Multiplicadores fiscais no Brasil : estimativas a partir de modelos STVAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dutra, Frederico Nascimento
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/167256
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar os efeitos da política fiscal na economia brasileira, a partir de estimativas para os multiplicadores fiscais do Governo Central nos regimes de expansão e recessão. Inicialmente, apresentam-se as abordagens teóricas em relação a este tema, sendo analisadas as visões de três correntes de pensamento macroeconômico: Novos Clássicos, Ciclos Reais de Negócios e Novos Keynesianos. Posteriormente, apresenta-se uma revisão do debate acerca das estimativas empíricas dos multiplicadores fiscais, com ênfase na consideração de se incluir nos modelos VAR a dinâmica não linear entre as variáveis, através da introdução de mecanismos que possibilitem que haja mudanças de regime. Desta forma, utiliza-se neste trabalho modelos do tipo Smooth Transition VAR (STVAR), de modo a permitir que se incorpore a eles a influência exercida pelo ciclo econômico. Então, a partir de uma versão modificada da função impulso resposta generalizada, calculam-se os multiplicadores fiscais, com base nos modelos estimados. Os resultados apontam que os multiplicadores de consumo do governo são positivos, tanto no regime de expansão quanto no de recessão, porém menores que a unidade. Já os multiplicadores de investimento do governo também são positivos, sendo maiores dos que os de consumo, porém apresentam mudanças significativas ao se considerar os diferentes regimes. Enquanto que para o regime de expansão o multiplicador de investimento é menor que a unidade para todos os períodos, para o regime de recessão ele apresenta valores superiores a um a partir do primeiro mês. Os resultados, portanto, sugerem que uma política fiscal anticíclica baseada em gastos em investimento pode ser mais eficaz em estimular a economia do que uma baseada em gastos em consumo.
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