O conhecimento das puérperas sobre a indicação da cesariana em um hospital escola
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/78433 |
Resumo: | Nos últimos dois séculos, a cesariana mudou muito quanto às suas indicações, objetivos, técnicas e consequências. A decisão para a realização desse procedimento deve ser criteriosa e discutida com a gestante. O fornecimento de informação faz parte da humanização do parto. Esse estudo teve como objetivos caracterizar as mulheres submetidas à cesariana, identificar as indicações obstétricas registradas no prontuário e identificar se o conhecimento das mulheres sobre a indicação da cesariana coincide com a indicação obstétrica registrada em prontuário. Trata-se de um estudo quantitativo de corte transversal, consistindo em uma subanálise da pesquisa “Práticas de atendimento implementadas durante o processo de parturição”. A amostra foi constituída de 81 puérperas submetidas à cesariana e internadas na unidade de internação obstétrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os principais resultados apontaram que a maioria das mulheres (64,2%) tinha idade entre 20 e 34 anos e 24,7% eram adolescentes. Constatou-se que 71,6% das mulheres tinham no mínimo oito anos de estudo, 95,1% tinham companheiro e 51,8% exerciam atividade não remunerada. A maioria das mulheres (66,3%) era nulípara, dentre as demais 59,25% (n=16) tinham uma cesárea prévia. Todas as mulheres realizaram acompanhamento pré-natal, entre as quais 82,7% frequentaram alguma consulta na rede pública. Quanto ao número de consultas de pré-natal, 75,3% frequentaram sete ou mais consultas. As indicações obstétricas de cesariana prevalentes foram a desproporção cefalopélvica (59,3%), seguida pela condição fetal não tranquilizadora (24,7%). Encontrou-se que 7,4% das mulheres afirmaram não terem recebido informação sobre a indicação da cesariana. Entre as que verbalizaram ter conhecimento, 64,0% tiveram o conhecimento coincidindo com a indicação obstétrica descrita no prontuário, 21,3% a coincidência foi parcial e em 14,7% esse conhecimento não coincidiu com a indicação. Receber informação sobre a indicação da sua cesariana é um direito das mulheres e esse conhecimento é importante para a sua história obstétrica e futuras gestações. O profissional de saúde deve certificar-se sobre o entendimento das puérperas sobre a indicação da cesariana. |
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