem entre os tipos de migrânea e uso ou não de medicação profilática.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-02-29T01:20:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/37217
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000820586
url http://hdl.handle.net/10183/37217
identifier_str_mv 000820586
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/2/000820586.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/1/000820586.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37217/3/000820586.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 65d11639ed1c79db4aa0d7cd01195ca5
91a8216f0b3ac6e1049e7c1f790f6866
fbb0894ee924c8568d116f749f6ce471
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224422903775232