Composição florística e estrutura fitossociológica de um fragmento florestal no Morro Santana, Porto Alegre, RS

• Autor(a) principal: Vargas, Deize de
• Data de Publicação: 2003
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/275204
• topic: Fitossociologia; Floristica; Fragmentos florestais; Santana, Morro (RS); Structure; Botanical composition; Santana Hill

Foi amostrada uma área de 2100m², pertencente a UFRGS, divida em 21 parcelas de 100m² cada, nas porções média e baixa do Morro Santana, Porto Alegre, RS. A área total foi subdividida em três áreas menores. A primeira, localizada junto ao prédio do Centro de Ecologia da UFRGS, consta de 10 parcelas, totalizando 1000m². A segunda parte localiza-se próxima ao prédio da FAUFRGS e consta de 5 parcelas, num total de 500m². A terceira área localiza-se atrás do prédio do Instituto de Geociências e soma 600m², divididos em 6 parcelas. Este trabalho apresenta informações sobre a composição florística e estrutura fitossociológica do estrato arbóreo, tendo sido inventariados 821 indivíduos com PAP igual ou superior a 10cm. A família Sapindaceae foi a mais representativa em número de indivíduos (20%), seguida por Euphorbiaceae (16,8%) e por Flacourtiaceae (12,7%). No entanto, a família Myrtaceae apresentou o maior número de espécies (12). Quanto ao VI (Valor de Importância), salienta-se Sebastiania serrata (Euphorbiaceae), com 41,98, o que é reflexo de uma alta densidade específica. A seguir, Guapira opposita (Nyctaginaceae) que obteve VI igual a 24,63, em função do considerável diâmetro apresentado por seus indivíduos. A terceira espécie com maior VI (19,32) foi Myrciaria cuspidata (Myrtaceae), a qual teve seus valores de frequência e densidade bastante aumentados nas últimas 6 parcelas amostradas. Foi calculada a área coberta por matacões dentro das parcelas inventariadas, tendo sido evidenciado um gradiente decrescente da primeira para a terceira área amostrada. Enquanto na primeira área calculamos um total de 82m² de solo coberto por afloramentos graníticos, na segunda área foi obtivemos apenas 6m² e, na terceira área, nenhum matacão foi registrado. A análise estrutural, feita através de parâmetros fitossociológicos quantitativos, evidenciou o caráter secundário da mata, a qual apresenta o dossel entre 6m e 9m, com poucos indivíduos emergentes de até 14m. Cerca de 75% dos indivíduos constantes nas parcelas amostradas apresentou diâmetros entre 3cm e 6cm. Além disso, a maioria das espécies inventariadas, como as Sapindaceaes Allophylus edulis e Cupania vernalis, a Nyctaginaceae Guapira opposita e a Euphorbiaceae Sebastiania serrata, é característica de estágios iniciais da sucessão ecológica.