Puma Concolor (Carnivora, Felidae) : ocupação e período de atividade no limite sul da Mata Atlântica, Brasil

• Autor(a) principal: Linck, Paloma
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230526
• topic: Puma concolor; Armadilhamento fotográfico; Conservação; Felídeos neotropicais

A compreensão da ecologia temporal e espacial das espécies subsidia o delineamento de ações de manejo. Grandes felídeos, como Puma concolor (puma), são considerados predadores de topo e apresentam papel importante na regulação de populações de outras espécies da fauna; assim, sua conservação resulta na preservação de várias espécies no mesmo ecossistema. No Brasil, a espécie é considerada Vulnerável (VU), já no Rio Grande do Sul (RS) está classificada como Em Perigo (EN). Dada sua aparente redução populacional no sul do país, se fazem necessários estudos sobre a ecologia de P. concolor nessa região. O presente estudo teve como objetivo compreender a influência de variáveis ambientais, incluindo fatores associados a modificações antropogênicas da paisagem, e a co-ocorrência de potenciais presas, sobre a ocupação do habitat por P. concolor no limite sul da Mata Atlântica; adicionalmente objetivou-se descrever o padrão de atividade da 31 espécie e compará-lo com o padrão de atividade de presas potenciais. A amostragem foi realizada em três áreas de Mata Atlântica no RS, onde foram instaladas 20 estações de armadilhagem fotográfica por área de estudo. Foram obtidos 15 registros independentes que indicaram um período de atividade catemeral, ou seja, a inexistência de preferência por qualquer período definido dentro das 24h. Os modelos de ocupação possuindo 14 registros independentes sugerem a preferência por 36 habitats de mata e por locais com ocorrência de cervídeos do gênero Mazama; em contraponto, a espécie apresentou menores probabilidades de ocupação em locais com presença de onça-pintada (Panthera onca) e espécies exóticas/domésticas (gado, Bos taurus, e javali/porco-monteiro, Sus scrofa). Apesar do baixo número de registros, o que sugere que o puma é uma espécie rara no RS em comparação com outras áreas da Mata Atlântica, neste estudo fo Apesar do baixo número de registros, o que sugere que o puma é uma espécie rara no RS em comparação com outras áreas da Mata Atlântica, neste estudo foi possível observar a preferência do puma por áreas preservadas e com presas nativas sugerindo que apesar dos relatos de conflitos entre puma e gado, a espécie parece evitar os locais com a presença do gado, reforçando a importância de áreas de habitat nativo para a preservação de puma e, como predador de topo, também das restantes espécies da sua teia trófica.