Modelagem matemática, acessibilidade e inclusão : potencialidades de uma prática no ensino fundamental

• Autor(a) principal: Dathein, Júlia Campello
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/277589
• topic: Modelagem matemática; Pessoas com deficiência; Acessibilidade; Mathematical modeling; Accessibility; Inclusion; People with disabilities

Essa pesquisa teve como objetivo identificar potencialidades de uma prática didática de Modelagem Matemática sobre acessibilidade e inclusão. A proposta foi desenvolvida em uma turma de oitavo ano do ensino fundamental de uma escola estadual localizada em Porto Alegre - RS. Os dados foram coletados, sobretudo, por meio de gravações de áudio das interações entre a professora e os estudantes e de materiais escritos produzidos pelos alunos a partir de pesquisas na internet e de atividades empíricas. A investigação teve caráter qualitativo, pois o intuito foi analisar as ações dos estudantes e da professora em um contexto específico. Foram analisados três trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, com os temas rampas de acessibilidade, Braille e autismo. Entre as potencialidades identificadas, podem ser citadas a motivação dos estudantes durante o desenvolvimento dos trabalhos - talvez por estes aproximarem o estudo da matemática de questões externas à disciplina -, o protagonismo exercido pelos estudantes para solucionar desafios e o espaço para debater sobre um problema da sociedade: a questão da falta de acessibilidade e da exclusão de pessoas com deficiência. Foram discutidas, também, dificuldades enfrentadas pela professora e pelos estudantes em uma primeira experiência em um ambiente de Modelagem, como a realização de intervenções que podem ter limitado a autonomia dos estudantes e situações em que os alunos buscaram respostas prontas para problemas. Além disso, foram apontadas possibilidades de modificações para práticas futuras, como dar mais importância para os momentos de preparação das apresentações dos trabalhos e incentivar uma maior colaboração entre os membros dos grupos.