Relação do medo de cair, quedas e sintomatologia depressiva em idosos ativos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/253403 |
Resumo: | No Brasil, o número de idosos tem aumentado de modo rápido e significativo, podendo exceder 30 milhões até o ano de 2020. As quedas são uma das causas externas que trazem mais problemas aos idosos, podendo elevar o nível de dependência. As mudanças sociais associadas ao aumento da idade também podem desempenhar um importante papel no aparecimento de sintomas de depressão. A atividade física tem sido sugerida como uma estratégia fundamental para a prevenção de quedas em idosos, tanto no aspecto físico como mental. O objetivo do trabalho é associar e descrever a ocorrência de quedas em idosos ativos com sintomas depressivos e preocupação com queda. Realizou-se um estudo de delineamento descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 189 idosos participantes do Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento do Idoso (CELARI). Os instrumentos utilizados foram: a) um questionário com questões fechadas para coletar os dados sociodemográficos e ocorrência de quedas. b) avaliação da preocupação com queda: Escala de Eficácia de Quedas (FES-I-Brasil), c) avaliação da sintomatologia depressiva: Geriatric Depression Scale (GDS). Os resultados mostram que o grupo de idosos é formado predominantemente por mulheres (86,4%). Dentre as mulheres 25,4% são caidoras e 74,6% não tiveram nenhum episódio de quedas. Já no grupo dos homens, 18,5% já caíram e 81,5% fazem parte do grupo de não caidores. Quanto à classificação da preocupação em cair, observa-se que as mulheres caidoras tem o maior percentual na queda esporádica (41,0%), enquanto as não caidoras não indica histórico de quedas (49,5%). Dentre os homens, os caidores também apresentam associação de queda esporádica (50,0%), ao mesmo tempo que os homens não caidores não indicam histórico de quedas (70,0%), 25% das mulheres caidoras apresentaram sintomas depressivos e apenas 8,3% apresentam sintomas graves de depressão. O percentual da ausência de sintomatologia depressiva é maior nos homens (85%) e nenhum deles apresenta sintomatologia depressiva grave. Entre as mulheres caidoras ocorreu associação entre o medo de cair e a sintomatologia depressiva, já no grupo das mulheres não caidores não observou associação significativa. Nos homens não houve correlação em ambos os grupos. Em relação a intensidade, a correlação existente é moderada. Podemos concluir que as mulheres caem mais e tem maior preocupação em cair que os homens. Existe associação entre o medo de cair, quedas e sintomatologia depressiva entre as mulheres caidoras, mas essa associação não aparece no grupo de mulheres não caidoras e nos grupos de homens (caidores e não caidores). Programas de exercícios para prevenção e redução da preocupação em cair são importantes para promoção de saúde com a população idosa. |
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Martini, MaelyGonçalves, Andréa Krüger2023-01-04T05:10:14Z2019http://hdl.handle.net/10183/253403001158940No Brasil, o número de idosos tem aumentado de modo rápido e significativo, podendo exceder 30 milhões até o ano de 2020. As quedas são uma das causas externas que trazem mais problemas aos idosos, podendo elevar o nível de dependência. As mudanças sociais associadas ao aumento da idade também podem desempenhar um importante papel no aparecimento de sintomas de depressão. A atividade física tem sido sugerida como uma estratégia fundamental para a prevenção de quedas em idosos, tanto no aspecto físico como mental. O objetivo do trabalho é associar e descrever a ocorrência de quedas em idosos ativos com sintomas depressivos e preocupação com queda. Realizou-se um estudo de delineamento descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 189 idosos participantes do Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento do Idoso (CELARI). Os instrumentos utilizados foram: a) um questionário com questões fechadas para coletar os dados sociodemográficos e ocorrência de quedas. b) avaliação da preocupação com queda: Escala de Eficácia de Quedas (FES-I-Brasil), c) avaliação da sintomatologia depressiva: Geriatric Depression Scale (GDS). Os resultados mostram que o grupo de idosos é formado predominantemente por mulheres (86,4%). Dentre as mulheres 25,4% são caidoras e 74,6% não tiveram nenhum episódio de quedas. Já no grupo dos homens, 18,5% já caíram e 81,5% fazem parte do grupo de não caidores. Quanto à classificação da preocupação em cair, observa-se que as mulheres caidoras tem o maior percentual na queda esporádica (41,0%), enquanto as não caidoras não indica histórico de quedas (49,5%). Dentre os homens, os caidores também