Fatores relacionados ao tabagismo na gestação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/15999 |
Resumo: | O tabagismo é um problema de saúde pública, sendo considerado como a principal causa de morte evitável no mundo. Apesar dos conhecidos malefícios do tabaco para o binômio mãebebê é grande o número de gestantes que continua fumando ou sendo expostas ao tabagismo passivo. Diversos trabalhos têm demonstrado que fumar durante a gestação está associado a uma gama de fatores. Nesse contexto, esta pesquisa teve o objetivo de identificar fatores relacionados ao tabagismo na gestação. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, realizado com 267 puérperas no período de fevereiro a maio de 2008. A coleta de dados ocorreu na Unidade de Internação Obstétrica do HCPA por meio de instrumentos preenchidos pelas participantes. Foi realizada análise descritiva e utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de análise de variância. O projeto foi aprovado pela COMPESQ/EEUFRGS e pelo GPPG/HCPA. A análise dos dados permitiu identificar que 55,4% das puérperas eram não fumantes, 25,5% fumantes em abstinência e 19,1% fumantes, estando 51,3% na faixa etária de 18 a 25 anos. O tabagismo, na maioria das puérperas, se iniciou entre os 10 e 18 anos de idade e observou-se uma tendência para as mulheres com menor escolaridade serem tabagistas. Apenas 66% das puérperas receberam informações sobre o tabagismo durante o pré-natal e pode-se afirmar que as não fumantes fizeram mais consultas que as fumantes e fumantes em abstinência (p = 0,025). O número de mulheres com mais de um filho se mostrou maior entre as fumantes que entre as não fumantes e fumantes em abstinência (p = 0,002). Quanto à cessação do tabagismo, observa-se que as mulheres eram mais propensas a parar antes da gestação quando o companheiro não era fumante (p = 0,007). As médias de cigarros consumidos por dia no início da gestação por fumantes e fumantes em abstinência mostram que as que continuaram fumando consumiam quase o dobro em relação as que conseguiram parar. Os resultados permitem identificar que são vários os fatores que influenciam no tabagismo e na sua cessação em mulheres gestantes. Portanto, intervenções no pré-natal para a cessação entre gestantes fumantes e para evitar a exposição passiva das não fumantes devem ir ao encontro das necessidades das mulheres, levando em consideração suas características sociais, econômicas, demográficas e a presença de um fumante no lar. |
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