Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238038 |
Resumo: | A agência ativada por meio de trocas com os santos não está simplesmente presente ou ausente, mas se manifesta de acordo com a forma das configurações materiais e sociais dos santos e do temperamento evocado pela manifestação de determinado santo. Neste ensaio, retomo a história de uma santa afro-brasileira, conhecida como Escrava Anastácia, e a forma como diferentes grupos étnico-raciais a representam, de acordo com diferentes efeitos sociais. Abordo a forma como os santos se manifestam e assumem determinado estado. O temperamento é inseparável da “presença” das entidades intangíveis. Neste ensaio, aproveito essas disjunções radicais entre as formas pelas quais um mesmo santo se manifesta – Anastácia como mártir sofredora, como companheira serena, como objeto erótico – para reconsiderar a manifestação dos santos na intersecção entre forma e temperamento. Enfocando os santos e sua personalidade, retomo termos conhecidos, como vontade e agência. Pensar por meio do temperamento nos remete a conjunturas materiais e reverberações emocionais cuja agência é difusa, mas, não obstante, gera predisposições para agir de certas maneiras. |
id |
UFRGS-2_4befc1c7ca36fd1b8a05950796169260 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238038 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Johnson, Paul C.Reis, Thiago Moacir Martins dosRebechi, Rozane Rodrigues2022-04-29T04:42:18Z20211519-843Xhttp://hdl.handle.net/10183/238038001140057A agência ativada por meio de trocas com os santos não está simplesmente presente ou ausente, mas se manifesta de acordo com a forma das configurações materiais e sociais dos santos e do temperamento evocado pela manifestação de determinado santo. Neste ensaio, retomo a história de uma santa afro-brasileira, conhecida como Escrava Anastácia, e a forma como diferentes grupos étnico-raciais a representam, de acordo com diferentes efeitos sociais. Abordo a forma como os santos se manifestam e assumem determinado estado. O temperamento é inseparável da “presença” das entidades intangíveis. Neste ensaio, aproveito essas disjunções radicais entre as formas pelas quais um mesmo santo se manifesta – Anastácia como mártir sofredora, como companheira serena, como objeto erótico – para reconsiderar a manifestação dos santos na intersecção entre forma e temperamento. Enfocando os santos e sua personalidade, retomo termos conhecidos, como vontade e agência. Pensar por meio do temperamento nos remete a conjunturas materiais e reverberações emocionais cuja agência é difusa, mas, não obstante, gera predisposições para agir de certas maneiras.Agency activated through exchanges with saints is not simply present or absent. Rather it is emergent, depending on the mode of saints’ material and social configurations, and the mood evoked by a specific saint’s manifestation. In this essay I consider the history of an Afro-Brazilian saint called Slave Anastácia, as she signifies with varying social effects for different groups of ethno-racial users. I consider how saints become manifest in a given mode, and reduce a particular mood. Mood is inseparable from intangible entities’ “presence.” In this essay, I leverage such radical disjunctures between the forms of presence generated by the same saint – Anastácia as suffering martyr, as serene helpmeet, as erotic object – to reconsider how saints work at the intersection of mode and mood. By paying attention to saints and mood, I seek to worry over-familiar terms like will and agency. Thinking through mood points us toward material conjunctures and emotional resonances whose agency is diffuse but nevertheless generates predispositions to act in certain ways.application/pdfporDebates do NER. Porto Alegre, RS. Vol. 21, n. 40 (ago./dez. 2021), p. [261]-323EscravidãoSantosReligião afro-brasileiraAntropologia socialSaintsBrazilAgencySlaveryFormas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileiraModes and moods of "Slave Anastácia", Afro-Brazilian saint info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001140057.pdf.txt001140057.pdf.txtExtracted Texttext/plain128881http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238038/2/001140057.pdf.txt602967a24157664570221fc8e29252a6MD52ORIGINAL001140057.pdfTexto completoapplication/pdf2130503http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238038/1/001140057.pdfc60b23ba29cbfccf7c138a684b8632d7MD5110183/2380382023-04-27 03:32:56.136567oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238038Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:32:56Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Modes and moods of "Slave Anastácia", Afro-Brazilian saint |
title |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
spellingShingle |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira Johnson, Paul C. Escravidão Santos Religião afro-brasileira Antropologia social Saints Brazil Agency Slavery |
title_short |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
title_full |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
title_fullStr |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
title_full_unstemmed |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
title_sort |
Formas e temperamentos da "Escrava Anastácia", santa afro-brasileira |
author |
Johnson, Paul C. |
author_facet |
Johnson, Paul C. Reis, Thiago Moacir Martins dos Rebechi, Rozane Rodrigues |
author_role |
author |
author2 |
Reis, Thiago Moacir Martins dos Rebechi, Rozane Rodrigues |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Johnson, Paul C. Reis, Thiago Moacir Martins dos Rebechi, Rozane Rodrigues |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Escravidão Santos Religião afro-brasileira Antropologia social |
topic |
Escravidão Santos Religião afro-brasileira Antropologia social Saints Brazil Agency Slavery |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Saints Brazil Agency Slavery |
description |
A agência ativada por meio de trocas com os santos não está simplesmente presente ou ausente, mas se manifesta de acordo com a forma das configurações materiais e sociais dos santos e do temperamento evocado pela manifestação de determinado santo. Neste ensaio, retomo a história de uma santa afro-brasileira, conhecida como Escrava Anastácia, e a forma como diferentes grupos étnico-raciais a representam, de acordo com diferentes efeitos sociais. Abordo a forma como os santos se manifestam e assumem determinado estado. O temperamento é inseparável da “presença” das entidades intangíveis. Neste ensaio, aproveito essas disjunções radicais entre as formas pelas quais um mesmo santo se manifesta – Anastácia como mártir sofredora, como companheira serena, como objeto erótico – para reconsiderar a manifestação dos santos na intersecção entre forma e temperamento. Enfocando os santos e sua personalidade, retomo termos conhecidos, como vontade e agência. Pensar por meio do temperamento nos remete a conjunturas materiais e reverberações emocionais cuja agência é difusa, mas, não obstante, gera predisposições para agir de certas maneiras. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-04-29T04:42:18Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/238038 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1519-843X |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001140057 |
identifier_str_mv |
1519-843X 001140057 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/238038 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Debates do NER. Porto Alegre, RS. Vol. 21, n. 40 (ago./dez. 2021), p. [261]-323 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238038/2/001140057.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238038/1/001140057.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
602967a24157664570221fc8e29252a6 c60b23ba29cbfccf7c138a684b8632d7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225056005652480 |