apresentam associação de queda esporádica (50,0%), ao mesmo tempo que os homens não caidores não indicam histórico de quedas (70,0%), 25% das mulheres caidoras apresentaram sintomas depressivos e apenas 8,3% apresentam sintomas graves de depressão. O percentual da ausência de sintomatologia depressiva é maior nos homens (85%) e nenhum deles apresenta sintomatologia depressiva grave. Entre as mulheres caidoras ocorreu associação entre o medo de cair e a sintomatologia depressiva, já no grupo das mulheres não caidores não observou associação significativa. Nos homens não houve correlação em ambos os grupos. Em relação a intensidade, a correlação existente é moderada. Podemos concluir que as mulheres caem mais e tem maior preocupação em cair que os homens. Existe associação entre o medo de cair, quedas e sintomatologia depressiva entre as mulheres caidoras, mas essa associação não aparece no grupo de mulheres não caidoras e nos grupos de homens (caidores e não caidores). Programas de exercícios para prevenção e redução da preocupação em cair são importantes para promoção de saúde com a população idosa.In Brazil, the number of elderly people has increased rapidly and significantly, and may exceed 30 million by the year 2020. Falls are one of the external causes that bring more problems to the elderly, which can increase the level of dependency. Social changes associated with increasing age can also play an important role in the onset of symptoms of depression. Physical activity has been suggested as a fundamental strategy for the prevention of falls in the elderly, both physically and mentally. The objective of the work is to associate and describe the occurrence of falls in active elderly people with depressive symptoms and concern about falling. A cross-sectional descriptive study was carried out with a quantitative approach. The sample consisted of 189 elderly participants in the Center for the Study of Physical Activity and Aging of the Elderly (CELARI). The instruments used were: a) a questionnaire with closed questions to collect sociodemographic data and the occurrence of falls. b) assessment of the concern about falling: Scale of Efficacy of Falls (FES-I-Brazil), c) assessment of depressive symptoms: Geriatric Depression Scale (GDS). The results show that the elderly group is formed predominantly by women (86.4%). Among women, 25.4% are fallers and 74.6% have not had any episode of falls. In the men's group, 18.5% have already fallen and 81.5% are part of the non-fallers group. Regarding the classification of the concern about falling, it is observed that women who fall have the highest percentage in sporadic falls (41.0%), while those who do not fall do not indicate a history of falls (49.5%). Among men, fallers also show an association of sporadic falls (50.0%), while non-fallers do not indicate a history of falls (70.0%), 25% of falling women had depressive symptoms and only 8 , 3% have severe symptoms of depression. The percentage of absence of depressive symptoms is higher in men (85%) and none of them has severe depressive symptoms. Among the falling women there was an association between fear of falling and depressive symptoms, whereas in the group of non-falling women there was no significant association. In men there was no correlation in both groups. Regarding the intensity, the existing correlation is moderate. We can conclude that women fall more and are more concerned with falling than men. There is an association between fear of falling, falls and depressive symptoms among falling women, but this association does not appear in the group of non-falling women and in the groups of men (falling and non-falling). Exercise programs to prevent and reduce the concern about falling are important for health promotion among the elderly population.application/pdfporIdosoDepressãoQuedasAtividade físicaAgedFallsDepressionPhysical activityRelação do medo de cair, quedas e sintomatologia depressiva em idosos ativosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2019Educação Física: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001158940.pdf.txt001158940.pdf.txtExtracted Texttext/plain41109http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253403/2/001158940.pdf.txtc36d1afdc677cb3bcaf7b3abbe6deaeeMD52ORIGINAL001158940.pdfTexto completoapplication/pdf780775http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253403/1/001158940.pdf5701683ad865e7614e81e5bd408775a3MD5110183/2534032023-01-05 06:04:24.014815oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253403Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-01-05T08:04:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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