Emissão de metano por bovinos de corte em pastejo, consumo de matéria seca e degradabilidade de forragens na costa rica

• Autor(a) principal: Vieira, Maiara Taiane
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/215059
• topic: Bovino de corte; Materia seca; Efeito estufa; Pastagem; Beef cattle; Dry matter intake; Rumen degradability; Greenhouse gases; Methane enteric; Pasture

As mudanças climáticas estão ligadas direta ou indiretamente as atividades humanas, em especial ao aumento da população e a demanda por proteína de origem animal. Com o objetivo de medir a emissão de metano entérico em bovinos de corte da raça Brahman e relacionar ao consumo voluntário de matéria seca realizou-se na Estación Experimental Los Diamantes (EELD) do Instituto Nacional de Innovación y Transferencia en Tecnología Agropecuaria (INTA) na Costa Rica a medição da emissão de metano entérico em fêmeas multíparas em pastejo com manejo segundo Voisin. Nove amostragens foram realizadas de metano entérico, além da qualidade da pastagem, onde se sobressai o pasto naturalizado ratana e a medição de consumo de matéria seca por animal. Com isso, encontrou-se a emissão média de metano diária de 172,91 gramas por animal, não havendo diferença significativa entre os mesmos, além disso a emissão média de metano por coleta foi de 172,96 gramas, esses valores estão de acordo com resultados encontrados na literatura para animais consumindo forragem em clima tropical, além disso, esse resultado é importante para saber a produção média dos animais ao longo de 24 horas e saber quanto pode ser emitido ao longo de um dia por um rebanho. Foi possível verificar que há variação na emissão de acordo com os meses do ano, possivelmente pela oferta e qualidade da forragem ou pelas mudanças climáticas, como em meses com muita precipitação. Também na EELD foi avaliada a degradabilidade ruminal in situ, utilizando animais com cânula ruminal, onde avaliou-se cinco alimentos, sendo três pastagens (Capim Mombaça (CATIE), pasto ratana (MIS – Costa Rica) e híbrido Cayman), e duas de mandioca, folhagem e raiz, foram incubados em oito tempos com o objetivo de conhecer a digestibilidade desses alimentos. A maior digestibilidade foi observada na mandioca raiz que em menos de oito horas havia sido degradada integralmente, seguida da mandioca folhagem que foi degradada 55,6% em pouco mais de 21 horas. Das três pastagens, a que apresentou maior digestibilidade foi CATIE com 53,2% em, aproximadamente, 21 horas, seguido do híbrido Cayman com 52% em 23,5 horas e do MIS – Costa Rica com 45,4% em 27,5 horas. A digestibilidade mais eficiente pode diminuir a emissão de metano entérico pelos animais.