Efeito do treinamento de pólo aquático sobre o pico de luxo expiratório em atletas asmáticos e não asmáticos : um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kalinoski, Guilherme
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/27727
Resumo: Pico de Fluxo Expiratório (PFE) é uma medida espirométrica que avalia a velocidade com que o ar é expelido dos pulmões e utilizado para o diagnóstico e monitoramento da asma, do broncoespasmo induzido por exercício (BIE), e na avaliação da resposta ao treinamento físico. Dentre os esportes, a natação tem sido considerada como o exercício menos asmogênico, quando comparada à corrida ou ao ciclismo. Pólo aquático é um esporte que utiliza predominantemente a natação como forma de deslocamento. Porém, é um esporte coletivo, de contato e intermitente. O objetivo geral deste estudo foi verificar se o pólo aquático, assim como a natação, seria um esporte indicado para o tratamento e controle da asma e do BIE. O método de abordagem foi de acompanhamento de casos, avaliando qualitativamente a resposta do treinamento de pólo aquático sobre o Pico de Fluxo Expiratório, ao longo de 10 semanas de treinamento, com três sessões semanais de uma hora e meia cada. Participaram quatro jogadores da equipe de pólo aquático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: dois asmáticos e dois não asmáticos. O PFE foi mensurado utilizando um Peak-Flow Meter (Debitrômetro). O protocolo da mensuração do PFE foi realizado em dois momentos, um ao inicio do período de treinamento, e outro ao final das dez semanas. Consistiu de cinco mensurações do PFE: pré-exercício, e quatro pós-exercício: imediatamente após o esforço, 5, 10 e 20 mim após seu término. O protocolo de exercício foi constituído de quatro séries 25 m de crawl pólo, mais trinta segundos de eggbeater, com intervalo de 30 s entre as séries. Os valores do PFE foram avaliados individualmente, comparando os valores pós e pré-período de treinamento, se houve um aumento ou diminuição do PFE após as 10 semanas. Em todos os casos, observou-se uma queda dos valores do PFE pré-exercício comparando as medidas pré-treinamento e pós-treinamento. Nos asmáticos houve a manifestação do BIE nas medidas pós-treino, o que não ocorreu nas medidas prétreino. Já nos não asmáticos houve melhoras do PFE apenas para o atleta que joga na linha, diferentemente do atleta que joga no gol, cujos valores do PFE tiveram queda entre as medidas pré e pós-treinamento. Concluiu-se que, diferentemente da natação, o pólo aquático parece não ser indicado para o tratamento e manutenção da asma e do BIE em asmáticos, pois houve queda dos valores do PFE. E em não asmáticos que jogam na linha, foi observado um aumento dos valores do PFE.
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