Acesso à saúde bucal na primeira infância no município de Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kindlein, Katherine de Andrade
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Comassetto, Marcela Obst
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/196935
Resumo: Apropriar-se dos fatores relacionados ao acesso à saúde bucal na primeira infância é de fundamental importância, visto que são escassos os estudos nacionais a respeito da utilização dos serviços odontológicos e os motivos associados à procura por atendimento nos primeiros anos de vida. O objetivo do estudo foi avaliar o acesso e os fatores associados à realização de consulta odontológica de crianças menores de 5 anos de idade no município de Porto Alegre, RS. Realizou-se um estudo analítico transversal em 10 Unidades Básicas de Saúde vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre durante a Campanha Nacional de Multivacinação do ano de 2008, através da aplicação de questionário aos responsáveis, seguido de exame clínico das crianças menores de 5 anos de idade e com dentes presentes. As entrevistas, respondidas pelos responsáveis, abordavam questões socioeconômicas e de serviços. Além disso, as crianças foram examinadas quanto à placa visível, sangramento gengival espontâneo e índice ceos seguindo recomendações da OMS. Os resultados mostraram que das 340 crianças avaliadas, 114 (33,5%) já haviam ido ao dentista, enquanto que 226 (66,5%) nunca haviam ido. O principal motivo apresentado pelos acompanhantes das crianças para a não procura por consulta, em 47,4%, foi por não ter sentido necessidade, seguido da dificuldade de acesso ao posto de saúde (17,1%). O principal motivo que fez com que os acompanhantes levassem as crianças ao dentista foi a prevenção/revisão em 57,9% da amostra. Dentre os locais mais procurados para as consultas, o consultório particular apresentou maior frequência (43,8%), seguido pelo posto de saúde (35,2%). Com base na análise multivariada final, observamos que a idade da mãe (RP=1,035; IC95% 1,022-1,048), sua conclusão do Ensino Médio (RP=1,689; IC95% 1,114-2,561) e maior renda familiar (RP= 1,045; IC95% 1,008-1,082) estiveram associadas com a procura por consulta odontológica. Pode-se concluir que houve uma baixa prevalência de acesso à saúde bucal na primeira infância, estando relacionada com aspectos socioeconômicos como idade e escolaridade da mãe, além da renda familiar. Nesse sentido, é possível perceber a necessidade da valorização da prevenção e promoção de saúde bucal infantil e a importância do contexto familiar neste processo durante os primeiros anos de vida da criança.
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As entrevistas, respondidas pelos responsáveis, abordavam questões socioeconômicas e de serviços. Além disso, as crianças foram examinadas quanto à placa visível, sangramento gengival espontâneo e índice ceos seguindo recomendações da OMS. Os resultados mostraram que das 340 crianças avaliadas, 114 (33,5%) já haviam ido ao dentista, enquanto que 226 (66,5%) nunca haviam ido. O principal motivo apresentado pelos acompanhantes das crianças para a não procura por consulta, em 47,4%, foi por não ter sentido necessidade, seguido da dificuldade de acesso ao posto de saúde (17,1%). O principal motivo que fez com que os acompanhantes levassem as crianças ao dentista foi a prevenção/revisão em 57,9% da amostra. Dentre os locais mais procurados para as consultas, o consultório particular apresentou maior frequência (43,8%), seguido pelo posto de saúde (35,2%). Com base na análise multivariada final, observamos que a idade da mãe (RP=1,035; IC95% 1,022-1,048), sua conclusão do Ensino Médio (RP=1,689; IC95% 1,114-2,561) e maior renda familiar (RP= 1,045; IC95% 1,008-1,082) estiveram associadas com a procura por consulta odontológica. Pode-se concluir que houve uma baixa prevalência de acesso à saúde bucal na primeira infância, estando relacionada com aspectos socioeconômicos como idade e escolaridade da mãe, além da renda familiar. Nesse sentido, é possível perceber a necessidade da valorização da prevenção e promoção de saúde bucal infantil e a importância do contexto familiar neste processo durante os primeiros anos de vida da criança.Appropriating the factors related to access to oral health care in early childhood is of fundamental importance, since there are few national studies on the utilization of dental services and the reasons associated with seeking care in the first years of life. The aim of the study was to evaluate access and factors associated with conducting dental appointment of children under 5 years of age in the city of Porto Alegre, RS. We conducted a cross sectional study in 10 Basic Health Units linked to the Municipal Health Secretary of Porto Alegre during a Multi National Campaign of 2008, through the responsible use of questionnaire followed by clinical examination of children under 5 years of age and presents with teeth. Interviews answered by responsible addressed socio-economic issues of access to dental care and related reasons. In addition, the children were examined for visible plaque, gingival bleeding and spontaneous ceos index following WHO recommendations. The results showed that of the 340 children evaluated, 114 (33.5%) had been to the dentist, while 226 (66.5%) had never gone. The main reason given by children's caregivers for not seeking consultation in 47.4%, was not to have felt the need, followed by the difficulty of access to the health center (17.1%). The main reason that caused the companions would take the kids to the dentist was the prevention / revision in 57.9% of the sample. Among the most popular places for consultations, private practice showed a higher frequency (43.8%), followed by health center (35.2%). Based on the final multivariate analysis revealed that the mother's age (PR = 1.035; 95% CI 1.022 to 1.048), completion of high school (PR = 1.689; 95% CI 1.114 to 2.561) and family income (PR = 1.045; 95% CI 1.008 to 1.082) were associated with the demand for dental appointment. Can conclude that there was a low prevalence access to oral health care in early childhood and is associated with socioeconomic factors such as age and mother's education, family income beyond. Thus, it is possible to realize the necessity of preventing the appreciation and promotion of children's oral health care and the importance of the family context in this process during the first years of a child's life.application/pdfporCárie dentáriaOdontopediatriaSaúde bucalEarly childhoodDental health servicesDental care for childrenDental cariesAcesso à saúde bucal na primeira infância no município de Porto Alegre, RSAccess to oral health in early childhood in the city of Porto Alegre, RS info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2014Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000964710.pdf.txt000964710.pdf.txtExtracted Texttext/plain71296http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196935/2/000964710.pdf.txt35e10cf4800e8a5572f1b4034448492fMD52ORIGINAL000964710.pdfTexto completoapplication/pdf828144http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196935/1/000964710.pdfddb14b951d8e46948aae237690d08aaeMD5110183/1969352019-07-17 02:36:09.580921oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196935Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-07-17T05:36:09Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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