Do "outro" lado do ocidente : a crise ucraniana e a "ameaça russa" nos discursos da OTAN
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/220188 |
Resumo: | A tensão no relacionamento entre a Rússia e a OTAN durante a crise da Ucrânia de 2014 atingiu patamares jamais vistos desde o final da Guerra Fria. Porém, a recente fricção de forças entre os dois atores não é algo essencialmente novo, mas, em verdade, um processo que evoluiu a pari passu com a expansão da aliança militar ocidental para as fronteiras russas cujos efeitos continuam a moldar a arquitetura securitária europeia. Neste artigo, pretende-se analisar a constituição da “ameaça russa” evidenciado nos discursos da OTAN no contexto da crise da Ucrânia enquanto um processo derivado de uma política discursiva pré-existente que serve para reforçar e realçar as diferenças entre o Ocidente e Moscou. Argumenta-se que a elevação da constituição da Rússia como ameaçadora e oposta à OTAN é a condição que sustenta a coesão identitária entre os seus membros, o que é requisito sine qua non para a manutenção e aprimoramento do vigor político da aliança militar. Para analisar tal objeto, este trabalho adota como perspectiva teórica o pós-estruturalismo e aplica-se o modelo metodológico de análise de discurso de Lene Hansen (2006). |
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Zabolotsky, Boris PeriusMielniczuk, Fabiano Pellin2021-04-23T04:25:05Z20201519-8502http://hdl.handle.net/10183/220188001124785A tensão no relacionamento entre a Rússia e a OTAN durante a crise da Ucrânia de 2014 atingiu patamares jamais vistos desde o final da Guerra Fria. Porém, a recente fricção de forças entre os dois atores não é algo essencialmente novo, mas, em verdade, um processo que evoluiu a pari passu com a expansão da aliança militar ocidental para as fronteiras russas cujos efeitos continuam a moldar a arquitetura securitária europeia. Neste artigo, pretende-se analisar a constituição da “ameaça russa” evidenciado nos discursos da OTAN no contexto da crise da Ucrânia enquanto um processo derivado de uma política discursiva pré-existente que serve para reforçar e realçar as diferenças entre o Ocidente e Moscou. Argumenta-se que a elevação da constituição da Rússia como ameaçadora e oposta à OTAN é a condição que sustenta a coesão identitária entre os seus membros, o que é requisito sine qua non para a manutenção e aprimoramento do vigor político da aliança militar. Para analisar tal objeto, este trabalho adota como perspectiva teórica o pós-estruturalismo e aplica-se o modelo metodológico de análise de discurso de Lene Hansen (2006).The tension in Russia-NATO relations reached unprecedented levels during the Ukrainian crisis of 2014. The recent friction of forces between the two actors is not something essentially new though. In fact, it is a new stage in the process that evolved in parallel with the alliance's expansion to Russian borders, whose effects are still shaping the European security architecture. In this article, we treat the constitution of the “Russian threat” that reemerged in NATO's speeches in the context of the Ukrainian crisis as a process derived from a pre-existing discursive policy that serves to reinforce the differences between the West and Moscow. It is argued that the casting of Russia as a threat opposed to NATO is the condition that sustains the identitary cohesion among its members; hence, it is a sine qua non requirement for maintaining and improving the military alliance’s political strength. In order to advance the argument, the paper adopts a post-structuralist perspective deploying the methodological model of discourse analysis offered by Lene Hansen (2006).application/pdfporHistoriae : revista de história da Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande, RS. Vol. 11, n. 2 (2020), p. 84-107Organização do Tratado do Atlântico NortePós-estruturalismoRússia : Aspectos políticosUcrânia : Aspectos políticosNATORussiaPost-structuralismDo "outro" lado do ocidente : a crise ucraniana e a "ameaça russa" nos discursos da OTANinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124785.pdf.txt001124785.pdf.txtExtracted Texttext/plain60743http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220188/2/001124785.pdf.txt64dffb9b798cdd559ce460d50086533fMD52ORIGINAL001124785.pdfTexto completoapplication/pdf514329http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220188/1/001124785.pdfbe6ae0384550bdc6e5738a4a473e19c2MD5110183/2201882023-08-24 03:35:35.996302oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220188Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-08-24T06:35:35Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A tensão no relacionamento entre a Rússia e a OTAN durante a crise da Ucrânia de 2014 atingiu patamares jamais vistos desde o final da Guerra Fria. Porém, a recente fricção de forças entre os dois atores não é algo essencialmente novo, mas, em verdade, um processo que evoluiu a pari passu com a expansão da aliança militar ocidental para as fronteiras russas cujos efeitos continuam a moldar a arquitetura securitária europeia. Neste artigo, pretende-se analisar a constituição da “ameaça russa” evidenciado nos discursos da OTAN no contexto da crise da Ucrânia enquanto um processo derivado de uma política discursiva pré-existente que serve para reforçar e realçar as diferenças entre o Ocidente e Moscou. Argumenta-se que a elevação da constituição da Rússia como ameaçadora e oposta à OTAN é a condição que sustenta a coesão identitária entre os seus membros, o que é requisito sine qua non para a manutenção e aprimoramento do vigor político da aliança militar. Para analisar tal objeto, este trabalho adota como perspectiva teórica o pós-estruturalismo e aplica-se o modelo metodológico de análise de discurso de Lene Hansen (2006). |
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