Alternância do uso de -ção e -mento em nominalizações no portugês do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Luciana Morales da
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Schwindt, Luiz Carlos da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/150357
Resumo: Partindo-se da hipótese de grande proximidade semântica (para muitos, sinonímia) entre os sufixos -ção e -mento em português, neste trabalho investigamos que fatores linguísticos estão envolvidos na competição entre tais formas. Essa alternância raramente se configura como variável na língua (por ex. atucanação ~ atucanamento); trata-se, por outro lado, de uma competição entre morfemas cuja seleção, embora não seja determinada por fatores cem por cento excludentes, o que não lhes garante status alomórfico, caracteriza-se pela predominância de determinados contextos linguísticos. Nosso objetivo foi, então, o de mapear os fatores responsáveis por garantir a preferência, por exemplo, por –ção, num vocábulo como alimentação, e –mento, num vocábulo como saneamento. Para dar conta desse objetivo, empreendemos um exame quantitativo acerca da distribuição desses sufixos em dados das capitais dos estados que integram o Projeto Variação Linguística na Região Sul do Brasil (VARSUL). Os dados foram codificados e analisados em termos de frequências. Os resultados mostram que, entre outros fatores, os contextos preponderantes para a seleção de -ção são bases formadas pelos sufixos/terminações izar, ficar, air, uar, uir, icar e mentar, enquanto que, para a seleção de -mento, o contexto mais favorável é o de menor número de sílabas e o de bases verbais de segunda conjugação. Esses resultados confirmam, em grande parte, os achados presentes na literatura acerca do fenômeno.
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