Discriminação de preços por gênero : analisando o impacto da Pink Tax e sua manifestação nos serviços de beleza

• Autor(a) principal: Foss, Andrise
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/272456
• topic: Economia feminista; Consumo; Preço; Pink tax; Price discrimination; Consumers; Feminist; Economics

A “Pink Tax” tem se destacado como uma prática controversa de diferenciação de preços em produtos e serviços destinados a diferentes gêneros, gerando preocupações quanto à igualdade de gênero e discriminação de preços. Este fenômeno chama atenção para a disparidade de preços entre produtos semelhantes direcionados a homens e mulheres, particularmente no setor de serviços de beleza. Nestes serviços, os preços para mulheres muitas vezes excedem os preços para homens, sem justificativa baseada na qualidade ou complexidade dos serviços prestados. Em vez disso, essa disparidade é frequentemente atribuída a estereótipos de feminilidade enraizados na sociedade. A “Pink Tax” não é apenas uma questão econômica, mas também uma questão de equidade e justiça social que afeta a autonomia financeira das mulheres e perpetua a desigualdade de gênero. Este estudo se concentra na análise da “Pink Tax” nos serviços de beleza, examinando os fatores que contribuem para essa disparidade de preços e seus impactos econômicos nas consumidoras. Este estudo envolveu uma pesquisa de campo dividida em duas partes. A primeira parte constituiu na coleta de preços em seis salões de beleza localizados na cidade de Gramado/RS e a segunda parte foi conduzida por meio de uma pesquisa on-line, que obteve 150 respostas de consumidores e consumidoras. Os salões de beleza analisados na pesquisa aplicavam a "Pink Tax" em todos os serviços, cobrando mais das mulheres. Em média, o corte de cabelo feminino era 68,95% mais caro, o design de sobrancelhas 24% mais caro e a manicure 8,53% mais cara. A pesquisa com consumidores revelou que as mulheres enfrentavam mais pressão estética que os homens, com 72,7% sentindo-se pressionadas a consumir serviços de beleza. A renda menor das mulheres também se refletiu nos gastos, sendo 66,66% a renda média mensal na faixa de 1-2 salários-mínimos. A pesquisa indicou também que as mulheres eram mais impactadas pela pressão estética e consumiam mais serviços de beleza em comparação com os homens.