Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/80295 |
Resumo: | São apresentados os resultados de 23 anos de diagnósticos de raiva realizados no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Entre os anos de 1985 e 2007, um total de 23.460 amostras foram diagnosticadas no laboratório, compreendendo cerca de 95% do número total de amostras submetidas ao diagnóstico laboratorial de raiva no Estado. A metodologia utilizada seguiu técnicas padrões como a imunofluorescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Não ocorreram casos de raiva humana no período. O vírus rábico (VR) foi detectado em 739 (3,1%) amostras, sendo 656 (88,7%) de origem bovina. O vírus foi também identificado em 23 caninos (3,1%), 21 eqüinos (2,9%), 29 quirópteros (4,0%), 4 felinos (0,5%), 3 ovinos (0,4%), 2 suínos (0,27%) e em um animal selvagem de espécie indeterminada (0,13%). O último caso de raiva em cães associado com variantes do vírus endêmicas nessa espécie foi diagnosticado em 1988. Dois episódios de contaminação incidental registrados em um felino em 2001 e em um canino em 2007, associados com variantes do vírus prevalentes em morcegos. Em relação à raiva bovina, os dados aqui apresentados revelam uma marcante diminuição no número de casos de raiva nessa espécie, em comparação com registros prévios. Por outro lado, um aumento no número de casos de raiva em morcegos hematófagos e não hematófagos vem sendo observado; no entanto, não é possível associar este aumento com modificações nas relações vírus/hospedeiro, pois o número de morcegos submetidos para diagnóstico tem igualmente aumentado. Isto provavelmente reflete o aumento do conhecimento sobre o papel de morcegos no ciclo de transmissão, e não necessariamente alterações no vírus e/ou nos hospedeiros. |
id |
UFRGS-2_4f19994332a917b0c7235798aa39fb40 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/80295 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Teixeira, Thais FumacoHolz, Carine LidianeCaixeta, Suzana Pereira de Melo BorgesDezen, DiogenesCibulski, Samuel PauloSilva, Juliana Reis daRosa, Julio Cesar de AlmeidaSchmidt, EduardoFerreira, José CarlosBatista, Helena Beatriz de Carvalho RuthnerCaldas, Eduardo Pacheco deFranco, Ana ClaudiaRoehe, Paulo Michel2013-11-13T01:46:35Z20080100-736Xhttp://hdl.handle.net/10183/80295000707273São apresentados os resultados de 23 anos de diagnósticos de raiva realizados no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Entre os anos de 1985 e 2007, um total de 23.460 amostras foram diagnosticadas no laboratório, compreendendo cerca de 95% do número total de amostras submetidas ao diagnóstico laboratorial de raiva no Estado. A metodologia utilizada seguiu técnicas padrões como a imunofluorescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Não ocorreram casos de raiva humana no período. O vírus rábico (VR) foi detectado em 739 (3,1%) amostras, sendo 656 (88,7%) de origem bovina. O vírus foi também identificado em 23 caninos (3,1%), 21 eqüinos (2,9%), 29 quirópteros (4,0%), 4 felinos (0,5%), 3 ovinos (0,4%), 2 suínos (0,27%) e em um animal selvagem de espécie indeterminada (0,13%). O último caso de raiva em cães associado com variantes do vírus endêmicas nessa espécie foi diagnosticado em 1988. Dois episódios de contaminação incidental registrados em um felino em 2001 e em um canino em 2007, associados com variantes do vírus prevalentes em morcegos. Em relação à raiva bovina, os dados aqui apresentados revelam uma marcante diminuição no número de casos de raiva nessa espécie, em comparação com registros prévios. Por outro lado, um aumento no número de casos de raiva em morcegos hematófagos e não hematófagos vem sendo observado; no entanto, não é possível associar este aumento com modificações nas relações vírus/hospedeiro, pois o número de morcegos submetidos para diagnóstico tem igualmente aumentado. Isto provavelmente reflete o aumento do conhecimento sobre o papel de morcegos no ciclo de transmissão, e não necessariamente alterações no vírus e/ou nos hospedeiros.The results of 23 years of rabies diagnosis carried out at the Veterinary Research Institute Desidério Finamor, in the state of Rio Grande do Sul, RS, Brazil, are reported. From 1985 to 2007, a total of 23.460 specimens were examined, corresponding to 95% of the total number of samples submitted to rabies laboratory diagnosis notified within the state. Diagnostic methods included standard techniques such as the fluorescent antibody test (FAT) and mouse inoculation test (MIT). No cases of human rabies occurred in the period. Rabies virus (RV) was detected in 739 specimens (3.1%), from which 656 (88.7%) were from cattle. The virus was also identified in specimens from 23 dogs (3.1%), 21 horses (2.9%), 29 bats (4.0%), 4 cats (0.5%), 3 sheep (0.4%), 2 pigs (0.27%) and a wild animal of undetermined species (0.13%). The last case of rabies associated with a canine variant was diagnosed in 1988. Two cases of rabies associated with bat variant viruses were reported, in a domestic cat (2001) and in a dog (2007). In cattle, a marked tendency to a decrease in the number of cases was detected in the examined period. In contrast, an increase in the number of cases in haematophagous as well as in non haematophagous bats is noticed. However, as the number of bat specimens submitted for diagnosis has increased, this finding most likely reflects a higher degree of awareness on the possible role for bats in the rabies transmission cycle, rather than any particular changes on the virus or its hosts.application/pdfporPesquisa veterinaria brasileira. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 28, n. 10 (out. 2008), p. 515-520RaivaEpidemiologiaDiagnósticoIncidênciaRabiesEpidemiologyDiagnosisIncidenceDiagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007Rabies diagnosis in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, from 1985 to 2007 info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000707273.pdf000707273.pdfTexto completoapplication/pdf79731http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/1/000707273.pdfd570ff644f12c2a1e63ef476f8516df4MD51TEXT000707273.pdf.txt000707273.pdf.txtExtracted Texttext/plain28297http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/2/000707273.pdf.txt1e1245965937e0965e6e9d720d91c714MD52THUMBNAIL000707273.pdf.jpg000707273.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1893http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/3/000707273.pdf.jpg7510b40bd8df5e16f49e9bc8cb0c66deMD5310183/802952019-01-11 04:08:55.676669oai:www.lume.ufrgs.br:10183/80295Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-01-11T06:08:55Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Rabies diagnosis in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, from 1985 to 2007 |
title |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
spellingShingle |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 Teixeira, Thais Fumaco Raiva Epidemiologia Diagnóstico Incidência Rabies Epidemiology Diagnosis Incidence |
title_short |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
title_full |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
title_fullStr |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
title_full_unstemmed |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
title_sort |
Diagnóstico de raiva no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1985 a 2007 |
author |
Teixeira, Thais Fumaco |
author_facet |
Teixeira, Thais Fumaco Holz, Carine Lidiane Caixeta, Suzana Pereira de Melo Borges Dezen, Diogenes Cibulski, Samuel Paulo Silva, Juliana Reis da Rosa, Julio Cesar de Almeida Schmidt, Eduardo Ferreira, José Carlos Batista, Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Caldas, Eduardo Pacheco de Franco, Ana Claudia Roehe, Paulo Michel |
author_role |
author |
author2 |
Holz, Carine Lidiane Caixeta, Suzana Pereira de Melo Borges Dezen, Diogenes Cibulski, Samuel Paulo Silva, Juliana Reis da Rosa, Julio Cesar de Almeida Schmidt, Eduardo Ferreira, José Carlos Batista, Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Caldas, Eduardo Pacheco de Franco, Ana Claudia Roehe, Paulo Michel |
author2_role |
author author author author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Teixeira, Thais Fumaco Holz, Carine Lidiane Caixeta, Suzana Pereira de Melo Borges Dezen, Diogenes Cibulski, Samuel Paulo Silva, Juliana Reis da Rosa, Julio Cesar de Almeida Schmidt, Eduardo Ferreira, José Carlos Batista, Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Caldas, Eduardo Pacheco de Franco, Ana Claudia Roehe, Paulo Michel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Raiva Epidemiologia Diagnóstico Incidência |
topic |
Raiva Epidemiologia Diagnóstico Incidência Rabies Epidemiology Diagnosis Incidence |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Rabies Epidemiology Diagnosis Incidence |
description |
São apresentados os resultados de 23 anos de diagnósticos de raiva realizados no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Entre os anos de 1985 e 2007, um total de 23.460 amostras foram diagnosticadas no laboratório, compreendendo cerca de 95% do número total de amostras submetidas ao diagnóstico laboratorial de raiva no Estado. A metodologia utilizada seguiu técnicas padrões como a imunofluorescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Não ocorreram casos de raiva humana no período. O vírus rábico (VR) foi detectado em 739 (3,1%) amostras, sendo 656 (88,7%) de origem bovina. O vírus foi também identificado em 23 caninos (3,1%), 21 eqüinos (2,9%), 29 quirópteros (4,0%), 4 felinos (0,5%), 3 ovinos (0,4%), 2 suínos (0,27%) e em um animal selvagem de espécie indeterminada (0,13%). O último caso de raiva em cães associado com variantes do vírus endêmicas nessa espécie foi diagnosticado em 1988. Dois episódios de contaminação incidental registrados em um felino em 2001 e em um canino em 2007, associados com variantes do vírus prevalentes em morcegos. Em relação à raiva bovina, os dados aqui apresentados revelam uma marcante diminuição no número de casos de raiva nessa espécie, em comparação com registros prévios. Por outro lado, um aumento no número de casos de raiva em morcegos hematófagos e não hematófagos vem sendo observado; no entanto, não é possível associar este aumento com modificações nas relações vírus/hospedeiro, pois o número de morcegos submetidos para diagnóstico tem igualmente aumentado. Isto provavelmente reflete o aumento do conhecimento sobre o papel de morcegos no ciclo de transmissão, e não necessariamente alterações no vírus e/ou nos hospedeiros. |
publishDate |
2008 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2008 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-11-13T01:46:35Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/80295 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0100-736X |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000707273 |
identifier_str_mv |
0100-736X 000707273 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/80295 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Pesquisa veterinaria brasileira. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 28, n. 10 (out. 2008), p. 515-520 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/1/000707273.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/2/000707273.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/80295/3/000707273.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d570ff644f12c2a1e63ef476f8516df4 1e1245965937e0965e6e9d720d91c714 7510b40bd8df5e16f49e9bc8cb0c66de |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224808376041472 |