Analysis of phenotypes altered by temperature stress and hipermutability in Drosophila willistoni
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/23073 |
Resumo: | Drosophila willistoni (Sturtevant, 1916) é uma espécie do grupo willistoni de Drosophila que apresenta ampla distribuição geográfica desde o sul dos Estados Unidos (Flórida) e México até o norte da Argentina. Esta espécie tem sido alvo de muitos estudos evolutivos dentro do grupo devido à sua considerável capacidade de explorar de forma bem sucedida diversos tipos de ambientes e também por sua grande variabilidade genética expressa através de diferentes marcadores. A linhagem 17A2 de D. willistoni foi coletada em 1991 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (30°05’S, 51°39’W), e vem sendo mantida desde então no laboratório de Drosophila da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diferentemente das demais linhagens de D. willistoni mantidas no laboratório, a linhagem 17A2 já produziu espontaneamente machos do tipo white (olhos brancos) e do tipo sepia (olhos marrons) em estoques mantidos a 170C. A fim de avaliar se esta linhagem é potencialmente hipermutável, nós submetemo-la a experimentos de estresse por temperatura. Dezoito isolinhagens foram utilizadas e, após a primeira geração, todos os indivíduos de cada isolinhagem foram mantidos a 29°C. Diferentes alterações foram observadas nas gerações seguintes, similares com mutações já bem caracterizadas em D. melanogaster (white, sépia, blistered e curly). Além destas, uma alteração com aparente fusão nas antenas foi encontrada, mas somente em indivíduos da isolinhagem nº 31. Esta última alteração não foi previamente descrita como uma mutação na espécie D. melanogaster. Nossos resultados indicam que a linhagem 17A2 de D. willistoni é uma candidata a hipermutabilidade, além de apresentar uma variabilidade genética importante. Diferentes fatores podem estar atuando para a formação deste panorama observado, tais como mobilização de elementos transponíveis, seleção por endocruzamento e alteração na função de proteínas de choque térmico (heat-shock proteins). |
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D'Ávila, Marícia FantinelGarcia, Rosane NunesLoreto, Élgion Lúcio da SilvaGaiesky, Vera Lúcia da Silva Valente2010-05-29T04:17:51Z20080073-4721http://hdl.handle.net/10183/23073000670548Drosophila willistoni (Sturtevant, 1916) é uma espécie do grupo willistoni de Drosophila que apresenta ampla distribuição geográfica desde o sul dos Estados Unidos (Flórida) e México até o norte da Argentina. Esta espécie tem sido alvo de muitos estudos evolutivos dentro do grupo devido à sua considerável capacidade de explorar de forma bem sucedida diversos tipos de ambientes e também por sua grande variabilidade genética expressa através de diferentes marcadores. A linhagem 17A2 de D. willistoni foi coletada em 1991 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (30°05’S, 51°39’W), e vem sendo mantida desde então no laboratório de Drosophila da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diferentemente das demais linhagens de D. willistoni mantidas no laboratório, a linhagem 17A2 já produziu espontaneamente machos do tipo white (olhos brancos) e do tipo sepia (olhos marrons) em estoques mantidos a 170C. A fim de avaliar se esta linhagem é potencialmente hipermutável, nós submetemo-la a experimentos de estresse por temperatura. Dezoito isolinhagens foram utilizadas e, após a primeira geração, todos os indivíduos de cada isolinhagem foram mantidos a 29°C. Diferentes alterações foram observadas nas gerações seguintes, similares com mutações já bem caracterizadas em D. melanogaster (white, sépia, blistered e curly). Além destas, uma alteração com aparente fusão nas antenas foi encontrada, mas somente em indivíduos da isolinhagem nº 31. Esta última alteração não foi previamente descrita como uma mutação na espécie D. melanogaster. Nossos resultados indicam que a linhagem 17A2 de D. willistoni é uma candidata a hipermutabilidade, além de apresentar uma variabilidade genética importante. Diferentes fatores podem estar atuando para a formação deste panorama observado, tais como mobilização de elementos transponíveis, seleção por endocruzamento e alteração na função de proteínas de choque térmico (heat-shock proteins).Drosophila willistoni (Sturtevant, 1916) is a species of the willistoni group of Drosophila having wide distribution from the South of USA (Florida) and Mexico to the North of Argentina. It has been subject of many evolutionary studies within the group, due to its considerable ability to successfully occupy a wide range of environments and also because of its great genetic variability