Morfometria geométrica em crânios de representantes do gênero Ctenomys (Rodentia: Ctenomyidae) na região Centro-Oeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribas, Luiz Eduardo Jorge
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198159
Resumo: Tamanho e forma são características fundamentais para o estudo de Biologia Evolutiva. Os roedores subterrâneos apresentam alto grau de convergência morfológica, como corpo fusiforme e pavilhão auditivo reduzido. O hábito de viver em galerias subterrâneas proporciona um ambiente mais homogêneo possibilitando a ocupação de diferentes formações vegetais. Apesar da similaridade nas formas desses organismos, diversos estudos abordam diferenças morfológicas intra e interespecíficas para o grupo. Neste trabalho, aplicamos o método de morfometria geométrica em crânios de representantes do gênero Ctenomys na região Centro-Oeste do Brasil para verificar padrões de estruturação morfológica. A região de estudo é resultado de uma dinâmica de expansão e regressão florestal sobre a savana, gerando mosaicos de formações vegetacionais. As amostras foram agrupadas conforme o local de coleta e foram verificados padrões de estruturação em relação as linhagens mitocondriais propostas e distribuição geográfica. As localidades foram analisadas para forma e tamanho através de marcos anatômicos para as vistas ventral, dorsal e lateral. Diferenças de tamanho foram verificadas através de uma ANOVA e para forma realizamos uma MANOVA com as coordenadas de forma. Porcentagens de classificação correta foram geradas atráves do método de Jack-Knife para as localidades e linhagens propostas. As vistas ventral e dorsal são mais informativas, apresentando, porém, padrões de estruturação diferentes. A vista ventral recupera o sinal filogenético proposto para as linhagens mitocondriais, enquanto a vista dorsal parece sofrer mais influência ambiental. A vista lateral parece ser altamente variável, não apresentando relação com os grupos analisados. As vistas ventral e dorsal recuperam estruturas distintas, porém a vista lateral possui marcos anatômicos representantes das duas vistas, podendo justificar o resultado encontrado. A técnica trouxe informações importantes para o estudo de um grupo com poucos dados disponíveis, indicando a existência de variados morfotipos na região. As análises para a vista ventral podem apresentar um padrão mais nítido se gaps de amostragem forem preenchidos. Para testar a relação ambiental com o sinal apresentado pela vista dorsal, é necessário maior número de localidades pertencentes a uma mesma linhagem.
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As amostras foram agrupadas conforme o local de coleta e foram verificados padrões de estruturação em relação as linhagens mitocondriais propostas e distribuição geográfica. As localidades foram analisadas para forma e tamanho através de marcos anatômicos para as vistas ventral, dorsal e lateral. Diferenças de tamanho foram verificadas através de uma ANOVA e para forma realizamos uma MANOVA com as coordenadas de forma. Porcentagens de classificação correta foram geradas atráves do método de Jack-Knife para as localidades e linhagens propostas. As vistas ventral e dorsal são mais informativas, apresentando, porém, padrões de estruturação diferentes. A vista ventral recupera o sinal filogenético proposto para as linhagens mitocondriais, enquanto a vista dorsal parece sofrer mais influência ambiental. A vista lateral parece ser altamente variável, não apresentando relação com os grupos analisados. As vistas ventral e dorsal recuperam estruturas distintas, porém a vista lateral possui marcos anatômicos representantes das duas vistas, podendo justificar o resultado encontrado. A técnica trouxe informações importantes para o estudo de um grupo com poucos dados disponíveis, indicando a existência de variados morfotipos na região. As análises para a vista ventral podem apresentar um padrão mais nítido se gaps de amostragem forem preenchidos. Para testar a relação ambiental com o sinal apresentado pela vista dorsal, é necessário maior número de localidades pertencentes a uma mesma linhagem.Size and shape are fundamental characteristics for Evolution Biology studies. Subterranean rodents show a great degree of morphologic convergence, like fusiform body and reduced auditory pavilion. The habit of living in underground galleries provides homogeneous environment, making possible the occupation of different vegetational formations. Despite the similarity in shape between those organisms, many studies approach morphologic differences intra and interspecific to the group. In this study, we applied the geometrics morphometrics method in cranial strutucture representative of Ctenomys in the mid-west of Brazil to verify morphological structure patterns. The region is result of an expansion/regression dynamic between forest and savana areas, creating the vegetational mosaic present today. Samples were grouped by collect sites and were analyzes for structuring patterns relative to the mitochondrial lineages currently proposed and to geographic distribution. Sites were analyzed for shape and size through landmarks for ventral, dorsal and lateral views of cranial structure. Differences in size were verified through an ANOVA and for shape differences we performed a MANOVA with shape coordinates. Percentages of correct classification were generated through Jack-Knife method, to localities and proposed lineages groups. Ventral and dorsal views are more informative, showing, however, different structuring pattern. Ventral view recovers the phylogenetic signal proposed by mitochondrial lineages, while dorsal view seems to have a greater environmental influence. The lateral view is too variable and do not show any pattern relative to groups analyzed. Ventral and dorsal views show different regions of cranial structure, while lateral view recovers parts of the two views, this fact may justify the result for this view. Appling morphometrics geometrics technique brought relevant information for studies of a poorly known group, showing the existence of several morphotypes in the region. Ventral view analyzes may show clear pattern if sampling gaps were filled. To test environmental relation with signal showed by dorsal view, it’s necessary a bigger sample of sites within the same lineage.application/pdfporCtenomysCrânioMorfometria geométrica em crânios de representantes do gênero Ctenomys (Rodentia: Ctenomyidae) na região Centro-Oeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095703.pdf.txt001095703.pdf.txtExtracted Texttext/plain33587http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198159/2/001095703.pdf.txta9a719cd0fe478366a724db7aa63e528MD52ORIGINAL001095703.pdfTexto completoapplication/pdf854702http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198159/1/001095703.pdf0108bf0f1d84e33393636573b651ae81MD5110183/1981592019-08-22 02:31:44.205552oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198159Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-08-22T05:31:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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