O uso de plantas medicinais e de fitoterápicos no SUS : uma revisão bibliográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silvello, Camila Leidens Corrêa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/28232
Resumo: O uso de fitoterapia no Sistema Único de Saúde pode ser uma alternativa para redução de gastos públicos com medicamentos, além de ter eficácia comprovada, facilidade de acesso às plantas no Brasil e integração na cultura e saber popular. O objetivo do presente estudo foi conhecer a produção científica sobre a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde brasileiro. O estudo consistiu em uma pesquisa bibliográfica, utilizando-se o referencial de Gil (1991). As buscas em bases de dados virtuais se deram em “Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde” (LILACS) e “Scientific Electronic Library Online” (SciELO). A partir da busca realizada, encontraram-se doze artigos, publicados em revistas e periódicos nacionais, presentes nas referidas bases de dados. O período das publicações encontradas foi de 1978 a julho de 2010. Com o estudo, pôde-se observar que há diferentes enfoques das publicações nacionais sobre o tema, havendo relatos de implantações já efetivadas, projetos e subsídios para tal, bem como discussões e reflexões necessárias para a ampliação do debate e divulgação sobre o assunto. Existem aspectos positivos da aproximação do meio cientifico ao saber popular, com a inserção de fitoterapia e outras práticas complementares de saúde no sistema público de saúde. Tais aspectos referem-se ao bem estar individual e coletivo, interferem na forma de administração e ações de gestão, as quais os órgãos públicos são responsáveis, e dependem de mudanças de pensamento e de ação dos atores envolvidos. Dificuldades e entraves para a ampliação de oferta terapêutica aos usuários do SUS, inserindo a Fitoterapia nos serviços de saúde, mostram-se como indicativos de ações, propostas de intervenções em níveis municipal, estadual e federal, individual e coletivo, local e global. Faz-se necessário, portanto, refletir sobre delicada relação entre a cultura popular e a ciência, afim de que se evite uma dominação e opressão da última pela primeira. Considerar as práticas de saúde tradicionais populares é iniciativa do meio científico que propicia o diálogo, a valorização das culturas humanas sobre a utilização do reino vegetal como forma de cura e tratamento de enfermidades. Faz-se necessário que hajam cuidados na inserção de fitoterápicos e plantas medicinais no SUS, não ferindo o valor cultural existente, mas aliando objetivos em comum de promoção de saúde, prevenção de efeitos adversos dos fitoterápicos, além de manutenção de princípios como o respeito, a cidadania e a cooperação.
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