Detecção molecular e análise filogenética do gene N do vírus da cinomose canina em cães de Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Bruno Melo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/207534
Resumo: Virus da cinomose canina (CDV) é um Morbillivirus que causa uma doença multissistêmica em cães e outros carnívoros com envolvimento respiratório, gastrointestinal, neurológico e cutâneo. O vírus possui um genoma de fita simples de RNA com aproximadamente 15.9 kb, composto de seis genes que codificam para oito proteínas virais. O gene N é utilizado como um marcador molecular epidemiológico para a comparação entre diferentes cepas de CDV. O objetivo do presente estudo foi de comparar os segmentos do gene N recuperados de urina e sangue coletados de cães de Porto Alegre, RS. No total, 41 amostras de urina e 19 amostras de sangue total foram coletadas de animais clinicamente suspeitos e submetidos à extração de RNA, transcrição reversa e amplificação por PCR, visando um fragmento de 335 pb do gene N. Quatorze amostras de urina e oito amostras de sangue apresentaram o amplicon esperado. Dezesseis destas amostras foram clonadas e sequenciadas pelo método de Sanger. As sequências de nucleotídeos foram comparadas com as sequências de cepas vacinais e selvagens disponíveis no GenBank. A comparação genômica revelou que as cepas de CDV endêmico possuem similaridade entre elas de 96.25-100%; quando comparadas com as cepas “clássicas” vacinais Onderstepoort e Lederle, a semelhança variou entre 94.98 - 96.55%. Entretanto, filogeneticamente, as sequências recuperadas agruparam separadas das cepas vacinais. Quinze das dezesseis sequências agruparam juntamente com cepas norte-americanas e uruguaia, ao passo que a sequência restante agrupou com sequências de virus de origem chinesa e taiwanesa. Concluindo, nós descobrimos que ao menos duas variantes patogênicas diferentes de CDV estão circulando atualmente na população de cães domésticos de Porto Alegre e estas cepas são semelhantes às circulantes no resto do mundo.
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