Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Carolina Moreno dos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Barbosa, Letícia L., Lima, Lorena S., Ferro, Viviane Gianluppi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234291
Resumo: A hipótese do estresse da planta prevê que as plantas estressadas são mais atacadas por insetos herbívoros. Neste trabalho, investigamos a influência do estresse luminoso em Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) e em seu principal herbívoro, a mariposa Utetheisa ornatrix (L., 1758) (Erebidae: Arctiinae). Especificamente, verificamos se as plantas estressadas por sombreamento diferem das plantas não estressadas em termos de produtividade, características morfológicas e porcentagem de água. Também avaliamos o desempenho das mariposas em plantas estressadas e não estressadas. As sementes foram semeadas em vasos. Quando as plantas atingiram 50 cm de altura, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: plantas estressadas (grupo de tratamento) e plantas sem estresse (grupo controle). As plantas estressadas foram cobertas por uma malha preta, proporcionando 50% de sombreamento. Foram avaliadas oito características de plantas estressadas e não estressadas de C. spectabilis: altura, biomassa aérea fresca e seca, número de vagens e sementes, dureza foliar, número de tricomas, área foliar, massa foliar específica e porcentagem de água foliar. As mariposas foram criadas individualmente em folhas de plantas estressadas e não estressadas. Obtivemos a sobrevivência larval, o tempo de desenvolvimento larval, o peso pupal e a fecundidade das fêmeas As plantas não estressadas apresentaram porcentagem significativamente maior de água nas folhas, maior biomassa aérea fresca e um maior número de tricomas do que as plantas estressadas. A taxa de sobrevivência foi de 98% para larvas criadas em folhas de plantas sob estresse e 92% em folhas de plantas sem estresse. O tempo de desenvolvimento larval foi significativamente menor e o peso das pupas femininas significativamente maior em plantas sem estresse do que em plantas estressadas. Assim, a hipótese de estresse em plantas foi corroborada apenas por duas variáveis testadas: número de tricomas (menor nas plantas estressadas) e sobrevivência larval (maior nas plantas estressadas). Os tricomas estão entre os principais tipos de defesa das plantas contra a herbivoria e a redução do seu número nas folhas tornaria as plantas estressadas mais suscetíveis ao ataque de larvas de mariposas, fato corroborado por uma maior sobrevivência larval. Uma das possíveis explicações para a falta de corroboração da hipótese de estresse de planta para a maioria das variáveis testadas é que outras características podem ser alteradas sob condições de estresse, como a concentração de compostos secundários.
id UFRGS-2_3fd64276c15265f2f9870f4e72ffc5b8
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234291
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Santos, Carolina Moreno dosBarbosa, Letícia L.Lima, Lorena S.Ferro, Viviane Gianluppi2022-01-20T04:40:05Z20210073-4721http://hdl.handle.net/10183/234291001130991A hipótese do estresse da planta prevê que as plantas estressadas são mais atacadas por insetos herbívoros. Neste trabalho, investigamos a influência do estresse luminoso em Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) e em seu principal herbívoro, a mariposa Utetheisa ornatrix (L., 1758) (Erebidae: Arctiinae). Especificamente, verificamos se as plantas estressadas por sombreamento diferem das plantas não estressadas em termos de produtividade, características morfológicas e porcentagem de água. Também avaliamos o desempenho das mariposas em plantas estressadas e não estressadas. As sementes foram semeadas em vasos. Quando as plantas atingiram 50 cm de altura, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: plantas estressadas (grupo de tratamento) e plantas sem estresse (grupo controle). As plantas estressadas foram cobertas por uma malha preta, proporcionando 50% de sombreamento. Foram avaliadas oito características de plantas estressadas e não estressadas de C. spectabilis: altura, biomassa aérea fresca e seca, número de vagens e sementes, dureza foliar, número de tricomas, área foliar, massa foliar específica e porcentagem de água foliar. As mariposas foram criadas individualmente em folhas de plantas estressadas e não estressadas. Obtivemos a sobrevivência larval, o tempo de desenvolvimento larval, o peso pupal e a fecundidade das fêmeas As plantas não estressadas apresentaram porcentagem significativamente maior de água nas folhas, maior biomassa aérea fresca e um maior número de tricomas do que as plantas estressadas. A taxa de sobrevivência foi de 98% para larvas criadas em folhas de plantas sob estresse e 92% em folhas de plantas sem estresse. O tempo de desenvolvimento larval foi significativamente menor e o peso das pupas femininas