A emergência do sujeito desejante no discurso do MST
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/107128 |
Resumo: | No presente trabalho, retorno às designações ocupação/ invasão para examinar um registro muito peculiar da designação invasão, ocorrido em uma entrevista com Diolinda Alves de Souza, líder do MST, em 06/12/1995, para a Revista da Folha. Interessou- me, nesta entrevista, examinar o processo de subjetivação/identificação de Diolinda: em um determinado momento da referida entrevista, ao responder sobre sua primeira ocupação, refere-a como invasão. Assim procedendo, a entrevistada não mobiliza o que o sujeito pode/deve dizer a partir de seu lugar discursivo. Esta designação não corresponde ao modo de subjetivar-se Formação Discursiva Sem Terra, tão bem desenhado ao longo da entrevista, até aquele momento. Esse deslizamento de ocupação para invasão permite identificar um processo metafórico específico. Processo metafórico é “um processo não-subjetivo no qual o sujeito se constitui” (Pêcheux, 1988, p. 130). E ainda: processo de metáfora consiste em um “processo sócio-histórico que serve como fundamento da ´apresentação´ de objetos para os sujeitos” (idem, p. 132). Entendo que este processo metafórico específico aqui analisado permite vislumbrar o momento em que o sujeito do discurso político é lançado em suas memórias de onde emerge como um sujeito desejante. |
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