expressed by different markers. The D. willistoni 17A2 strain was collected in 1991 in the state of Rio Grande do Sul, Brazil (30°05’S, 51°39’W), and has been maintained since then at the Drosophila laboratory of UFRGS. Different to the other D. willistoni strains maintained in the laboratory, the 17A2 strain spontaneously produced mutant males white-like (white eyes) and sepia-like (brown eyes) in stocks held at 17°C. In order to discover if this strain is potentially hypermutable, we submitted it to temperature stress tests. Eighteen isofemale strains were used in our tests and, after the first generation, all the individuals produced in each strain were maintained at 29°C. Different phenotype alterations were observed in subsequent generations, similar to mutations already well characterized in D. melanogaster (white, sepia, blistered and curly). In addition, an uncommon phenotype alteration with an apparent fusion of the antennae was observed, but only in the isofemale line nº 31. This last alteration has not been previously described as a mutation in the D. melanogaster species. Our results indicate that the D. willistoni 17A2 strain is a candidate for hypermutability, which presents considerable cryptic genetic variability. Different factors may be operating for the formation of this effect, such as the mobilization of transposable elements, effect of inbreeding and alteration of the heat-shock proteins functions.application/pdfengIheringia. Série Zoologia. Porto Alegre. Vol. 98, n. 3 (set. 2008), p. 345-354Drosophila willistoniVariação genéticaHipermutabilidadeD. willistoni17A2 strainTemperature stressGenetic variabilityHypermutabilityAnalysis of phenotypes altered by temperature stress and hipermutability in Drosophila willistoniAnálises de fenótipos alterados pelo stress de temperatura e hipermutabilidade em Drosophila willistoni info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000670548.pdf000670548.pdfTexto completo (inglês)application/pdf313619http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23073/1/000670548.pdf6025006624f35e39897cf1be5ad8084fMD51TEXT000670548.pdf.txt000670548.pdf.txtExtracted Texttext/plain53009http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23073/2/000670548.pdf.txtdea61037ec716b7d8138ac4a7a9f5af5MD52THUMBNAIL000670548.pdf.jpg000670548.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1861http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/23073/3/000670548.pdf.jpgbe4920396e27f4a2dcc5732480c810b7MD5310183/230732024-04-10 06:32:05.61309oai:www.lume.ufrgs.br:10183/23073Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-04-10T09:32:05Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Drosophila willistoni (Sturtevant, 1916) é uma espécie do grupo willistoni de Drosophila que apresenta ampla distribuição geográfica desde o sul dos Estados Unidos (Flórida) e México até o norte da Argentina. Esta espécie tem sido alvo de muitos estudos evolutivos dentro do grupo devido à sua considerável capacidade de explorar de forma bem sucedida diversos tipos de ambientes e também por sua grande variabilidade genética expressa através de diferentes marcadores. A linhagem 17A2 de D. willistoni foi coletada em 1991 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (30°05’S, 51°39’W), e vem sendo mantida desde então no laboratório de Drosophila da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diferentemente das demais linhagens de D. willistoni mantidas no laboratório, a linhagem 17A2 já produziu espontaneamente machos do tipo white (olhos brancos) e do tipo sepia (olhos marrons) em estoques mantidos a 170C. A fim de avaliar se esta linhagem é potencialmente hipermutável, nós submetemo-la a experimentos de estresse por temperatura. Dezoito isolinhagens foram utilizadas e, após a primeira geração, todos os indivíduos de cada isolinhagem foram mantidos a 29°C. Diferentes alterações foram observadas nas gerações seguintes, similares com mutações já bem caracterizadas em D. melanogaster (white, sépia, blistered e curly). Além destas, uma alteração com aparente fusão nas antenas foi encontrada, mas somente em indivíduos da isolinhagem nº 31. Esta última alteração não foi previamente descrita como uma mutação na espécie D. melanogaster. Nossos resultados indicam que a linhagem 17A2 de D. willistoni é uma candidata a hipermutabilidade, além de apresentar uma variabilidade genética importante. Diferentes fatores podem estar atuando para a formação deste panorama observado, tais como mobilização de elementos transponíveis, seleção por endocruzamento e alteração na função de proteínas de choque térmico (heat-shock proteins). |
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