Fitoestrogênios : posicionamento do Departamento de Endocrinologia Feminina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Clapauch, Ruth
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Meirelles, Ricardo Martins da Rocha, Julião, Maria Amélia S.G., Loureiro, Claudia Kohler C., Giarogoli, Paola B., Pinheiro, Solange Alves, Harrigan, Albemar Roberts, Spritzer, Poli Mara, Pardini, Dolores Perovano, Weiss, Rita Vasconcellos, Musacchio, Amanda Valéria de Athayde, Russo, Luis Augusto, Póvoa, Luiz Cesar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/78056
Resumo: Para avaliar a utilidade dos fitoestrogênios (FE) na terapia de reposição hormonal da menopausa (TRHM), o Departamento de Endocrinologia Feminina da SBEM reuniu um grupo de especialistas para fazer uma revisão bibliográfica e selecionar trabalhos nos quais a metodologia adotada demonstrasse rigor científico. Os FE têm ações estrogênicas e antiestrogênicas, predominantemente sobre os receptores de estrogênios (E) b, com potência estrogênica muito inferior à do estradiol. O conteúdo de FE nas suas fontes vegetais é variável, dependendo da forma de cultivo, safra, armazenamento e industrialização. Também a conversão dos precursores em fitormônios ativos no organismo humano tem grande variabilidade individual. A maior parte das pesquisas com FE é realizada in vitro ou com animais de laboratório, nem sempre podendo ser extrapoladas para humanos. Com relação à síndrome do climatério, alguns estudos sugerem discreta melhora dos fogachos, sem modificação do ressecamento vaginal ou das alterações do humor. No metabolismo lipídico, alimentação rica em soja, mas não isoflavonas isoladamente, promove redução do colesterol total, do LDL-col e dos triglicerídeos, mas não elevam o HDL-col, como os E, e podem causar aumento da lipoproteína (a), que os E contribuem para diminuir. Embora alguns estudos de curta duração sugiram aumento da densidade mineral óssea com uso de isoflavonas, não há demonstração de redução de fraturas. Conclui-se que não há evidências convincentes que justifiquem o uso de FE ou alimentação rica em soja como alternativa para a TRHM.
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Também a conversão dos precursores em fitormônios ativos no organismo humano tem grande variabilidade individual. A maior parte das pesquisas com FE é realizada in vitro ou com animais de laboratório, nem sempre podendo ser extrapoladas para humanos. Com relação à síndrome do climatério, alguns estudos sugerem discreta melhora dos fogachos, sem modificação do ressecamento vaginal ou das alterações do humor. No metabolismo lipídico, alimentação rica em soja, mas não isoflavonas isoladamente, promove redução do colesterol total, do LDL-col e dos triglicerídeos, mas não elevam o HDL-col, como os E, e podem causar aumento da lipoproteína (a), que os E contribuem para diminuir. Embora alguns estudos de curta duração sugiram aumento da densidade mineral óssea com uso de isoflavonas, não há demonstração de redução de fraturas. Conclui-se que não há evidências convincentes que justifiquem o uso de FE ou alimentação rica em soja como alternativa para a TRHM.To evaluate the benefit of phytoestrogens (PhE) in hormone replacement therapy of menopause (HRTM), the Department of Female Endocrinology of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism convened a group of specialists to perform a bibliographic review. Only articles that met strict scientific methodological criteria were included. PhE exhibit both estrogenic and antiestrogenic actions, mainly on estrogen (E) receptors b, with much less estrogenic potency than estradiol. PhE content of vegetal sources varies, depending on cultivation, harvesting, storage and industrialization. Conversion of precursors to active phytohormones in the human body exhibits great individual variability. Most studies with PhE was done in vitro or in laboratory animals and could not always be extrapolated to humans. Some studies on the climateric syndrome suggest little improvement of hot flushes but not of vaginal dryness or mood instability. Regarding lipid metabolism, soy-rich food but not isolated isoflavones promotes reduction of total cholesterol, LDL-chol and triglyceride levels, but does not raise HDL-chol as E do, and promotes elevation of lipoprotein (a), which are reduced by E. Although some shortterm studies suggest improvement of bone mineral density with isoflavones, no reduction in fracture rate is demonstrated. We conclude that there are no convincing evidences to support the use of PhE or soy-rich food as alternatives to HRTM.application/pdfporArquivos brasileiros de endocrinologia & metabologia = Brazilian archives of endocrinology and metabolism. São Paulo. Vol. 46, n. 6 (2002), p. 679-695.Fisiologia endocrinaFitormôniosFitoestrogêniosMenopausaTerapia de reposição hormonalPhytohormonesPhytoestrogensMenopauseHormone replacement therapy of menopauseFitoestrogênios : posicionamento do Departamento de Endocrinologia Feminina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)Phytoestrogens : position of the Department of Female Endocrinology of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolisminfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000366088.pdf000366088.pdfTexto completoapplication/pdf95159http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78056/1/000366088.pdf9850785de20c89471e6672a8f88a21b4MD51TEXT000366088.pdf.txt000366088.pdf.txtExtracted Texttext/plain84414http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78056/2/000366088.pdf.txte5d330425550819db0917ad9ff5bce64MD52THUMBNAIL000366088.pdf.jpg000366088.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1943http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78056/3/000366088.pdf.jpg09c301c0fb9a70d10c845f1ac1dc8ae7MD5310183/780562023-04-22 03:23:31.881592oai:www.lume.ufrgs.br:10183/78056Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-22T06:23:31Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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