"Humana festa": uma defesa senciocêntrica da animal através do pós-humano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/105262 |
Resumo: | Em tempos de banalização da violência, como é este início de século XXI, as lutas de libertação têm tarefas árduas em suas agendas políticas. Se algo pode fortalecer os movimentos reivindicatórios de direitos, sem demandas significativas que não o empenho intelectual honesto, trata-se do diálogo. A autora brasileira radicada nos Estados Unidos Regina Rheda, em seu romance Humana festa (2008), descortina a nossa frente um contexto de diversas lutas sociais ocorrendo num mesmo local, a fazenda dos pecuaristas Bezerra Leitão. Trabalhadores rurais explorados, mulheres subjugadas pelo machismo e animais nãohumanos nos pratos de todos e todas – exceto da ativista estadunidense Megan, de sua mãe, a ativista ecofeminista Sybil, e de seus companheiros do movimento de libertação animal. Os explorados são submetidos aos opressores devido à mesma lógica perversa, a do androantropocentrismo. Mulheres e toda a natureza não-humana estão de fora ou apenas detêm um local secundário na consideração moral. Proponho, neste trabalho, uma análise das estruturas de dominação presentes em nossa sociedade, e evidenciados na obra de Rheda, sob a ótica da ética animal, conforme concebida por Peter Singer e atualizada por Tom Regan, Sônia T. Felipe e Carlos Naconecy. Para isso, exponho a perspectiva do movimento abolicionista animal em diálogo com o ambientalismo e com o ecofeminismo, e filiando-me aos estudos pós-humanistas, com um viés anticapitalista. Termino concluindo que as escolhas políticas do ecofeminismo devem ser acompanhadas de perto pelo abolicionismo animal, pelo potencial de análise e inserção lúcida na sociedade demonstrado pelos teóricos ecofeministas. |
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Rocha, Lucas Kirschke daSchmidt, Rita Terezinha2014-11-01T02:18:37Z2014http://hdl.handle.net/10183/105262000941525Em tempos de banalização da violência, como é este início de século XXI, as lutas de libertação têm tarefas árduas em suas agendas políticas. Se algo pode fortalecer os movimentos reivindicatórios de direitos, sem demandas significativas que não o empenho intelectual honesto, trata-se do diálogo. A autora brasileira radicada nos Estados Unidos Regina Rheda, em seu romance Humana festa (2008), descortina a nossa frente um contexto de diversas lutas sociais ocorrendo num mesmo local, a fazenda dos pecuaristas Bezerra Leitão. Trabalhadores rurais explorados, mulheres subjugadas pelo machismo e animais nãohumanos nos pratos de todos e todas – exceto da ativista estadunidense Megan, de sua mãe, a ativista ecofeminista Sybil, e de seus companheiros do movimento de libertação animal. Os explorados são submetidos aos opressores devido à mesma lógica perversa, a do androantropocentrismo. Mulheres e toda a natureza não-humana estão de fora ou apenas detêm um local secundário na consideração moral. Proponho, neste trabalho, uma análise das estruturas de dominação presentes em nossa sociedade, e evidenciados na obra de Rheda, sob a ótica da ética animal, conforme concebida por Peter Singer e atualizada por Tom Regan, Sônia T. Felipe e Carlos Naconecy. Para isso, exponho a perspectiva do movimento abolicionista animal em diálogo com o ambientalismo e com o ecofeminismo, e filiando-me aos estudos pós-humanistas, com um viés anticapitalista. Termino concluindo que as escolhas políticas do ecofeminismo devem ser acompanhadas de perto pelo abolicionismo animal, pelo potencial de análise e inserção lúcida na sociedade demonstrado pelos teóricos ecofeministas.In times of trivialized violence, as it is the beginning of XXI century, liberation struggles have arduous tasks in their political agenda. If something can strengthen the claim-rights movement without any significant demands but intellectual endeavor, it is the dialogue. The brazilian author Regina Rheda in her novel Humana festa (2008) unfolds in front of us a context of various social struggles occurring in the same place, the farm of ranchers Bezerra Leitão. Exploited rural workers, women subjugated by sexism and nonhuman animals in dishes of all people – except for the american activist Megan, her mother, Sybil, an ecofeminist activist and their fellows from the animal liberation movement. The exploited are subjected to oppressive due to the same perverse logic, the androanthropocentrism. Women and all nonhuman nature are out or hold only a secondary place in the moral consideration. I propose in this work an analysis of the structures of domination present in our society, and evidenced through Rheda's novel, the perspective of animal ethics, as conceived by Peter Singer and Tom Regan, and updated by Sônia T. Felipe and Carlos Naconecy. To do this, I bring up the dialogical perspectives of animal abolitionist movement with environmentalism and ecofeminism, under the anti-capitalist bias, and affiliating to post-humanists studies. I finish by concluding that the political choices of ecofeminism should be closely followed by the animal abolitionism, for the potential analysis and lucid insertion in society demonstrated by ecofeminist theorists.application/pdfporÉticaÉtica animalAbolicionismo animalDireitos dos animaisVeganismoLiteratura contemporâneaRheda, ReginaHumana festa (Livro)EthicsAnimal abolitionismPragmatic abolitionismAnimal liberationAnimal rightsVeganismEcofeminismPost-humanismContemporary brazilian literature"Humana festa": uma defesa senciocêntrica da animal através do pós-humanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2014Letras: Português e Literatura Portuguesa: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000941525.pdf000941525.pdfTexto completoapplication/pdf251267http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105262/1/000941525.pdff6e56032b8b01fea0f6022796e8409ebMD51TEXT000941525.pdf.txt000941525.pdf.txtExtracted Texttext/plain80720http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105262/2/000941525.pdf.txt0ff1bee520ef0b67caa6871d90bb6625MD52THUMBNAIL000941525.pdf.jpg000941525.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1022http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/105262/3/000941525.pdf.jpg3b242bf4b0d9105415fe66e67eae8c1cMD5310183/1052622022-08-06 04:46:03.270963oai:www.lume.ufrgs.br:10183/105262Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:46:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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