Propriedades bioativas e antioxidantes de uvaias (Eugenia pyriformis Cambess) cultivadas na região de Pelotas/Rio Grande do Sul

• Autor(a) principal: Prates, Júlia Scherer
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/151451
• topic: Flavonoides; Antioxidantes; Pelotas (RS); Uvaia; Eugenia pyriformis Cambess; Flavonoids; Bioactive compounds; Antioxidant activity

A uvaia (Eugenia pyriformis Cambess) é nativa do Brasil, da família Myrtaceae. Espécie seletiva higrófita e heliófita; provinda do Sul do país, encontrada nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Seu consumo in natura confere qualidades como suculência, aroma e sabor levemente ácido; não obstante, seus frutos abrangem grande potencial de utilização em produtos alimentícios, apresentando-se como uma alternativa para enriquecimento nutricional devido ao seu perfil antioxidante e de compostos fenólicos. Com perfeita capacidade de adaptação, mostra-se uma espécie ideal para sistemas agroflorestais e pomares. O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de compostos flavonóides totais, fenólicos totais e a atividade antioxidante em genótipos de frutos da uvaia procedentes da cidade de Pelotas/Rio Grande do Sul. Foram realizadas análises quantitativas de compostos flavonóides totais por quercetina, de compostos fenólicos totais com reagente Folin- Ciocalteau e a atividade antioxidante por radical estável DPPH no extrato e no fruto liofilizados da uvaia. O teor de flavonóides encontrado foi de 6,5 ± 2,51mg EQ/g uvaia fruto e 4,67 ± 0,27 mg EQ/g de uvaia extrato, já o conteúdo de fenólicos totais foram de 34,72 ± 6,32 uvaia fruto e 49,70 ± 4,40 mg EAG/g de uvaia extrato e a atividade antioxidante para CE50 foi de 930,78 e 799,85 μg EQ/mL, respectivamente de uvaia fruto e uvaia extrato. Os resultados apontaram que o extrato da fruta é mais purificado, assim como apresenta vantagens de ser mais concentrado e abranger maiores concentrações de compostos bioativos desejáveis. Baseando-se neste estudo, conclui-se que a uvaia é fonte de compostos bioativos, a qual pode ser agregada à alimentação regional devido ao seu efeito protetor ao organismo, sendo seu extrato um potencial substituto de ingredientes artificiais na indústria, a qual pode valer-se de substâncias eficazes e seguras para o consumidor. Faz-se necessário a ocorrência de estudos complementares com a finalidade de conhecer melhor a composição química da uvaia, incentivando sua produção e consumo, visando à conservação da flora nativa brasileira.