Prevalência de parasitoses intestinais entre crianças da comunidade indígena de Cacique Doble/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Incerti, Juliane
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/78460
Resumo: As parasitoses intestinais representam um grave problema de saúde pública. No Brasil, esse problema se agrava devido à falta de saneamento básico associada a medidas pessoais de higiene deficientes. Dados sobre a ocorrência de enteroparasitoses entre indígenas são escassos, embora configurem a sua relevância na origem dos quadros de gastroenterite aguda ou crônica. Percebe-se que seus territórios, aldeias, vilas e moradias, não são atendidos por políticas públicas voltadas ao saneamento básico e que a má disposição dos dejetos possibilita o contato do homem com parasitas responsáveis por diversas doenças. A partir dessas evidências, o objetivo geral deste estudo foi o de levantar informações a respeito das condições de saúde da população indígena de Cacique Doble estimando a prevalência das enteroparasitoses e correlacionando-a com a infraestrutura sanitária. O estudo foi do tipo transversal censitário. Como resultados encontramos uma taxa de positividade de 67,2%, com pequena variação quanto ao sexo. Os parasitas mais frequentes foram a Ascaris Lumbricoides, Hymenolepis nana, Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii e os Ancilostomídeos. O poliparasitismo foi mais freqüente nas faixas etárias de 7 a 9 anos com 32,6% de casos positivos. Como relevância, este trabalho destaca-se por ser o primeiro a identificar a prevalência de parasitoses e as condições de saneamento na população indígena de Cacique Doble, confirmando o grau de vulnerabilidade social, elevada taxa de infecção parasitária, ausência completa de infraestrutura para o destino dos dejetos na aldeia, sendo esses aspectos semelhantes encontrados em outras etnias indígenas no Brasil.
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