Internacionalização do etanol brasileiro : análise da política industrial nacional e dos principais mercados externos

• Autor(a) principal: Paludo, Júlia
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/96715
• topic: Política industrial; Exportação; Etanol; Internationalization; Ethanol; Exports; Competitiveness; Industrial Policy

Em um contexto de crescente preocupação com a segurança energética e com a poluição ambiental, o Brasil apostou no biocombustível etanol, a partir dos anos 1970, tornando-se o segundo maior produtor e exportador mundial. A partir dessa conjuntura, esta monografia procurou analisar, sob a luz das teorias de internacionalização de Dunning e de Uppsala, os entraves ao processo de inserção externa do etanol brasileiro. Para tanto, foram avaliadas a política industrial brasileira para o setor sucroenergético e as condições dos mercados selecionados – Estados Unidos, União Europeia, Japão e Coreia do Sul, os principais importadores do etanol brasileiro –, analisando os seguintes aspectos: tarifa incidente sobre o etanol brasileiro, custo de produção nacional do biocombustível e existência de acordos de cooperação técnicos e comerciais entre o Brasil e os países em questão. A análise deu-se através de documentos oficiais governamentais, artigos científicos, teses acadêmicas e notícias. Observou-se que o processo de internacionalização do etanol brasileiro ainda se encontra em fase preponderantemente comercial. Quanto aos mercados analisados, vimos que a União Europeia e a Coreia do Sul ainda mantêm altas tarifas de importação, enquanto os mercados dos Estados Unidos e Japão mostram-se mais abertos. Além disso, o etanol estadunidense tem sido um forte competidor ao biocombustível brasileiro, cujo setor atravessa uma crise de alta dos preços e consequente endividamento. Portanto, não obstante a proteção comercial imposta por alguns países, falta ao Brasil uma política industrial mais efetiva, que recupere a competitividade do setor.