significativamente maior em plantas sem estresse do que em plantas estressadas. Assim, a hipótese de estresse em plantas foi corroborada apenas por duas variáveis testadas: número de tricomas (menor nas plantas estressadas) e sobrevivência larval (maior nas plantas estressadas). Os tricomas estão entre os principais tipos de defesa das plantas contra a herbivoria e a redução do seu número nas folhas tornaria as plantas estressadas mais suscetíveis ao ataque de larvas de mariposas, fato corroborado por uma maior sobrevivência larval. Uma das possíveis explicações para a falta de corroboração da hipótese de estresse de planta para a maioria das variáveis testadas é que outras características podem ser alteradas sob condições de estresse, como a concentração de compostos secundários.The Plant Stress Hypothesis predicts that stressed plants are more attacked by herbivorous insects. In this work, we investigated the influence of light stress on Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) and on its main herbivore, the moth Utetheisa ornatrix (L., 1758) (Erebidae: Arctiinae). Specifically, we verified whether plants stressed by shading differ from non-stressed plants in terms of productivity, morphological characteristics and water percentage. We also evaluated the performance of moths in stressed and non-stressed plants. Seeds were sown in pots. When the plants reached 50 cm in height, they were randomly divided into two groups: stressed plants (treatment group) and non-stressed plants (control group). The stressed plants were covered by a black mesh, providing 50% of shading. Eight characteristics of stressed and non-stressed C. spectabilis plants were evaluated: height, fresh and dry aerial biomass, number of pods and seeds, leaf hardness, number of trichomes, leaf area, specific leaf mass and percentage of leaf water. Moths were raised individually on leaves of stressed and non-stressed plants and we obtained the larval survival, larval development time, pupal weight and female fecundity. The non-stressed plants had significantly higher percentage of water in the leaves, greater fresh aerial biomass and a higher number of trichomes than the stressed plants. The survival rate was 98% for larvae raised on leaves from stressed plants and 92% on leaves from nonstressed plants. The larval developmental time was significantly shorter and the weight of female pupae significantly higher in non-stressed plants than in stressed plants. Thus, the Plant Stress Hypothesis was only corroborated by two tested variables: number of trichomes (lower in stressed plants) and larval survival (higher in stressed plants). Trichomes are among the main types of plant defenses against herbivory and reducing their number on leaves would make stressed plants more susceptible to attack by moth larvae, a fact corroborated by a greater larval survival. One of the possible explanations for the lack of corroboration of the Plant Stress Hypothesis for most of the variables tested is that other characteristics can be changed under stress conditions, such as the concentration of secondary compounds.application/pdfengIheringia. Série Zoologia. Porto Alegre. Vol. 111 (2021), e2021018, [6 p.]LepidopteraPlant Stress HypothesisTrichomesEffect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)Efeito do estresse luminoso sobre Crotalaria spectabilis (Fabaceae) e seu inseto herbívoro, a mariposa Utetheisa ornatrix (Erebidae:Arctiinae) info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130991.pdf.txt001130991.pdf.txtExtracted Texttext/plain33956http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234291/2/001130991.pdf.txtf39e1f96b24f9e198eb1759e1945bc8cMD52ORIGINAL001130991.pdfTexto completo (inglês)application/pdf522489http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234291/1/001130991.pdf7d50e0ae86bbe72a3a5c3830bb0057a6MD5110183/2342912022-05-24 04:44:48.407092oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234291Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-24T07:44:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Efeito do estresse luminoso sobre Crotalaria spectabilis (Fabaceae) e seu inseto herbívoro, a mariposa Utetheisa ornatrix (Erebidae:Arctiinae)
title Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
spellingShingle Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
Santos, Carolina Moreno dos
Lepidoptera
Plant Stress Hypothesis
Trichomes
title_short Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
title_full Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
title_fullStr Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
title_full_unstemmed Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
title_sort Effect of light stress on Crotalaria spectabilis (Fabaceae) and on its herbivore insect, the moth Utetheisa ornatrix (Erebidae: Arctiinae)
author Santos, Carolina Moreno dos
author_facet Santos, Carolina Moreno dos
Barbosa, Letícia L.
