A política externa chinesa para América Latina : análise do investimento estrangeiro direto a partir dos anos 2000

• Autor(a) principal: Florisbal, Isadora Bortowski
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256645
• topic: Investimento estrangeiro; América Latina; China; Foreign direct investment

Na América Latina, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) advindo da China foi praticamente inexistente até o início do século XXI e muito restrito até 2010. A partir desse momento, principalmente em razão da crise financeira mundial, a região se apresentou como um importante destino destas inversões em virtude da grande urbanização chinesa e da sua consequente crescente demanda por recursos naturais. Assim, esses fluxos tornaram-se uma importante fonte de financiamento para a região, o que auxiliou no seu crescimento econômico. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo analisar os investimentos estrangeiros diretos chineses na América Latina desde o início dos anos 2000, objetivando verificar seus determinantes, além dos setores e países para os quais eles foram mais direcionados. Outrossim, como objetivo secundário, apresenta-se o processo de internacionalização e abertura econômica da China no cenário capitalista internacional. Então, conclui-se que as inversões chinesas na América Latina são altamente concentradas tanto setorialmente quanto geograficamente. Em relação ao primeiro, entretanto, há uma lenta transformação em direção à diversificação; já em relação ao segundo, os investimentos são destinados primeiramente a países com benefícios fiscais e, posteriormente, variam conforme o contexto das nações com as quais se negocia. Por fim, o presente trabalho traz para reflexão final a discussão acerca das consequências na relação América Latina-China serem benéficas ou não para o primeiro, ressaltando, assim, a importância em aprofundar os estudos sobre a inserção e o papel da China em âmbito mundial e sobre as consequentes mudanças na estrutura da divisão internacional do trabalho.