Desafios impostos pela pandemia à proteção social de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

• Autor(a) principal: Scherer, Gabrieli Reis
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239101
• topic: Vulnerabilidade social; Proteção social; Crianças; Adolescentes; COVID-19; Sistema Único de Saúde (SUS); Child sexual abuse; Child protection services; Social vulnerability

A violência sexual infantil é uma questão que também afeta a saúde pública, que precisa ser debatida pelos gestores de saúde. Com o objetivo de identificar os desafios impostos pela pandemia da Covid-19 à proteção social de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, o presente trabalho realizou uma revisão integrativa da literatura sobre o tema. A metodologia envolveu a busca de estudos em base de dados como BVS, SciELO, PubMed e Biblioteca Digital no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humano, além de uma busca livre em órgãos oficiais e agências internacionais a fim de localizar estudos que tivessem afinidade com o tema da pesquisa. De posse desses estudos, realizou-se uma avaliação crítica para a devida coleta, análise e interpretação de dados. Como resultado, identificou-se que os serviços de proteção social às crianças e adolescentes possuem um papel fundamental, especialmente em tempos de pandemia, quando crianças e adolescentes passaram mais tempo com seus núcleos familiares, sem acesso presencial à escola ou com acesso reduzido a serviços essenciais, o que pode ter dificultado a identificação de novos casos de violência e a subnotificação de denúncias. Existem fatores de vulnerabilidade social que incidem diretamente sobre o problema da violência sexual infantil e da vulnerabilidade de crianças e adolescentes, o que ficou mais evidente durante a pandemia da Covid-19. Dada as restrições impostas pela pandemia a uma parcela de crianças e adolescentes, e diante da possibilidade de subnotificação da violência infantojuvenil e os desafios de manter os serviços de proteção à crianças e adolescentes, se faz necessário investigar as ações das redes de cuidado e proteção de crianças e adolescentes durante a pandemia da Covid-19. Conclui-se que é necessário sensibilizar os gestores de saúde e capacitar as equipes para que a atenção integral à saúde de crianças e adolescentes em situações de violência seja contínua e permanente. Os gestores e profissionais de saúde têm o desafio de dar a devida atenção aos impactos da violência sexual contra crianças e adolescentes, pois os efeitos e consequências podem perpetuar até a vida adulta.