Lima, Lorena S.
Ferro, Viviane Gianluppi
author_role author
author2 Barbosa, Letícia L.
Lima, Lorena S.
Ferro, Viviane Gianluppi
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Carolina Moreno dos
Barbosa, Letícia L.
Lima, Lorena S.
Ferro, Viviane Gianluppi
dc.subject.por.fl_str_mv Lepidoptera
topic Lepidoptera
Plant Stress Hypothesis
Trichomes
dc.subject.eng.fl_str_mv Plant Stress Hypothesis
Trichomes
description A hipótese do estresse da planta prevê que as plantas estressadas são mais atacadas por insetos herbívoros. Neste trabalho, investigamos a influência do estresse luminoso em Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) e em seu principal herbívoro, a mariposa Utetheisa ornatrix (L., 1758) (Erebidae: Arctiinae). Especificamente, verificamos se as plantas estressadas por sombreamento diferem das plantas não estressadas em termos de produtividade, características morfológicas e porcentagem de água. Também avaliamos o desempenho das mariposas em plantas estressadas e não estressadas. As sementes foram semeadas em vasos. Quando as plantas atingiram 50 cm de altura, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: plantas estressadas (grupo de tratamento) e plantas sem estresse (grupo controle). As plantas estressadas foram cobertas por uma malha preta, proporcionando 50% de sombreamento. Foram avaliadas oito características de plantas estressadas e não estressadas de C. spectabilis: altura, biomassa aérea fresca e seca, número de vagens e sementes, dureza foliar, número de tricomas, área foliar, massa foliar específica e porcentagem de água foliar. As mariposas foram criadas individualmente em folhas de plantas estressadas e não estressadas. Obtivemos a sobrevivência larval, o tempo de desenvolvimento larval, o peso pupal e a fecundidade das fêmeas As plantas não estressadas apresentaram porcentagem significativamente maior de água nas folhas, maior biomassa aérea fresca e um maior número de tricomas do que as plantas estressadas. A taxa de sobrevivência foi de 98% para larvas criadas em folhas de plantas sob estresse e 92% em folhas de plantas sem estresse. O tempo de desenvolvimento larval foi significativamente menor e o peso das pupas femininas significativamente maior em plantas sem estresse do que em plantas estressadas. Assim, a hipótese de estresse em plantas foi corroborada apenas por duas variáveis testadas: número de tricomas (menor nas plantas estressadas) e sobrevivência larval (maior nas plantas estressadas). Os tricomas estão entre os principais tipos de defesa das plantas contra a herbivoria e a redução do seu número nas folhas tornaria as plantas estressadas mais suscetíveis ao ataque de larvas de mariposas, fato corroborado por uma maior sobrevivência larval. Uma das possíveis explicações para a falta de corroboração da hipótese de estresse de planta para a maioria das variáveis testadas é que outras características podem ser alteradas sob condições de estresse, como a concentração de compostos secundários.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-01-20T04:40:05Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/234291
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0073-4721
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001130991
identifier_str_mv 0073-4721
001130991
url http://hdl.handle.net/10183/234291
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Iheringia. Série Zoologia. Porto Alegre. Vol. 111 (2021), e2021018, [6 p.]
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234291/2/001130991.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234291/1/001130991.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv f39e1f96b24f9e198eb1759e1945bc8c
7d50e0ae86bbe72a3a5c3830bb0057a6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447781256462336