Acidúria 3-Hidroxi-3-Metilglutárica : perfil clínico e bioquímico de casos diagnosticados no Brasil nos últimos 24 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/234226 |
Resumo: | Introdução: A acidemia 3-hidroxi-3-metilglutárica é uma doença genética autossômica recessiva e um erro inato do metabolismo em que se tem a deficiência na enzima 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA liase, que é uma enzima fundamental no metabolismo da leucina e na produção de corpos cetônicos. Objetivo: Coletar e analisar dados de 1994 até os dias atuais de todos os pacientes diagnosticados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com a doença. Métodos: Análise de ácidos orgânicos na urina foi realizada por cromatografia gasosa e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas e de acilcarnitinas no sangue por cromatografia liquida acoplada a espectrômetro de massas. A análise molecular foi feita pelo método de Southern blot seguida de PCR. Estes pacientes são de diversos estados brasileiros e seu diagnóstico é tardio. Resultados: Os principais metabólitos encontrados na urina por cromatografia gasosa foram os ácidos orgânicos 3-hidroxi-3-metilglutárico, 3-metilglutacônico, 3-metilglutárico e 3-hidroxi-isovalérico. Na análise de acilcarnitinas em sangue impregnado em papel filtro por cromatografia liquida acoplada a espectrômetro de massas foi detectado o aumento da acilcarnitina 3-hidroxi-isovalerilcarnitina e da razão 3-hidroxi-isovalerilcarnitina/ carnitina principalmente. Os resultados da análise molecular mostraram a mutação E37X como a principal. Os sintomas clínicos foram em grande maioria neurológicos como convulsões ou de recusa alimentar como vômitos. A análise laboratorial revelou hipoglicemia e acidose metabólica na maioria dos casos. Como o diagnóstico foi tardio, muitos destes pacientes já faziam algum tratamento medicamentoso e dietético. Conclusão: Cabe salientar a importância do diagnóstico desta acidemia orgânica, ainda que tardio, prevenindo o óbito e possibilitando instituição terapêutica. |
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Kayser, AlineVargas, Carmen Regla2022-01-19T04:37:12Z2018http://hdl.handle.net/10183/234226001075872Introdução: A acidemia 3-hidroxi-3-metilglutárica é uma doença genética autossômica recessiva e um erro inato do metabolismo em que se tem a deficiência na enzima 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA liase, que é uma enzima fundamental no metabolismo da leucina e na produção de corpos cetônicos. Objetivo: Coletar e analisar dados de 1994 até os dias atuais de todos os pacientes diagnosticados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com a doença. Métodos: Análise de ácidos orgânicos na urina foi realizada por cromatografia gasosa e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas e de acilcarnitinas no sangue por cromatografia liquida acoplada a espectrômetro de massas. A análise molecular foi feita pelo método de Southern blot seguida de PCR. Estes pacientes são de diversos estados brasileiros e seu diagnóstico é tardio. Resultados: Os principais metabólitos encontrados na urina por cromatografia gasosa foram os ácidos orgânicos 3-hidroxi-3-metilglutárico, 3-metilglutacônico, 3-metilglutárico e 3-hidroxi-isovalérico. Na análise de acilcarnitinas em sangue impregnado em papel filtro por cromatografia liquida acoplada a espectrômetro de massas foi detectado o aumento da acilcarnitina 3-hidroxi-isovalerilcarnitina e da razão 3-hidroxi-isovalerilcarnitina/ carnitina principalmente. Os resultados da análise molecular mostraram a mutação E37X como a principal. Os sintomas clínicos foram em grande maioria neurológicos como convulsões ou de recusa alimentar como vômitos. A análise laboratorial revelou hipoglicemia e acidose metabólica na maioria dos casos. Como o diagnóstico foi tardio, muitos destes pacientes já faziam algum tratamento medicamentoso e dietético. Conclusão: Cabe salientar a importância do diagnóstico desta acidemia orgânica, ainda que tardio, prevenindo o óbito e possibilitando instituição terapêutica.Introduction: 3-hydroxy-3-methylglutaric acidemia is an autosomal recessive genetic disorder and an inborn error of metabolism in which there is a deficiency in the enzyme 3-hydroxy-3-methylglutaryl CoA lyase, which is a key enzyme in metabolism of leucine and in the production of ketone bodies. Objective: To collect and to analyze data from 1994 to the present day of all patients diagnosed at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre with the disease. Methods: Analysis performed by gas chromatography and gas chromatography coupled to mass spectrometer of organic acids in urine and acylcarnitines in blood by liquid chromatography coupled to mass spectrometer. Molecular analysis was done by the Southern blot method followed by PCR. These patients are from several Brazilian states and their diagnosis is late. Results: The major metabolites found in urine by gas chromatography were organic acids 3-hydroxy-3-methylglutaric, 3-methylglutaconic, 3-methylglutaric and 3-hydroxyisovaleric. In the analysis of acylcarnitines in blood impregnated on filter paper by liquid chromatography coupled to mass spectrometer, the increase of the acylcarnitine 3-hydroxy-isovalerylcarnitine and the 3-hydroxy-isovalerylcarnitine / carnitine ratio were mainly 7 detected. The results of the molecular analysis showed the E37X mutation as the main one. Clinical symptoms were largely neurological such as seizures or refusal to feed like vomiting. Laboratory analysis revealed hypoglycemia and metabolic acidosis in most cases. As the diagnosis was late, many of these patients already had some drug and dietary treatment. Conclusion: It is necessary to emphatize the importance of the diagnosis this organic acidemia, even if late, preventing death and making possible a therapeutic institution.application/pdfporFarmácia3-hydroxy-3-methylglutaric aciduriaSeizuresHypoglycemiaOrganic acidurias3-hydroxy-3-methylglutaryl CoA lyaseAcidúria 3-Hidroxi-3-Metilglutárica : perfil clínico e bioquímico de casos diagnosticados no Brasil nos últimos 24 anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2018Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001075872.pdf.txt001075872.pdf.txtExtracted Texttext/plain60752http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234226/2/001075872.pdf.txt0f0e667793d14576d78a0173e46ee226MD52ORIGINAL001075872.pdfTexto completoapplication/pdf877517http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234226/1/001075872.pdf84f95f7d24b6f4a0f41cac746b211bffMD5110183/2342262022-02-22 05:05:51.672406oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234226Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T08:05:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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