Um instrumento de avaliação quase-naturalística da memória prospectiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taussik, Irene
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Figueroa, Nora Leibovich de, Pimenta, Maria Alice de Mattos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/216913
Resumo: As mudanças cognitivas associadas à idade descrevem-se particularmente a partir dos 40 anos de idade e afetam especialmente a memória. As dificuldades na memória de intenções futuras (memória prospectiva) são as queixas mais importantes de pacientes com esquecimentos benignos. Instrumentos clássicos de avaliação neuropsicológica não conseguem reproduzir o impacto desses esquecimentos nas situações cotidianas; entretanto, um enfoque mais ecológico contempla a inclusão da funcionalidade e a relação da dificuldade de memória sobre o funcionamento cotidiano do indivíduo. O objetivo desse trabalho é apresentar um instrumento quase-naturalístico, denominado Prova da Águia desenhado para a avaliação da memória prospectiva. Foram incorporadas tarefas específicas de evento, de tempo e repetitivas, todas em sua dimensão prospectiva. Foram verificadas sua consistência, validade e predição para a avaliação de indivíduos com ou sem esquecimentos benignos. A amostra total de 76 indivíduos foi dividida em dois grupos: um com queixas de esquecimentos (Esquecimentos Benignos) e outro sem queixas de memória. O instrumento mostrou apresentar consistência interna e a análise de regressão mostrou uma predição de 71,1% para os pacientes com esquecimentos benignos e de 78,9% para o grupo sem queixas. A análise de correlação confirmou essa consistência quanto à relação entre o componente retrospectivo e as demais categorias de lembrança prospectiva (evento, tempo e tarefas repetitivas). Observou-se o efeito de idade e de escolaridade no desempenho da prova. Além de diferenças significativas encontradas nas duas populações, foram observados comportamentos distintos entre os dois grupos. A partir desses dados pudemos concluir que o teste quase naturalístico criado mostrou ser um instrumento adequado para o diagnóstico de esquecimentos benignos.
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