A feminização na maternagem frente aos determinantes sociais : vivências de mulheres com os filhos internados para tratamento de sífilis congênita em um hospital universitário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/219083 |
Resumo: | Com o objetivo de refletir sobre a feminização na maternagem frente aos determinantes sociais, neste estudo abordou-se as vivências de mulheres com os filhos internados para tratamento de sífilis congênita em um hospital universitário, por meio da realização de uma pesquisa de enfoque quanti-qualitativo, do tipo documental, com finalidade descritiva e exploratória, embasada na realização de um perfil sociodemográfico e obstétrico, bem como na construção de narrativas dessas vivências. Foram revisados os prontuários eletrônicos de puérperas com recém-nascidos internados para tratamento de sífilis congênita na Unidade de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de março a setembro de 2020, após a avaliação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 4.129.639. Foram analisados os prontuários de 29 puérperas e 29 recém-nascidos que se encaixaram nos critérios de inclusão. Dentre os resultados obtidos em relação ao perfil sociodemográfico e obstétrico, destacam-se a predominância de mulheres brancas e jovens; a baixa escolaridade; o desemprego ou vínculos informais de trabalho; a não vinculação a programas sociais; e a realização de pré-natal adequado, mas tratamento para sífilis de forma inadequada, principalmente por parte dos companheiros. A partir das narrativas sobre o processo gestacional e de acompanhamento da internação neonatal, repetiram-se relatos de sobrecarga das puérperas associados à necessidade de acompanhar o recém-nascido, mas também assistir aos filhos ou demais familiares que permaneceram em casa. Na impossibilidade de acompanhamento por parte da mãe, outras mulheres responsabilizaram-se pelo cuidado da criança durante a internação e após. Também verificou-se expressiva situação de vulnerabilidade social, principalmente associada ao uso de psicoativos; ao pré-natal incompleto e ao suporte familiar restrito. Assim, conclui-se que a atuação multiprofissional faz-se de suma importância na prevenção e tratamento de ISTs, como a sífilis, por fomentar uma visão mais ampliada, no sentido de (re)conhecer e compreender a influência dos determinantes sociais no acesso das gestantes aos serviços de saúde, bem como por possibilitar e estimular a inclusão da família durante o pré-natal, pré-parto e pós-parto. |
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