O exemplo de uma dramaturgia prospectiva e documentária para Ça ira (1) Fin de Louis, de Joël Pommerat
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/225598 |
Resumo: | Este artigo propõe uma descrição e uma teorização do trabalho dramatúrgico realizado por Marion Boudier ao lado do autor-encenador Joël Pommerat para a criação de Ça ira (1) Fin de Louis (criado em 2015 e apresentado na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo em 2016). Como trabalhar a partir dos arquivos da Revolução francesa para acompanhar um autor-encenador que escreve seus textos com a cena durante os ensaios? Marion Boudier apresenta o que ela denomina de «dramaturgia prospectiva e documentária». Este acompanhamento da escritura se distingue das práticas clássicas da dramaturgia. Com efeito, para entrar na escritura, Joël Pommerat dirigiu seus atores em improvisações longamente preparadas e nutridas por uma importante documentação histórica: em vez de esclarecer um texto prévio com a finalidade de transpô-lo para a cena, o trabalho dramatúrgico consiste então, nesse caso, em propor uma matéria documental pertinente para o tema escolhido e potencialmente rica para o teatro, então reagir a suas evoluções cênicas. Desse modo, a dramaturgia é uma espécie de investigação, levada a serviço do autor-encenador e de seus atores ao longo do processo de criação. |
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