Modelos de distribuição potencial Dismorphia crisia (Drury, 1782) E Dismorphia melia (Godart, [1824]) (LEPIDOPTERA: PIERIDAE)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/236235 |
Resumo: | A alta fragmentação da Mata Atlântica devido à ação antrópica tem um impacto direto sobre na distribuição das espécies. Estima-se que 88% da vegetação original do bioma foi perdida, o desmatamento vem crescendo nos últimos anos, sendo que a maioria dos remanescentes são constituídos de fragmentos pequenos e com pouca conectividade. As borboletas Dismorphia crisia crisia e Dismorphia melia são encontradas na Mata Atlântica, nas regiões sul e sudeste do Brasil, em ambientes de interior e borda de mata úmidas, junto a lugares úmidos e com altitudes variando de 100 a 1600 metros. São espécies consideradas raras e indicadoras de ambientes ricos e preservadas que merecem atenção para conservação. O objetivo desse trabalho foi visou gerar modelos de distribuição potencial para D. c crisia e D. melia, identificando as variáveis ambientais determinantes para a sua ocorrência e a concordância de locais com adequabilidade para as espécies com áreas de preservação. Para isso foram utilizados registros de ocorrência em banco de dados, coleções científicas e dados de literatura. Estes dados foram cruzados com 19 variáveis climáticas disponíveis no banco de dados bioclimáticos WorldClim. Os algoritmos utilizados para gerar os modelos foram Maxent, Bioclim, GARP, SVM e Environmental Distance (Euclidiana, Mahalanobis, Manhattan e Chebyshev). O desempenho dos modelos foi avaliado pelo valor de AUC, e aqueles com bom desempenho foram combinados para gerar uma representação mais robusta da distribuição das espécies. Para D. c. crisia foram obtidos registros em 41 localidades, distribuídos em sete estados e os resultados dos oito algoritmos foram utilizados para construir o mapa de distribuição potencial. Para D. melia foram 47 registros, distribuídos em seis estados e os resultados de sete algoritmos foram utilizados para construir o mapa de distribuição potencial. As variáveis mais relevantes para ambas às espécies foram 6 relacionadas com temperatura. As áreas de alta adequabilidade para D. c. crisia se concentraram em regiões de Floresta Ombrófila Densa, na encosta da Serra do Mar no leste de Santa Catarina e Paraná, Nordeste de São Paulo e centro do Rio de Janeiro; coincidiram ao menos parcialmente com 275 unidades de conservação. Para D. melia, as áreas de adequabilidade foram regiões altas de Floresta Ombrófila Mista, particularmente nas serras e planaltos catarinense e paranaense, sobrepondo-se parcialmente com 226 unidades de conservação. A maioria destas unidades sendo a maioria unidades de uso sustentável, a sobreposição frequentemente é parcial e fora das unidades de conservação, os hábitats naturais disponíveis para estas espécies são praticamente inexistentes e estão diminuindo em disponibilidade e qualidade; assim, a proteção conferida pelas atuais unidades de conservação pode ser insuficiente para garantir a persistência de D. c. crisia e D. melia no longo prazo. |
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