Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/30578 |
Resumo: | Objetivo: Identificar os correlatos demográficos e clínicos associados com sentimentos contratransferenciais de terapeutas na primeira consulta de mulheres vítimas de violência sexual. Método: Quarenta pacientes foram atendidas por 26 terapeutas, ao longo de dois anos consecutivos, no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Após a primeira consulta com a paciente, o terapeuta preenchia a Escala para Avaliação da Contratransferência. Os pacientes foram avaliados com a Escala Davidson de Trauma, a Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale, o Inventário de Depressão de Beck, e a versão em português do Defense Style Questionaire. Resultados: Os terapeutas apresentaram predominantemente sentimentos de proximidade (Mean = 5,42, SD = 1,25) em comparação aos sentimentos de indiferença (Mean = 1,82, SD = 1,22) e de distanciamento (Mean = 1,57, SD = 1,08) [p < 0,001]. As análises multivariadas revelaram a ausência de associações entre os sentimentos contratransferenciais e características clínicas dos pacientes. O gênero dos terapeutas não influenciou o padrão de sentimentos contratransferenciais. No subgrupo de terapeutas mulheres, detectamos uma correlação inversa entre alta probabilidade de transtornos de personalidade nos pacientes e sentimentos de aproximação dos terapeutas. Conclusão: Não detectamos um padrão diferencial de sentimentos contratransferenciais associados com características clínicas específicas. Terapeutas de ambos os gêneros apresentaram um padrão similar de sentimentos de empatia em relação a mulheres vítimas de violência sexual, embora o gênero do terapeuta possa moderar os sentimentos evocados por pacientes com alta probabilidade de transtornos de personalidade. |
id |
UFRGS-2_449c196e43cccef40888337050cada92 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30578 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Eizirik, MarianaSchestatsky, Sidnei SamuelKruel, Letícia Rosito PintoFreitas, Lucia Helena Machado2011-08-04T06:01:24Z20111516-4446http://hdl.handle.net/10183/30578000777551Objetivo: Identificar os correlatos demográficos e clínicos associados com sentimentos contratransferenciais de terapeutas na primeira consulta de mulheres vítimas de violência sexual. Método: Quarenta pacientes foram atendidas por 26 terapeutas, ao longo de dois anos consecutivos, no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Após a primeira consulta com a paciente, o terapeuta preenchia a Escala para Avaliação da Contratransferência. Os pacientes foram avaliados com a Escala Davidson de Trauma, a Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale, o Inventário de Depressão de Beck, e a versão em português do Defense Style Questionaire. Resultados: Os terapeutas apresentaram predominantemente sentimentos de proximidade (Mean = 5,42, SD = 1,25) em comparação aos sentimentos de indiferença (Mean = 1,82, SD = 1,22) e de distanciamento (Mean = 1,57, SD = 1,08) [p < 0,001]. As análises multivariadas revelaram a ausência de associações entre os sentimentos contratransferenciais e características clínicas dos pacientes. O gênero dos terapeutas não influenciou o padrão de sentimentos contratransferenciais. No subgrupo de terapeutas mulheres, detectamos uma correlação inversa entre alta probabilidade de transtornos de personalidade nos pacientes e sentimentos de aproximação dos terapeutas. Conclusão: Não detectamos um padrão diferencial de sentimentos contratransferenciais associados com características clínicas específicas. Terapeutas de ambos os gêneros apresentaram um padrão similar de sentimentos de empatia em relação a mulheres vítimas de violência sexual, embora o gênero do terapeuta possa moderar os sentimentos evocados por pacientes com alta probabilidade de transtornos de personalidade.Objective: To identify demographic and clinical correlates associated with therapists’ countertransference feelings on the first visit of women victims of sexual violence. Method: Forty patients were seen by 26 therapists, during 2 consecutive years, at the Center for the Study and Treatment of Psychological Trauma, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. After the first visit with the patient, the therapist completed the Assessment of Countertransference Scale and the patient was evaluated with the Davidson Trauma Scale, the Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale, the Beck Depression Inventory, and the Defense Style Questionnaire. Results: The therapists showed a predominance of feelings of closeness (Mean = 5.42, SD = 1.25) in relation to the feelings of indifference (Mean = 1.82, SD = 1.22) and distance (Mean = 1.57, SD = 1.08) [p < 0.001]. Multivariate analyses did not present significant associations between countertransference feelings and clinical characteristics of patients. The gender of the therapists did not influence the pattern of countertransference feelings. In the subgroup of female therapists, we detected an inverse correlation between a higher probability of patients’ personality disorders and feelings of closeness in the therapists. Conclusion: We did not detect a differential pattern of countertransference feelings associated with specific clinical characteristics. Therapists of both genders presented a similar pattern of feelings of empathy towards women victims of sexual violence, although the gender of the therapist may moderate the feelings evoked by patients with increased likelihood of personality