Estabilidade e convergência em modelos pós-keynesianos de crescimento e distribuição com variáveis fiscais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Pedro Romero
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/205632
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma discussão sobre modelos pós-keynesianos de crescimento e distribuição de renda que incorporam gastos governamentais e endividamento público, considerando as recentes contribuições realizadas pela macroeconomia heterodoxa. De forma a subsidiar essa discussão, o trabalho também propõe um debate sobre o problema específico da estabilidade e da convergência das variáveis endógenas desses modelos. Com isso, o objetivo é mostrar que a incorporação de gastos governamentais e dinâmicas de endividamento em modelos pós-keynesianos também se encontra relacionada às discussões teórico-metodológicas que definem o programa de pesquisa contemporaneamente. Por fim, propõe-se a elaboração de um modelo neokaleckiano de crescimento e distribuição de renda que incorpore a dinâmica do gasto público e do endividamento e que assuma uma função de acumulação dependente da taxa de juros definida pelo Banco Central e da razão dívida pública-estoque de capital. São apresentadas uma análise de estática comparativa em um cenário de equilíbrio de curto prazo e uma avaliação da estabilidade do modelo em um cenário de equilíbrio de longo prazo. Com relação ao curto prazo, verifica-se que o modelo conserva o paradoxo da poupança, mas o regime de demanda depende do parâmetro associado à taxa de juros e à razão dívida-capital. Outros resultados relevantes são os efeitos ambíguos que uma política monetária contracionista e que uma elevação da razão dívida-capital possuem sobre a demanda de curto prazo. No caso da estabilidade de longo prazo, verifica-se que há equilíbrio estável na medida em que o valor da taxa de acumulação supera a taxa de juros, que a condição de estabilidade keynesiana se mantém e que o parâmetro que representa a sensibilidade do investimento em relação à distribuição de renda e ao montante de juros pagos pela dívida pública seja relativamente baixo.
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