Como se narram e se dizem as crianças de 4 a 5 anos sobre o ser crianças em uma escola infantil de Novo Hamburgo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Focesi, Luciane Varísco
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115951
Resumo: Pesquisar com crianças significa abrir possibilidades, pensar o novo e o inusitado. Estar atento à sutileza das relações e do convívio. Participar de uma experiência significativa de aprendizagem. A partir da instigante premissa de realizar pesquisa com crianças, este estudo buscou investigar de que maneira as crianças entre 4 e 5 anos de uma escola infantil do município de Novo Hamburgo, se narram e se dizem sobre o ser crianças. Ao observar-se que a educação das crianças tem passado por significativas mudanças ao longo dos últimos séculos, também se entende que a educação da infância pouco escuta as crianças, pois, o que se diz sobre elas, sobre o que gostam e o que compreendem das coisas do mundo, muitas vezes, logo é esquecido. O que as crianças pensam que é “ser” criança? Como se dizem criança? Como se narram? Quais culturas são apontadas em suas conversas? Buscando responder a essas questões, a pesquisa volta-se para ouvi-las sobre o que pensam ser criança. Para tanto, busquei, na etnografia pós-moderna de pesquisa com crianças, a metodologia que pesquisa com crianças, e não sobre as crianças, com vistas a reconstruir as narrativas de seu cotidiano, bem como verificar como as crianças se constituem, ao lado da pesquisadora, autoras da própria investigação. A partir das questões estabelecidas e das leituras realizadas, pretende-se escutar, no sentido de refletir e compreender os discursos que os infantis têm sobre si mesmos, a respeito do ser criança. Buscarei apoio em autores da sociologia da infância, como Sarmento (2007, 2009), Corsaro (2002, 2009), Tomás (2012), Fernandes (2012), Dornelles (20010, 2012), Muller (2010), Meyer e Paraíso (2012), Andrade (2012), Larrosa (1994). Assim, o Trabalho de Conclusão de Curso buscará considerar a “voz” das crianças, a partir das narrativas de si, ou seja, o que revelam sobre as culturas infantis que se enunciam no espaço escolar, considerando as crianças como atores sociais.
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