Abordagem de redes no estudo de movimentos sociais : entre o modelo e a metáfora
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/193840 |
Resumo: | Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões sobre as consequências do uso de abordagens fortemente influenciadas pela lógica empresarial como lentes para compreender movimentos orientados pela oposição a essa lógica. Neste artigo a preocupação é retomada, aprofundando a abordagem de redes. O ponto de partida foi uma apropriação crítica de autores e formulações representativos dessa abordagem. Foi impossível deixar de lado a hibridização entre a(s) teoria(s) do capital social e a abordagem de redes sociais. Parte deste artigo redundou em retirar as formulações de Pierre Bourdieu da vala comum, em que leituras equivocadas as têm jogado, ao classificá-lo como um teórico do capital social e da análise de redes. Também é revisada a expressão predominante da abordagem de redes nos estudos sobre movimentos sociais. Finalmente é abordada a distinção entre metáfora e modelo. A partir daí se pode afirmar que a retomada da estratégia discursiva da metáfora poderia abrir espaço para reconhecer o novo, o que está em construção, e o que ainda não é. Além disso, possibilitariam a coerência com a razão de ser do objeto a ser estudado. Nesse sentido são apresentadas três metáforas — fluidos, teias e rizomas — de modo a ilustrar as potencialidades contidas no uso desse recurso no estudo de movimentos sociais. |
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Misoczky, Maria Ceci Araujo2019-05-04T02:35:50Z20090034-7612http://hdl.handle.net/10183/193840000731385Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões sobre as consequências do uso de abordagens fortemente influenciadas pela lógica empresarial como lentes para compreender movimentos orientados pela oposição a essa lógica. Neste artigo a preocupação é retomada, aprofundando a abordagem de redes. O ponto de partida foi uma apropriação crítica de autores e formulações representativos dessa abordagem. Foi impossível deixar de lado a hibridização entre a(s) teoria(s) do capital social e a abordagem de redes sociais. Parte deste artigo redundou em retirar as formulações de Pierre Bourdieu da vala comum, em que leituras equivocadas as têm jogado, ao classificá-lo como um teórico do capital social e da análise de redes. Também é revisada a expressão predominante da abordagem de redes nos estudos sobre movimentos sociais. Finalmente é abordada a distinção entre metáfora e modelo. A partir daí se pode afirmar que a retomada da estratégia discursiva da metáfora poderia abrir espaço para reconhecer o novo, o que está em construção, e o que ainda não é. Além disso, possibilitariam a coerência com a razão de ser do objeto a ser estudado. Nesse sentido são apresentadas três metáforas — fluidos, teias e rizomas — de modo a ilustrar as potencialidades contidas no uso desse recurso no estudo de movimentos sociais.This article is part of a reflexive effort directed to discuss the consequences of the use of approaches strongly influenced by entrepreneurial logics as lenses to understand social movements oriented by the opposition to such logic. In this text this preoccupation is directed to the network approach. The point of departure is a critical appropriation of representative authors and formulations of such approach. In this review it was impossible to avoid the hybridization between social capital and social network. A relevant part of this review was the separation of Pierre Bourdieu’s formulations from the common place they had been thrown by readings which classify him as an author of social capital and network analysis. Following, the article reviews the predominant use of network approaches in the study of social movements. Finally, it shows the distinction between metaphor and model. From such distinction it is possible to state the potential of the metaphor discursive strategy as a means to open space for the recognition of the new, of what is being constructed, of what is-not-yet. Besides that, it would be coherent with the raison d’être of the study subject. In that sense, three metaphors are present —fluids, webs and rhizomes — to illustrate the potentialities contained in the use of such resource in the study of social movements.application/pdfporRevista de administração pública. Rio de Janeiro. Vol. 43, n. 5 (set./out. 2009), p. 1147-1180Redes sociaisMovimentos sociaisCapital socialSocial movementsNetworksModelsMetaphorsAbordagem de redes no estudo de movimentos sociais : entre o modelo e a metáforaNetwork approaches in the study of social movements : between model and metaphorinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000731385.pdf.txt000731385.pdf.txtExtracted Texttext/plain91841http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193840/2/000731385.pdf.txt3d8f33d7e6deca0e544596af5f0c7b0cMD52ORIGINAL000731385.pdfTexto completoapplication/pdf191469http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193840/1/000731385.pdf3b8676da97098dc20251dd1fc0ff4becMD5110183/1938402019-05-05 02:33:26.369727oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193840Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-05-05T05:33:26Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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