Avaliação da influência da distribuição de espaçadores e da tolerância de execução no cobrimento de concreto para armaduras de lajes : análise em obra
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/234100 |
Resumo: | O cobrimento de concreto dado às armaduras é de grande importância na durabilidade das estruturas de concreto armado. Estudos já realizados mostraram a dificuldade das obras em garantir que a espessura de cobrimento especificada no projeto estrutural seja obtida nas estruturas, principalmente nas lajes. A falta de uma normalização brasileira que oriente a distribuição dos espaçadores é um dos fatores que contribuem negativamente para garantir o cobrimento mínimo. Além disso, as tolerâncias de execução permitidas pela norma brasileira precisam ser discutidas, pois as mesmas podem não ser tecnicamente executáveis, com os valores de 10 mm para controle de qualidade normal e 5 mm em nível de controle rigoroso. Algumas normas estrangeiras indicam a utilização do valor de 15 mm como tolerância de execução. Neste trabalho experimental, avaliou-se em uma situação real de obra a obtenção do cobrimento nas condições de execução propostas pelos responsáveis da obra, que utilizaram 1,66 espaçadores por metro quadrado. Após isto, interviu-se na distribuição dos espaçadores, testando configurações padrão de distribuição, com densidade de espaçadores (espaçadores / m²) que variaram de 2,06 a 7,01, para que se obtivessem melhores resultados. Após às análises dos resultados foi possível verificar a relação entre diversos fatores relacionados à espessura de cobrimento com a quantidade de espaçadores utilizada. Também se identificou alguns fatores que prejudicam a obtenção da espessura de cobrimento e não podem ser resolvidos apenas com a distribuição dos espaçadores, como por exemplo o sistema de fôrmas e os componentes da instalação elétrica. Foi verificado a dificuldade em se garantir os cobrimentos dentro de uma tolerância de 10 mm, e a completa impossibilidade de se garantir os cobrimentos dentro de uma tolerância de 5 mm, que são os valores de tolerância prescritos na norma brasileira. Mesmo utilizando o mais rigoroso controle de qualidade e uma alta densidade de espaçadores, conseguiu-se no máximo 55% dos cobrimentos medidos dentro da tolerância de 5 mm. Para a maior densidade de espaçadores testada, 97% dos cobrimentos medidos conseguem respeitar a tolerância de 10 mm. Para a tolerância de execução de 15mm os resultados mostraram que é possível atender o cobrimento mínimo mesmo com baixas densidades de espaçadores. |
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Oliveira, Guilherme Silva deDal Molin, Denise Carpena CoitinhoMasuero, Joao Ricardo2022-01-15T04:48:53Z2018http://hdl.handle.net/10183/234100001087346O cobrimento de concreto dado às armaduras é de grande importância na durabilidade das estruturas de concreto armado. Estudos já realizados mostraram a dificuldade das obras em garantir que a espessura de cobrimento especificada no projeto estrutural seja obtida nas estruturas, principalmente nas lajes. A falta de uma normalização brasileira que oriente a distribuição dos espaçadores é um dos fatores que contribuem negativamente para garantir o cobrimento mínimo. Além disso, as tolerâncias de execução permitidas pela norma brasileira precisam ser discutidas, pois as mesmas podem não ser tecnicamente executáveis, com os valores de 10 mm para controle de qualidade normal e 5 mm em nível de controle rigoroso. Algumas normas estrangeiras indicam a utilização do valor de 15 mm como tolerância de execução. Neste trabalho experimental, avaliou-se em uma situação real de obra a obtenção do cobrimento nas condições de execução propostas pelos responsáveis da obra, que utilizaram 1,66 espaçadores por metro quadrado. Após isto, interviu-se na distribuição dos espaçadores, testando configurações padrão de distribuição, com densidade de espaçadores (espaçadores / m²) que variaram de 2,06 a 7,01, para que se obtivessem melhores resultados. Após às análises dos resultados foi possível verificar a relação entre diversos fatores relacionados à espessura de cobrimento com a quantidade de espaçadores utilizada. Também se identificou alguns fatores que prejudicam a obtenção da espessura de cobrimento e não podem ser resolvidos apenas com a distribuição dos espaçadores, como por exemplo o sistema de fôrmas e os componentes da instalação elétrica. Foi verificado a dificuldade em se garantir os cobrimentos dentro de uma tolerância de 10 mm, e a completa impossibilidade de se garantir os cobrimentos dentro de uma tolerância de 5 mm, que são os valores de tolerância prescritos na norma brasileira. Mesmo utilizando o mais rigoroso controle de qualidade e uma alta densidade de espaçadores, conseguiu-se no máximo 55% dos cobrimentos medidos dentro da tolerância de 5 mm. Para a maior densidade de espaçadores testada, 97% dos cobrimentos medidos conseguem respeitar a tolerância de 10 mm. Para a tolerância de execução de 15mm os resultados mostraram que é possível atender o cobrimento mínimo mesmo com baixas densidades de espaçadores.Concrete cover given to reinforcement is important in the durability of reinforced concrete structures. Studies have shown the difficulty of the building sites in achieving that the thickness of cover specified in the structural design is obtained in the structures, especially in the slabs. The lack of a Brazilian normalization that guides the distribution of spacers is one of the factors that make it difficult to obtain minimum cover. The allowance in design for tolerance by the Brazilian standard need to be discussed, because they may not be technically executable, under the conditions in which they are presented, in common works. In this experimental work, it was evaluated in a real situation of construction work the obtaining of the cover under the conditions of execution imposed by the managers of the construction work, that was 1.66 spacers per square meter. After this, it was changed in the spacers distribution, testing standard distribution configurations with spacers (spacers / m²) ranging from 2.06 to 7.01, in order to obtain better results. After the analysis of the results it was possible to verify the relationship between many factors related to the thickness of the cover with the number of spacers used. It was verified the difficulty in certify the covers within a tolerance of 10 mm, and the complete impossibility of certify the covers within a tolerance of 5 mm, which are the tolerance values prescribed in the Brazilian standard. Even using the most stringent quality control and a high density of spacers, was achieved a maximum of 55% of the covers measured within the tolerance of 5 mm. For the highest density of spacers tested, 97% of the covers measured within the tolerance of 10 mm. Some foreign standards indicate the use of the 15 mm value as execution tolerance. The results showed that even at the lowest spacer densities, the measured covers tend to respect this tolerance.application/pdfporEngenharia civilConcrete coverDistribution of spacersAllowance in design for toleranceMinimum coverCover thicknessAvaliação da influência da distribuição de espaçadores e da tolerância de execução no cobrimento de concreto para armaduras de lajes : análise em obrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2018Engenharia Civilgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001087346.pdf.txt001087346.pdf.txtExtracted Texttext/plain250742http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234100/2/001087346.pdf.txt7d512bf0348c96111b2c9733d705f0f5MD52ORIGINAL001087346.pdfTexto completoapplication/pdf5376644http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234100/1/001087346.pdfda62c2f8785b0e66174823dd1e92fac9MD5110183/2341002022-02-22 05:01:07.969077oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234100Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T08:01:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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