Produção de serviços de saúde de abrangência municipal : uma contribuição para a gestão da saúde no município de Paraty (RJ)

• Autor(a) principal: Fonseca, Bruno Carvalho
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255896
• topic: Atenção primária à saúde; Gestão em saúde; Serviços de saúde; Indicadores de qualidade; Primary health care; Health care quality; Access and evaluation; Health management; Ambulatory care sensitive conditions; Health status indicators

Introdução: A atenção primária à saúde (APS) é essencial para o melhor funcionamento de um sistema de saúde que buque aprimorar as condições de vida da população, diminuir iniquidades e gerenciar de forma adequada os gastos públicos em saúde. Objetivo: Descrever parte da produção da rede de atenção à saúde do município de Paraty (RJ) no período de janeiro de 2021 a maio de 2022, com especial enfoque à APS. Métodos: Estudo descritivo de caráter exploratório que utilizou dados obtidos referentes à população de Paraty, às internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), à população adscrita à APS do município, ao total de atendimentos médicos realizados na APS, à proporção de equipes de saúde com médico e ao total de atendimentos realizados no serviço de pronto atendimento do Hospital Municipal. Resultado: Observou-se o excessivo uso do serviço de pronto atendimento do hospital evidenciado pelos 92.411 atendimentos em 17 meses em um município de 44.175 habitantes, concomitantemente com a baixa proporção de equipes com médicos na APS, o que colabora para uma reduzida produção de consultas médicas na APS, com o total de 21.351 atendimentos médicos, e uma alta proporção de ICSAP, correspondendo a 22,7% do total de internações no período. Distribuídas em idosos (37,9%), adultos (32,7%) e crianças menores de 14 anos (29,4%), seus grupos mais prevalentes reforçam a fragilidade da rede de atenção, sendo as doenças pulmonares, 18,3%, as infecções de pele, 16,1% e as infecções do trato urinário com 12,7%. Conclsuão: O estudo demonstra limitações importantes no acesso à APS e uma atenção concentrada nas condições agudas com internações potencialmente evitáveis. Essas informações, analisadas em séries históricas podem subsidiar a gestão municipal para uma melhor tomada de decisão no SUS do município.