Práticas urbanas insurgentes como participação popular no planejamento urbano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272863 |
Resumo: | Este artigo é fruto de um pensamento que investiga formas de atuação política e estética na cidade contemporânea. Debatemos como práticas urbanas insurgentes, que reconhecemos nas okupas, utilizam-se do espaço para produzir enunciados contrahegemônicos. Propomos relacionar uma série de ocupações, como um modo próprio de participação popular, em que grupos exoneram a coerção do Estado ou da propriedade privada, e investem em um poder de gestão coletiva paralelo por meio da ação direta. A noção de política nessas ocupações atinge, assim, duas coordenadas: uma que produz movimentos sobre o mundo físico — intervenção espacial e contaminação afetiva nos participantes — e outra que produz narrativas a partir do espaço — as quais devem ultrapassar seus limites e furar os bloqueios de um ordenamento social. Ambas coordenadas partem de um devir acionado por conflitos, em que tais práticas visam a desterritorialização de narrativas hegemônicas para, assim, produzirem seus próprios territórios dissidentes. |
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Balem, TiagoReyes, Paulo Edison Belo2024-03-05T04:36:20Z20242526-7310http://hdl.handle.net/10183/272863001197614Este artigo é fruto de um pensamento que investiga formas de atuação política e estética na cidade contemporânea. Debatemos como práticas urbanas insurgentes, que reconhecemos nas okupas, utilizam-se do espaço para produzir enunciados contrahegemônicos. Propomos relacionar uma série de ocupações, como um modo próprio de participação popular, em que grupos exoneram a coerção do Estado ou da propriedade privada, e investem em um poder de gestão coletiva paralelo por meio da ação direta. A noção de política nessas ocupações atinge, assim, duas coordenadas: uma que produz movimentos sobre o mundo físico — intervenção espacial e contaminação afetiva nos participantes — e outra que produz narrativas a partir do espaço — as quais devem ultrapassar seus limites e furar os bloqueios de um ordenamento social. Ambas coordenadas partem de um devir acionado por conflitos, em que tais práticas visam a desterritorialização de narrativas hegemônicas para, assim, produzirem seus próprios territórios dissidentes.This paper is the result of a thought that investigates forms of political and aesthetic action in the contemporary city. We debate how insurgent urban practices, which we recognize as okupas, use space to produce counter-hegemonic statements. We propose to relate a series of squatting, as a specific form of popular participation, in which groups exempt themselves from coercion by the State or private property, and invest in a parallel collective management power through direct action. The notion of politics in these squatting thus reaches two coordinates: one that produces movements in the physical world — spatial intervention and affective contamination in participants — and another that produces narratives from space — which must exceed its limits and break through the blockages of a social order. Both coordinates depart from a becoming triggered by conflicts, in which such practices aim to deterritorialize hegemonic narratives to, thus, produce their own dissident territories.application/pdfporPixo: revista de arquitetura, cidade e contemporaneidade. Pelotas. Vol. 8, n.28(2024), p. 128-141Intervenção urbanaOcupação urbanaPolíticaParticipação popularEspaço urbanoInsurgent urban practicesPoliticsPopular participationUrban planningOccupationsPráticas urbanas insurgentes como participação popular no planejamento urbanoInsurgent urban practices as popular participation info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197614.pdf.txt001197614.pdf.txtExtracted Texttext/plain51736http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272863/2/001197614.pdf.txt4a8e6cff93b7370e2c82435405bd97faMD52ORIGINAL001197614.pdfTexto completoapplication/pdf279728http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272863/1/001197614.pdfeb93860044bff980d6e276e16919e16dMD5110183/2728632024-03-07 05:01:58.806238oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272863Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-07T08:01:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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