disorders.application/pdfengRevista brasileira de psiquiatria (1999). Sao Paulo. Vol. 33, n. 1 (mar. 2011), p. 16-22ContratransferênciaViolênciaDelitos sexuaisPsicoterapiaTranstornos de estresse traumáticoCountertransferenceViolenceSexual abuseTraumaPsychotherapycCountertransference in the initial visit of women victims of sexual violenceContratransferência no atendimento inicial de mulheres vítimas de violência sexual info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000777551.pdf.txt000777551.pdf.txtExtracted Texttext/plain35526http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/2/000777551.pdf.txtdd65aa5cd0d881f3c5dc9490762db0d7MD52ORIGINAL000777551.pdf000777551.pdfTexto completo (inglês)application/pdf699623http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/1/000777551.pdf59df684974ecfdf0b4644afa59c215a4MD51THUMBNAIL000777551.pdf.jpg000777551.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1917http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/3/000777551.pdf.jpg83d7442833169077863d6fd132e3e601MD5310183/305782023-08-16 03:30:25.218028oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30578Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-16T06:30:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Contratransferência no atendimento inicial de mulheres vítimas de violência sexual |
title |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
spellingShingle |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence Eizirik, Mariana Contratransferência Violência Delitos sexuais Psicoterapia Transtornos de estresse traumático Countertransference Violence Sexual abuse Trauma Psychotherapyc |
title_short |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
title_full |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
title_fullStr |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
title_full_unstemmed |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
title_sort |
Countertransference in the initial visit of women victims of sexual violence |
author |
Eizirik, Mariana |
author_facet |
Eizirik, Mariana Schestatsky, Sidnei Samuel Kruel, Letícia Rosito Pinto Freitas, Lucia Helena Machado |
author_role |
author |
author2 |
Schestatsky, Sidnei Samuel Kruel, Letícia Rosito Pinto Freitas, Lucia Helena Machado |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Eizirik, Mariana Schestatsky, Sidnei Samuel Kruel, Letícia Rosito Pinto Freitas, Lucia Helena Machado |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Contratransferência Violência Delitos sexuais Psicoterapia Transtornos de estresse traumático |
topic |
Contratransferência Violência Delitos sexuais Psicoterapia Transtornos de estresse traumático Countertransference Violence Sexual abuse Trauma Psychotherapyc |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Countertransference Violence Sexual abuse Trauma Psychotherapyc |
description |
Objetivo: Identificar os correlatos demográficos e clínicos associados com sentimentos contratransferenciais de terapeutas na primeira consulta de mulheres vítimas de violência sexual. Método: Quarenta pacientes foram atendidas por 26 terapeutas, ao longo de dois anos consecutivos, no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Após a primeira consulta com a paciente, o terapeuta preenchia a Escala para Avaliação da Contratransferência. Os pacientes foram avaliados com a Escala Davidson de Trauma, a Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale, o Inventário de Depressão de Beck, e a versão em português do Defense Style Questionaire. Resultados: Os terapeutas apresentaram predominantemente sentimentos de proximidade (Mean = 5,42, SD = 1,25) em comparação aos sentimentos de indiferença (Mean = 1,82, SD = 1,22) e de distanciamento (Mean = 1,57, SD = 1,08) [p < 0,001]. As análises multivariadas revelaram a ausência de associações entre os sentimentos contratransferenciais e características clínicas dos pacientes. O gênero dos terapeutas não influenciou o padrão de sentimentos contratransferenciais. No subgrupo de terapeutas mulheres, detectamos uma correlação inversa entre alta probabilidade de transtornos de personalidade nos pacientes e sentimentos de aproximação dos terapeutas. Conclusão: Não detectamos um padrão diferencial de sentimentos contratransferenciais associados com características clínicas específicas. Terapeutas de ambos os gêneros apresentaram um padrão similar de sentimentos de empatia em relação a mulheres vítimas de violência sexual, embora o gênero do terapeuta possa moderar os sentimentos evocados por pacientes com alta probabilidade de transtornos de personalidade. |
publishDate |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2011-08-04T06:01:24Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/30578 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1516-4446 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000777551 |
identifier_str_mv |
1516-4446 000777551 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/30578 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista brasileira de psiquiatria (1999). Sao Paulo. Vol. 33, n. 1 (mar. 2011), p. 16-22 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/2/000777551.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/1/000777551.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30578/3/000777551.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd65aa5cd0d881f3c5dc9490762db0d7 59df684974ecfdf0b4644afa59c215a4 83d7442833169077863d6fd132e3e601 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447427177512960 |